Capítulo 26

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Ele parece pensar por alguns minutos, mas logo pega outra chave para testar e responde:

— Que me mate então, pois só saio daqui com você ao meu lado.

A sexta chave é testada e nada.

Se passam alguns minutos e eu já perdi a conta de quantas chaves Eric testou. Nenhuma delas abriram a corrente, até que...

"Consegui!" — ouço Eric dizer e abrir a corrente que amarrava os meus pés na cama.

Sorrio fraco e olho ao redor na esperança de achar algo para nos ajudar com a corda que prende minhas mãos, mas não há nada.

"Procurando algo assim?" — Eric ironiza enquanto mostra um canivete retirado de seu bolso.

"Meu Deus! Onde conseguiu isso?" — pergunto enquanto sinto ele cortar a corda com uma certa dificuldade.

Quando ele finalmente consegue cortar e desamarrar as minhas mãos, escuto-o responder:

— Na cozinha dessa casa velha. -ele pega em minhas mãos- Vem comigo!

Minha perna ainda está engessada, por isso Eric me ajuda a andar.

No corredor, olhamos atentamente para todos os possíveis lados e depois de garantirmos que não há ninguém, vamos para outro cômodo.

O Eric parece já conhecer o lugar, pois me guia facilmente para a saída. Pelo menos isso era o que eu achava até chegarmos aqui.

É um cômodo enorme e parece ser o mais bem conservado da casa inteira. As paredes são vermelhas e parecem terem sido pintadas a pouco tempo. Há apenas um piano bem no cantinho do quarto. Não há móveis. Apenas o piano e algumas teias de aranha.

Aqui existem 7 portas. Isso mesmo. Sete.

E não, não sabemos em qual delas conseguimos sair desse lugar.

Sinto o olhar confuso de Eric sobre mim quando pergunto:

— E aí, em qual vamos?

Ele bufa e responde:

— Eu esperava que você me falasse, Angel.

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