Capítulo 2

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1 MÊS DEPOIS...

Hoje é um dia daqueles especiais sabe, pois hoje completo um mês de casada. Sei que não é lá grandes coisas por não ser muito tempo, mas quando você está apaixonada, até uma semana inteira ao lado do seu amado é motivo de querer comemorar.

John ainda está dormindo e eu aproveitei para me levantar e lhe preparar um café especial.

Foram 30 dias difíceis, confesso. É aquela fase de começar a ver como a pessoa realmente é, entendem? E aí acaba que a gente sempre se surpreende em alguns pontos. Existem coisas na personalidade de John, que ele não havia me mostrado durante o nosso namoro, mas eu estou me acostumando e aprendendo a amar até os seus defeitos. É só uma fase, e fases passam.

Com a salada de frutas pronta, coloco-a na bandeja junto com os pães, ovos, bacons e suco. Faço uma simples decoração e coloco do lado uma carta escrita por mim mesma, subindo as escadas logo em seguida.

Certifico-me de que John ainda dorme e entro no quarto ajeitando o cabelo enfrente ao espelho antes de colocar a bandeja na cama.

Dou um beijo em sua bochecha na tentativa de acorda-lo, mas o mesmo nem se mexe. Sussurro seu nome ao pé de seu ouvido e o mesmo abre os olhos lentamente esfregando-os. John olha pra mim e pergunta:

— O que foi?

Olho para a bandeja ao seu lado e o mesmo segue o meu olhar dando um sorriso fraco ao ver.

"O que é isso, Angel?" — pergunta ainda sorrindo.

Ele não lembrou... Talvez não seja do tipo que liga para datas.

Entre suspiros, falo:

— Hoje completamos 1 mês de casados, John.

"Ah, bom... Obrigada por isso, vida." — diz pegando a bandeja e dando uma mordida em seu pão.

Suspiro.

"O que foi?" — pergunta.

"Nada. Só achei que fosse lembrar." — digo sincera.

John solta o pão e esfrega as mãos uma na outra para limpa-las, me chama em seguida para sentar ao seu lado e diz:

— É que não sou muito atento a datas, sabe? Mas saiba que cada dia ao seu lado é importante demais para mim, Angel. E se você, meu amor, se importa com datas, parabéns para nós. Eu te amo!

Sorrio e o abraço, fazendo o suco cair sem querer na cama.

John me empurra e grita:

— PORRA ANGELINA!

Me assusto ao me ver no chão com tanta força no empurrão e o olho com os olhos arregalados.

"A CAMA ESTÁ TODA MOLHADA AGORA! NÃO SABE FAZER NADA DIREITO." — completa se levantando da cama.

Continuo o observando sem saber como reagir, então ele diz:

— Vai ficar me olhando, caralho? Levanta daí e venha limpar o que tu fez!

Ele sai do quarto e me deixa ali, perplexa com sua atitude. Demoro uns 5 minutos para cair em mim novamente, então me levanto com as pernas trêmulas e desço a cozinha pegando o que preciso para limpar a bagunça.

O que acabara de acontecer? John muda em questão de segundos. Tudo bem, eu errei em derrubar o suco, mas eu só estava o abraçando, não precisava ter me empurrado daquela forma.

"Estou saindo." — diz John enquanto escolhe uma camisa no guarda roupas.

"Para onde vai?" — pergunto.

"Na casa de Marcelo." — responde saindo logo em seguida.

Marcelo é um grande amigo nosso. Foi o nosso padrinho e está sempre aqui em casa. Não vejo problemas em John ir em sua casa, já que ele sempre nos respeitou, mas... Justo hoje?

Para de besteira, Angel. Comemorar não é do tipo dele, ele não é igual você, sua tola. - penso.

Pego o edredom sujo de suco e desço para a área de serviço. No mesmo momento, o meu celular toca fazendo com que eu volte ao quarto.

É Lauren.

* Ligação on *

Oi, Lauren?

Hmmm.. Que voz desanimada é essa?

(Lauren sempre me conheceu muito bem, então nota até quando o meu "oi" está diferente.)

Ah, nada. Cansaço.

Normal quando se vira uma dona do lar. (risos) Tá afim de tomar um café comigo hoje?

Sim, só vou tomar um banho e te encontro.

Ok, irmã. Beijos.

Beijos.

* Ligação of *

Coloco o edredom na máquina de lavar e subo para o meu banho.

Quando termino, escolho uma roupa e a deixo sobre a cama. Sento-me enfrente a minha enorme penteadeira branca e começo a pentear meus cabelos, passo uma maquiagem leve e me visto.

Pego a bolsa, colocando nela o celular e minha carteira, e saio certificando-me de que tranquei a casa. 


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