Capítulo 21

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John sai do quarto acompanhado de um dos homens altos enquanto o outro joga Eric no chão com um aviso:

— Limpe tudo e sem fazer gracinha. Estou atrás dessa porta e qualquer sussuro, eu entro aqui e acabo com sua raça.

Eric engole seco e com muita dificuldade se levanta assim que o forte homem sai.

Sem nem sequer me olhar, ele começa a juntar os pedaços de madeiras do chão.

Tento chamar sua atenção mexendo as correntes, mas é em vão. Então grito por seu nome, mas logo me calo quando a porta abre e uma vassoura e uma pá são jogadas.

Sinto o olhar receoso de Eric sobre mim, mas ele logo desvia a atenção para as madeiras.

Desisto.

Encosto minha cabeça sobre a parede e fecho os olhos pensando em um jeito de sair desse lugar. Não há nenhum.

Eu não sei o que irá acontecer comigo agora. Não sei se alguém vai me achar, pois John sempre foi bom em esconderijos... Estou em apuros.

Sinto algo tocar a minha perna e quando abro os olhos vejo Eric do meu lado me entregar um pedaço de madeira com alguns arranhados nela. Pego-a e tento entender o que aqueles arranhados significam.

Está escrito alguma coisa... Algumas letras parecem que falharam e outras estão irreconhecíveis, mas com muita dificuldade consigo ler: "Volto pra te buscar."

Volto meu olhar para Eric, mas ele sai sem dizer uma única palavra. Junta os pedaços de madeiras na pá e apenas sai do quarto me deixando com apenas aquele aviso.

Sinto pena dele e raiva de mim. Pena por ele estar sofrendo tanto sem merecer e raiva de mim, pois sei que fui eu que o coloquei nisso.

Mas eu vou ajudá-lo. Não sei como, mas vou.

***

Sinto o tempo passar. Não sei que horas são agora, mas consigo saber que já se passou muito tempo desde que Eric saiu daqui.

Quando menos espero, a porta se abre revelando um dos homens de John. Em suas mãos, uma bandeja com um prato.

Ele caminha até mim, se abaixa e colocando a bandeja no chão, diz:

— Esse é o seu jantar.

Então, é noite.

O homem retira uma faca do bolso e completa:

— Vou soltar suas mãos, mas se fazer gracinha essa faca servirá para outra coisa.

Engulo em seco.

Minhas mãos são desamarradas e sinto um alivio por poder mexe-las. Meus pulsos estão marcados e doem um pouco.

Olho para a bandeja e não reconheço o que está no prato.

Que gororoba.

Empurro a bandeja e olho para o lado oposto ao que o homem está como sinal de recusa, logo ouço:

— Não quer? Acho bom comer, será difícil se alimentar por aqui.

Balanço a cabeça negativamente e o homem tenta me convencer mais uma vez, então eu grito:

— EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO!

O forte homem se irrita e pega a colher do prato enchendo-a daquela gororoba e enchendo minha boca.

Não mastigo.

Minha expressão é de medo.

Ele aperta minha bochecha e cuspo a comida.

Sou jogada no chão com força e não consigo me movimentar direito por causa dos meus pés ainda acorrentados.

O homem se aproxima com outra colher cheia e comigo ainda deitada coloca em minha boca.

Dessa vez, engulo sem querer.

Sinto meu estômago revirar, mas não vomito.

O processo é repetido até que eu tenha comido praticamente toda aquela gororoba.

Sou forçada a me sentar e vejo o homem sair do quarto com a bandeja em mãos.

Vomito tudo o que comi. Essa comida parece vir do esgoto, não sei o que colocaram nela, mas com certeza está podre demais.

Só desejo sair daqui, ir para bem longe do psicopata do John e ter a minha vida de volta.

***

VOOOOOLTEI! E fiquem tranquilos, estou preparando a maratona que prometi e o livro será encerrado nela.

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