John sai do quarto acompanhado de um dos homens altos enquanto o outro joga Eric no chão com um aviso:
— Limpe tudo e sem fazer gracinha. Estou atrás dessa porta e qualquer sussuro, eu entro aqui e acabo com sua raça.
Eric engole seco e com muita dificuldade se levanta assim que o forte homem sai.
Sem nem sequer me olhar, ele começa a juntar os pedaços de madeiras do chão.
Tento chamar sua atenção mexendo as correntes, mas é em vão. Então grito por seu nome, mas logo me calo quando a porta abre e uma vassoura e uma pá são jogadas.
Sinto o olhar receoso de Eric sobre mim, mas ele logo desvia a atenção para as madeiras.
Desisto.
Encosto minha cabeça sobre a parede e fecho os olhos pensando em um jeito de sair desse lugar. Não há nenhum.
Eu não sei o que irá acontecer comigo agora. Não sei se alguém vai me achar, pois John sempre foi bom em esconderijos... Estou em apuros.
Sinto algo tocar a minha perna e quando abro os olhos vejo Eric do meu lado me entregar um pedaço de madeira com alguns arranhados nela. Pego-a e tento entender o que aqueles arranhados significam.
Está escrito alguma coisa... Algumas letras parecem que falharam e outras estão irreconhecíveis, mas com muita dificuldade consigo ler: "Volto pra te buscar."
Volto meu olhar para Eric, mas ele sai sem dizer uma única palavra. Junta os pedaços de madeiras na pá e apenas sai do quarto me deixando com apenas aquele aviso.
Sinto pena dele e raiva de mim. Pena por ele estar sofrendo tanto sem merecer e raiva de mim, pois sei que fui eu que o coloquei nisso.
Mas eu vou ajudá-lo. Não sei como, mas vou.
***
Sinto o tempo passar. Não sei que horas são agora, mas consigo saber que já se passou muito tempo desde que Eric saiu daqui.
Quando menos espero, a porta se abre revelando um dos homens de John. Em suas mãos, uma bandeja com um prato.
Ele caminha até mim, se abaixa e colocando a bandeja no chão, diz:
— Esse é o seu jantar.
Então, é noite.
O homem retira uma faca do bolso e completa:
— Vou soltar suas mãos, mas se fazer gracinha essa faca servirá para outra coisa.
Engulo em seco.
Minhas mãos são desamarradas e sinto um alivio por poder mexe-las. Meus pulsos estão marcados e doem um pouco.
Olho para a bandeja e não reconheço o que está no prato.
Que gororoba.
Empurro a bandeja e olho para o lado oposto ao que o homem está como sinal de recusa, logo ouço:
— Não quer? Acho bom comer, será difícil se alimentar por aqui.
Balanço a cabeça negativamente e o homem tenta me convencer mais uma vez, então eu grito:
— EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO!
O forte homem se irrita e pega a colher do prato enchendo-a daquela gororoba e enchendo minha boca.
Não mastigo.
Minha expressão é de medo.
Ele aperta minha bochecha e cuspo a comida.
Sou jogada no chão com força e não consigo me movimentar direito por causa dos meus pés ainda acorrentados.
O homem se aproxima com outra colher cheia e comigo ainda deitada coloca em minha boca.
Dessa vez, engulo sem querer.
Sinto meu estômago revirar, mas não vomito.
O processo é repetido até que eu tenha comido praticamente toda aquela gororoba.
Sou forçada a me sentar e vejo o homem sair do quarto com a bandeja em mãos.
Vomito tudo o que comi. Essa comida parece vir do esgoto, não sei o que colocaram nela, mas com certeza está podre demais.
Só desejo sair daqui, ir para bem longe do psicopata do John e ter a minha vida de volta.
***
VOOOOOLTEI! E fiquem tranquilos, estou preparando a maratona que prometi e o livro será encerrado nela.
Conheçam meu canal no youtube: https://www.youtube.com/channel/UCfx4xt-p5PIpQAgLBii1AkA?view_as=subscriber , logo sai video lá!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quem é você?
Mystery / ThrillerEle me chamava de princesa, mas o meu vestido precisou ser substituído por calças, mesmo em dias calorosos. Precisei abrir mão de minhas maquiagens também, pois o meu batom vermelho passava uma imagem ruim sobre a minha pessoa e as sombras que eu pa...