"Pra onde estamos indo, John?" — questiono.
Ele segura a minha mão e sorrindo fraco, responde:
— Primeiro passaremos ao lugar em que estávamos. Tenho certeza que os policiais saíram de lá e há algo que preciso pegar.
Que os policiais estejam lá ainda...
Encostei minha cabeça no banco do carro e sem querer, adormeci.
****
Acordo com a luz do sol batendo em minha cara. Por um momento, me sinto grata por aquilo, pois senti saudades de ver a luz do dia.
Olho para o lado e não vejo John. Rapidamente, abro a porta do carro e saio lentamente.
Estamos em frente ao galpão abandonado e John estava certo. Não há nenhum policial por aqui.
Idiotas.
Agora pensa, Angelina. Pense no que vai fazer.
Olho ao meu redor e não vejo nenhuma pessoa. O galpão fica em uma rua longa e estreita onde além dele só há mato, mas ao final dela há algumas casas então ando em direção a elas.
Meu coração está muito acelerado. Tenho medo do John me pegar, mas preciso tentar. Eu não posso continuar sendo sua prisioneira.
"Eu estava certo!" — diz John me surpreendendo ao sair do meio do matagal.
"Você não me perdoou coisa nenhuma, não é Angelina? Se me perdoasse não tentaria fugir de mim..."
Engulo em seco e me afasto assustada.
"Bom, é uma pena. Eu tinha muitas coisas preparadas para nós." — completa indo até a mim.
Consigo passar por ele rapidamente e corro o mais rápido que consigo.
"Pare, Angelina!" — diz John logo atrás de mim.
Sinto uma dor horrível na perna e caio no chão. Logo, John sorri e me arrasta pelo chão.
Lembro-me do grupo de pessoas que me encontrou aqui e grito. Alguém terá que me escutar.
John ignora os meus gritos e apenas aumenta a velocidade de seus passos. Meus joelhos são arrastados pelo chão por me recusar andar e em instantes, entramos no galpão.
Caio em uma poça d'água e chorando desabafo:
— Por que está fazendo isso comigo? Eu não fiz mal nenhum a você -coloco as mãos no rosto- Eu não mereço isso, John... Eu não mereço.
Ele se aproxima de mim e pega em meu queixo respondendo:
— Eu sei que você não me fez mal, Angelina. Por isso quero te fazer feliz, mas você me deixa bravo quando foge de mim. Você não vê que só quero o seu bem?
"Você é doente!" — insulto ainda em prantos.
"Diga o que quiser, meu amor. Um dia irá perceber que precisa do meu amor -se afasta e vai até a entrada do galpão- Afinal, eu sou o único que permaneci com você." — diz.
John larga a arma no chão e eu olho para ela dizendo:
— Tem razão, John... -limpo as lágrimas- Eu deveria te valorizar mais.
Aproximo-me disfarçadamente da arma e completo:
— Você nunca me deixou sozinha... Devo minha vida a você.
Ele parece distraído arrumando uma bolsa quando diz:
— Exatamente, Angel! Mas, agora que tenho o que precisamos -pega a bolsa- podemos ir embora e sermos felizes. O que acha?
Quando se vira, eu estou com a arma apontada para ele, então o mesmo pede:
— Angelina! Não faça isso. Eu sou o seu marido!
Engulo em seco e seguro firme a arma sem dizer uma palavra.
John se aproxima e provoca:
— Abaixa essa arma. Nós dois sabemos que você não fará isso. Você precisa de mim.
"Não, John. Não preciso!" — afirmo e atiro.
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Quem é você?
Mystery / ThrillerEle me chamava de princesa, mas o meu vestido precisou ser substituído por calças, mesmo em dias calorosos. Precisei abrir mão de minhas maquiagens também, pois o meu batom vermelho passava uma imagem ruim sobre a minha pessoa e as sombras que eu pa...