Capítulo 31

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UM AVISO RÁPIDO ANTES DE COMEÇAR!

Como perceberam, eu voltei a atualizar o livro e agora prometo terminá-lo. Tenho mais alguns capítulos prontos para soltar, mas preciso saber se vocês ainda estão aqui, pois antes mesmo de parar de escrever, notei que os comentários haviam diminuído muito.

Portanto, comentem bastante para que eu possa continuar, tá bem? Assim vocês me ajudam muito e me animam a terminar a história.

Obrigada! <3

****

Sou levada para um cômodo da casa que ainda não conhecia. É um tipo de sala. Ela está velha, suas paredes com a tinta desgastada e os poucos móveis que há nela estão quebrados e/ou empoeirados.

No canto da sala, há uma cadeira suja de sangue. Bem ao lado, consigo ver um ferro de passar roupas e minha cabeça vai longe tentando imaginar o que houve aqui.

Antes que eu pudesse notar qualquer outra coisa no ambiente, John tampa minha visão com algum pano e amarra minhas mãos novamente.

Agora estou sendo praticamente arrastada por ele e a única coisa que sei é que acabamos de descer uma escada, pois meus joelhos bateram nos degraus. Estou sentindo muita dor; a força que John está me puxando é enorme e além disso, sei que meus joelhos estão sangrando.

Uma porta é aberta e fechada logo em seguida. Logo, sinto o vento bater em meu rosto.

Estamos na rua.

No mesmo momento, grito por socorro e escuto:

— Ninguém irá te ouvir. Grite o quanto quiser!

Ignoro o comentário e continuo gritando até que sou jogada em um lugar macio. John bate a porta.

Estou em algum carro.

Ele dá partida e liga o rádio no volume máximo.

****

Estou sendo jogada de um lado para o outro no carro e a cada quebra mola, eu sinto minha cabeça bater no teto.

John não disse uma palavra e eu apenas chorei até agora.

O carro para e depois de alguns minutos, John me puxa para fora. Fazendo uma força contrária, consigo me jogar para o chão e grito o mais alto que consigo e irritado, ele grita:

— VADIA! CALA A BOCA!

Continuo gritando e sinto meu rosto ser esbofeteado com força. Em seguida, sou puxada novamente, mas me animo ao ouvir alguns passos longe, logo grito:

— SOCORRO! ME AJUDEM, POR FAVOR!

Não enchergo nada, mas consigo ouvir algumas pessoas conversando ainda muito longe até que uma delas grita:

— ALI!

De repente, John me força a andar e depois me joga com tudo no chão. Ele tira o pano do meu rosto, permitindo-me enxergar.

Estamos em uma espécie de galpão abandonado. John fecha a porta e se encostando nela, coloca as mãos na cabeça falando:

— Caralho! O que vou fazer agora?

Ouço algumas fortes batidas na porta, o que claramente preocupa John que me arrasta para uma das salas existentes no lugar. Ele me joga lá e avisa:

— Se disser alguma coisa, eu mato você. Então acho bom que fique quieta aqui!

Engulo em seco e o mesmo me deixa sozinha. Ando até um lugar que possa o observar e vejo-o indo até a porta e abrindo ela logo em seguida.

Do lado de fora, há dois rapazes acompanhados de duas mulheres e eles perguntam:

— Está tudo bem aí, cara? Ouvimos alguém gritando.

John dá de ombros e responde com certo nervosismo:

— Está sim. Preparei uma surpresa para minha mulher. Só estávamos brincando ao chegar.

Uma das mulheres se coloca à frente do homem que antes falava e indaga:

— Surpresa, é? Em um galpão abandonado? -John fecha a mão e a mulher parece perceber- Pois... ouvimos alguém gritar por ajuda. Onde está ela?

A outra mulher, percebendo a expressão de John, disfarça:

— Andressa... Não seja inconveniente. Não vamos atrapalhar o casal –olha para John- Desculpe-nos pelo incômodo.

A mulher, chamada Andressa, franze a testa e encara John de forma desconfiada, mas responde:

— Hum... Certo. Vamos embora.

Estou encostada em uma parede observando quando sinto uma enorme dor na minha perna, o que faz com que eu solte um gemido atraindo olhares para mim.

John me fuzila com o olhar e pergunta:

— Tudo bem, amor?

Os outros olham atentamente para mim e eu engulo seco. O que farei agora? Peço ajuda e corro o risco de John me matar? Fico quieta e corro o mesmo risco?

Andressa dá um passo a frente e prestes a entrar no galpão alerta:

— Ela está suja de sangue!

John pega a arma enfiada atrás de sua calça e eu grito:

— CORRAM! ELE ESTÁ ARMADO!

As pessoas o olham e John tenta atirar em Andressa, mas erra acertando a parede. Logo, ela corre para longe do galpão junto com os outros.

John faz mais alguns disparos. Não sei se ele acertou em alguém, pois não consigo mais vê-los.

Ele me olha irritado e vem até a mim gritando:

— VOCÊ TINHA QUE ESTRAGAR TUDO! EU TINHA UMA VIDA MARAVILHOSA PREPARADA PARA NÓS, MAS VOCÊ TINHA QUE ESTRAGAR TUDO...

Meu corpo se arrepia quando ele se aproxima e minha garganta seca. Corro para o outro canto da sala, mas percebo que estou encurralada.

Pensa, Angelina... Pensa...

"Não me machuque, John!" — imploro.

A arma é apontada para mim.

Suas mãos estão tremendo muito e John está chorando.

"Por que você fez isso, Angelina? Por que fez isso comigo?" — pergunta-me em prantos.

Engulo em seco e suspiro.

"Agora não podemos mais ficar juntos." — ouço.

"Podemos... Podemos sim, John! Abaixa essa arma e vamos conversar. Eu posso te perdoar. Eu consigo fazer isso!" — falo na tentativa de salvar a minha própria vida.

A arma é tirada de minha direção enquanto John usa a mesma mão para limpar o suor da testa.

Suspiro aliviada, mas meu coração acelera quando ele diz:

— Você está mentindo. Você nunca conseguiria me perdoar. -volta a apontar a arma para mim- Você não vai me enganar, Angelina.

Aproximo-me dele com cuidado.

Minhas pernas estão trêmulas.

"NÃO SE APROXIME! EU VOU ATIRAR!" — ele grita.

Levanto as mãos em sinal de rendição e peço:

— John... Por favor, fique calmo. Não atire. Me escute.

Sua expressão parece mudar, então completo:

Me...Meu am.. Meu amor. -gaguejo- Eu te amo!

John abaixa a arma e cai no chão aos prantos.

Aproximo-me dele e encosto em seu ombro repetindo:

— Eu te amo, John. Eu te amo!

Em meio ao choro, ele pergunta:

— Você pode mesmo me perdoar?

Balanço a cabeça positivamente e John larga a arma me abraçando em seguida.

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