Capítulo 17

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* Especial John *

(Capítulo escrito pela visão de John)

"Mas que caralho de celular é esse que não para de tocar!" — é o que penso quando sou acordado pelo som irritante do celular de Angelina.

Vejo a mesma pegar em seu celular, mas minha visão está embaçada demais, então torno a fechar os olhos e permaneço assim.

De longe, escuto a conversa de Angel ao celular:

Me dê um motivo para ir nessa merda, Lauren! — diz Angelina um pouco exaltada.

Presto um pouco mais de atenção na conversa e ouço:

Lauren, psicóloga? Meu, o John não é nenhum louco, tá?

Sabia! Angelina tem se encontrado com aquela vagabunda da irmã dela e ela está tentando colocar a minha mulher contra mim.

Primeiro tive que lidar com aquele moleque de segundas intenções com Angelina, o susto que dei nele não resolveu. O discarado ainda se encontrou com a minha mulher em uma praça!

Agora, tenho que lidar com mais uma pessoa: Lauren.

Prometi a mim mesmo que ninguém destruiria o meu casamento. Angelina é minha e ninguém vai tirar ela de mim. Ninguém!

Terei de lidar com os dois.

Vejo Angelina desligar o celular, então finjo dormir e sinto-a me observando. Em seguida, ela entra para o banho, o que me permite pegar o seu celular e ver as mensagens.

Hoje é o meu dia de sorte! Lauren enviou um sms dizendo o endereço de onde provavelmente Angelina irá hoje:

Amanhã. Por favor. Faça isso por você.

Rua 54, no edifício Amorim. Centro da cidade.

Pobre Lauren... Tão nova e lhe acontecerá uma tragédia.

Ainda finjo dormir enquanto Angelina toma seu café, logo que acaba, ouço seus passos vindo até o quarto e depois de minutos, ouço-a saindo dele, então abro meus olhos, esfregando-os e pergunto:

— Onde você vai, amor?

Angel responde num tom quase inaudível:

— Me encontrar com minha irmã.

Levanto-me da cama e questiono:

— Ainda é cedo. Por que vão se encontrar agora?

O seu nervosismo é perceptível. Não acreditei que iria mentir para mim, até ouvir uma resposta ridícula de que Lauren enfrenta problemas com a pirralha da Julia e precisa da ajuda de Angelina.

Fico nervoso, mas disfarço. Não é momento para se estressar. Não agora.

Lauren terá o que merece, e, Angelina também, por mentir para seu marido. Então, depois de respondê-la, lhe beijo a testa e a deixo ir com um aviso:

— Toma cuidado.

A mesma com o nervosismo ainda perceptível apenas balança a cabeça e sai do quarto.

Quando ouço a porta da sala bater, vou logo me arrumar para segui-la.

Em menos de 5 minutos, saio de casa e vou até um local abandonado muito próximo de casa para pegar o carro que aluguei para assustar o amiguinho de Angelina. Terei de usá-lo novamente.

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