Thank You, Grandpa [l.s]

34.

Passei o final da tarde inteira sentado no jardim, conversando com Louis sobre um pouco de tudo. Sobre algumas flores e suas histórias, sobre meus conflitos, e alguns medos.

Louis me disse que nunca precisou se assumir gay, disse que sua família sempre soube. Isso deve ter facilitado muito as coisas. 

Vez ou outra entre alguns assuntos acabávamos nos beijando e é como se minhas preocupações se tornassem mínimas durante isso. Eu preciso dizer que estou viciado no beijo de Louis. Juro, quero me bater por isso. Assim que o menor se despediu de Keith e Rupert, vovô não demonstrou curiosidade e foi indiferente sobre Louis estar indo embora tão tarde do comum.

Um dos meus amigos, Niall, tem um restaurante famoso na região e por ele ser a pessoa mais próxima de mim, ganho sempre um descontinho. Adoro, não nego.

Dei a ideia de almoçarmos no restaurante de Niall, que Keith insiste e jura diante de todas as promessas que o meu amigo é o maior chef de cozinha da Europa. E pensando em se vestir apropriadamente, o velho usa seu famoso chapéu de veludo vermelho com uma roupa estampada, sofisticada e delicada.

É, ele realmente tem mais estilo que eu.

Assunto vai e assunto vem... Keith me dando milhões de conselhos e parecendo saber tudo que se passa em minha mente. Nossas risadas incontroláveis e lembranças sendo postas à mesa aconteciam a todo segundo.

Mas infelizmente, pra minha preocupação tivemos que ir embora mais cedo do que o previsto. Keith sentia fortes dores no abdômen e fraqueza, sem contar que suas pernas doíam muito também.

Em casa, agora, eu não consigo pegar no sono e Rupert está do mesmo jeito que eu, sem pregar os olhos. O ruivo está sentado numa poltrona confortável do quarto do vovô, observando seu sono.

Keith solta suspiros pesados o tempo todo, o que me deixa ainda mais aflito, mas Rupert me deixou tranquilo dizendo que estava tudo bem, mas como vovô não consegue se acalmar, talvez o ideal seja levá-lo ao médico.