Capítulo 20

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AVISO: Peço desculpas pela demora em atualizar, infelizmente continuo agarrada na escola, já que é reta final. Mas sempre arrumo um tempinho pra postar, viu? Não desistam da obra, pois prometo não decepcionar vocês com o final.

Ah, e pela demora... Prometo fazer uma maratona de capítulos assim que passar o Enem que para quem não sabe, segundo o Google, é uma prova elaborada pelo Ministério da Educação para verificar o domínio de competências e habilidades dos estudantes que concluíram o ensino médio. Mas, para a maioria de estudantes, é só uma provinha que te ajuda a ingressar na faculdade mesmo KKKJJ. Essa prova acontecerá em dois domingos (5/11 e 12/11). Depois disso, esperem pela maratona. 

Agora, fiquem com o capítulo. Beijos, amo vocês! <3

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Abro meus olhos lentamente. Tenho dificuldade para mantê-los abertos, mas consigo perceber que o lugar que estou é completamente desconhecido por mim.

Sinto minhas mãos amarradas em um forte nó e meus pés estão presos a um móvel velho por um tipo de...

Acho que são correntes.

Com a visão embaçada, olho todo o lugar. Não tenho certeza, mas me parece um quarto. Um quarto horrível e antigo.

Posso ver algumas madeiras quebradas ao chão e atrás de mim há uma janela que me anuncia que estou presa, pois atrás dela há um tipo de muro de ferro com apenas um pequeno buraco que permite que o quarto seja iluminado por um feixe de luz. Não parece ter mais janelas por aqui. Essa é a única.

Meus olhos ardem e minha cabeça está latejando. Parece que bati-a com força em algum lugar.

Tento desfazer o nó que prende minhas mãos usando toda a minha força, mas é impossível. Quem o fez, sabe que não conseguiria desamarrar tão fácil.

As correntes em meus pés me deixam em pânico. Não dá para retirá-las. Também é impossível.

Penso em gritar, mas quem ouviria? Eu nem sequer sei onde estou.

Mas, sei que John me trouxe aqui.

Eu ouvi a voz dele e até agora, essa não saiu de minha cabeça junto com as palavras que me disse:

"Não fui eu, meu amor. A culpada é você."

Por um lado, aquele imbecil está certo. Eu sou a culpada de tudo isso estar acontecendo. Eu não escutei a minha família que dizia o quão horrível John era, virei as costas para eles e decidi me casar com ele.

E pior, mesmo depois de receber sinais de quão ruim ele era, eu continuei com ele e vejam onde vim parar.

John destruiu a minha vida, e agora vai tirá-la.

Ouço passos que parecem vir até o lugar que estou. Pisco os meus olhos inúmeras vezes na intenção de aliviar a visão embaçada.

Quando finalmente consigo, abro meus olhos e a maçaneta gira abrindo a porta com força e um John obscuro com um sorriso ironico em sua face é revelado.

"Jo.Jo..John!" — gaguejo.

O homem se ajoelha em minha frente ainda sorrindo e diz:

— Olá meu amor, que ótimo te ver acordada.

Suas mãos pegam em meu queixo e seu rosto se aproxima do meu tentando me beijar. Mas, por impulso, eu cuspo em sua cara fazendo sua expressão mudar totalmente.

O meu queixo é apertado com força. Gemo de dor.

John limpa o seu rosto e diz abrindo outro sorriso:

— Não deveria tratar o seu marido assim.

Engulo em seco, mas consigo finalmente dizer:

— Marido? John, olha onde me trouxe. Olha o que fez comigo e ainda se considera meu marido? Você não passa de um doente!

Meu rosto é esbofeteado com força e o meu corpo se inclina para trás.

"Mas você é uma ingrata mesmo, não é? Não vê que não faço outra coisa a não ser cuidar de você? Eu sou o melhor marido que poderia ter. Ou acha que algum outro homem ia querer você? Você tem sorte. Não encontraria alguém melhor, então comece a me agradecer e a me tratar muito bem, pois tudo que faz aqui tem consequências." — ouço-o dizer.

Não consigo dizer nada. Sinto repulsa, nojo, medo e outros milhões de sentimentos ruins que só John conseguiu me trazer até hoje.

John se levanta do chão e andando pelo quarto, fala:

— Gostou do seu novo cantinho? Preparei especialmente pra você! -aponta para as madeiras quebradas- ainda tem algumas bagunças, mas não se preocupe. O empregado virá daqui a pouco limpar.

Mexo-me tentando tirar tudo o que me prende, mas desisto quando John me avisa:

— Se eu fosse você, nem tentaria. A corrente só abre com uma chave que está comigo e só vou abrir quando achar que você merece e, a corda em suas mãos foi amarrada bem forte e mesmo que consiga escapar desse quarto, lá fora algo muito pior te espera.

"lá fora algo muito pior te espera..."

"lá fora algo muito pior te espera..."

Como um eco, essas palavras martelam na minha cabeça e imagino milhares de coisas que podem estar fora desse quarto.

Sinto frio na barriga e ao mesmo tempo me sinto pequena e incapaz como nunca me senti. John pensou em tudo. Não há como escapar daqui.

Saio dos meus pensamentos quando escuto alguém bater na porta. A figura de John em minha frente me impede de ver quem é.

"Senhor, ele está aqui." — escuto uma voz grossa dizer.

John se vira para trás e então consigo ver.

Dois caras altos e fortes estão segurando os braços de um homem.

Sua face está virada para o chão, o que me impede de ver quem é, mas consigo ver machucados por diversas partes de seu corpo e na única parte de seu rosto que consigo ver existem marcas de queimaduras que me fazem estremecer.

"Ah, que bom! Minha mulher precisa de um quarto limpo agora." — diz John indo até a porta.

O homem machucado parece tremer quando John chega perto dele e logo, escuto o seu pedido:

— Por favor, não me machuque!

Sua voz está rouca, fanha... Ele está com medo.

Ele levanta o rosto lentamente e se vira para mim.

Me assusto.

É Eric.

E ele está...

Sem um dos seus olhos.

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