Oii!! Não atualizei ontem pq foi meu aniversário, e eu fiquei toda perdidinha e sem tempo. Enfim, boa leituuraa!!
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Não é muito longe de casa, mas demoro mais do que pensava.
Vejo Louis olhando atento para todos os lados, acredito que esperando por mim. Seu dedo inquieto batucando sobre as coxas em algum ritmo que provavelmente sai de seus fones de ouvidos.
Estaciono à sua frente e buzino duas curtas vezes.
- Oh meu Deus muito obrigado. Eu não sei como vim parar aqui - ele fala agitado enquanto se senta ao meu lado e passa o cinto de segurança pelo corpo. - Eu peguei o ônibus e quando me dei conta de que era o errado eu desci em qualquer lugar e...
- Louis calma - rio. - Está tudo bem, você tá bem. Essas coisas acontecem.
- É - ele desliza a mão pela franja e cora um pouco. Louis observa os carros passando ao nosso lado e parece esperar que eu comece a dirigir.
Mas antes eu preciso tocar num assunto. Eu me sinto tão idiota.
- Louis eu queria pedir desculpas por antes de ontem, você sabe... achei que havia desistido de trabalhar lá em casa por causa daquilo. - falo segurando firme no voltante. Acredito que na intensão de conter um nervosismo.
- Olha, eu sinceramente não sei o que deu na sua cabeça pra acreditar que eu queria te beijar - ele me olha. - Eu trabalho pra você, Edward. Você confundiu as coisas.
- Eu só tive a impressão de que... - o encaro também mas desvio o olhar quando nossos olhos já estavam penetrados demais um no outro. - Desculpa, isso não deveria ter acontecido, foi um deslize meu.
- Não aconteceu. - ele dá de ombros.
- Você deu sorte de parar em frente essa loja, é um dos meus lugares favoritos. - mudo de assunto e rezo pra que ele renda a conversa. Odeio essa situação constrangedora. Eu já deveria ter me acostumado.
- Eu estava observando a vitrine - ele fala e nós dois começamos à observar a entrada da loja. - Parece ser bem interessante.
- Tem objetos inimagináveis ai dentro, eu sempre quis comprar algo mas meu dinheiro nunca é suficiente. - Comento.
Começo a dirigir e o silêncio não dura muito, o que eu não esperava, já que Louis sempre mostra ser muito reservado e evitar conversas e essas frescuras.
- Tinha uma loja assim em Londres.
- Sente falta, hm? Já estive lá e confesso ser apaixonado por aquela cidade.
- Muita falta é pouco pra descrever - ele sorri fraco e eu o acompanho. - Eu tive que me mudar com minha mãe e meus irmãos. Temos parentes aqui e mamãe se sentiu no direito de vir. Não tive muitos argumentos.
- Apesar de que a cidade era mais segura uns anos atrás, eu sou completamente apaixonado por Worcester.
- Sempre morou aqui?
- Yep - paro quando o semáforo se ilumina pela cor vermelha. Descanso as mãos sobre minhas coxas ainda observando a rua. - Desde pequeno.
- E seus pais? - Louis pergunta e eu fico em silêncio. Nao respondo nada, eu apenas mantenho os olhos no tráfego a frente. - Me desculpe. Eu sou muito curioso, quando percebo já perguntei demais. Isso não me interessa, perdão.
- Tá tudo bem - rio e o encaro, ele me encara de volta e eu abro a boca pra dizer algo, mas fico tão focado em seus olhos azuis extremamente curiosos que por um momento esqueço até meu nome.
Se não fossem as buzinas me acordando desse transe eu permaneceria encarando esse rostinho até amanhã.
- Meus pais se foram eu era muito novo. - começo sem tirar a atenção dos carros à frente.
- Meus pêsames - ele arrasta a voz e parece realmente ter ficado chateado.
- Não! Eles não morreram - rio. - Pelo o menos eu acho que não. - Sinto o olhar de Louis sobre mim e então respiro fundo pra iniciar um assunto que eu não comento há anos. - Em resumo, meus pais foram viajar a trabalho.
- Ah sim - ele solta uma risadinha. - Isso é legal, não?
- Ah, seria com certeza legal se fosse realmente uma viagem de negócios - respondo e o olho. Sua expressão cai e ele parece cada vez mais confuso. - Meus pais disseram que precisariam viajar com a empresa e então me deixaram na casa de Keith, sob seus cuidados. Disseram que seria apenas umas semanas, mas essas semanas se tornaram meses, anos e até hoje estamos no aguardo.
- E-eu não sei o que dizer, isso é...
- Triste? Oh não, não se preocupe, eu cresci sem eles e lido muito bem com isso - sorrio. - Foi difícil no início porque eu só tinha seis anos e sentia saudade dos abraços da minha mãe e brincadeiras do meu pai, mas eu me conformei bem rápido. Pra uma criança eu até que fui bem esperto e notei logo que eles não voltariam.
- Bom, pelo o menos você teve maturidade pra isso tudo, é uma qualidade e tanto - ele sorri sem mostrar os dentes me olhando, depois foca sua atenção aos dedos que enrolam seu fone de ouvido. - E seu avô te criou, então?
- Sim! Ele é meu pai e mãe, entende? Apesar de não ser rico ele nunca deixou que faltasse nada. Sempre com muito afeto e essas coisinhas.
- Isso é incrível! Vocês dois são incríveis... eu acho que quero te abraçar agora. - Ele fala e arregala os olhos quando assimila suas palavras.
Seria meu sonho?
- Mas quer me abraçar como conforto por eu não ter pais? Porque se for, eu não acho que seja necessá...
- Não! Claro que não! Deixa de ser idiota - ele fala e eu arregalo os olhos enquanto o olho. Ele me chamou de idiota mesmo? O mordomo de filme inglês que as vezes parece um robôzinho programado e cheio de classe me chamou de idiota? - Eu quero te abraçar porque você e Keith têm uma cumplicidade incrível. São tão ligados um ao outro que até mesmo quem não os conhece de verdade percebe. Você se preocupa tanto com ele e apesar disso que me contou vocês parecem ter tanto... amor.
Louis. Me. Abraça. Agora.
Estaciono o carro, tiro o cinto e no mesmo segundo praticamente engulo Louis em um abraço. Um abraço sincero dos dois lados, um abraço que me faz sentir seu cheiro e sua energia tão boa se chocando com a minha que meus pelos se arrepiam e minha única atitute é o apertar cada vez mais.
Ele corresponde.
Suas mãos alisam minhas costas e como se fosse possível, minha pele fica ainda mais sensível, os pelos se arrepiam ao dobro e eu não consigo explicar como Louis me deixa assim.
Depois de nos afastarmos e descermos do carro, entramos em casa sorrindo e iniciando algum assunto banal.
- Vovô? Chegamos!
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Thank You, Grandpa [l.s]
FanfictionHarry mora sozinho com seu avô, que necessita de alguns cuidados especiais. Louis é um jovem profissional e sabe exatamente como agradar o velho Sr. Styles.