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- Só mais uma - ouço a voz de Keith.

Em segui ouço um click.

- Venha daqui, o ângulo está melhor.

Outro click.

- Oh meu Deus - uma risada. - Chegue mais perto deles, Rupert.

Escuto o último click, dessa vez mais mais alto e mais próximo do que os anteriores. Mexo o pescoço com dificuldade por ele estar dolorido já que dormi sentado, e então obrigo-me a abrir os olhos - CRISTO que isso? -, me assusto quase que pulando do sofá ao encontrar um ruivo segurando o celular centímetros do meu rosto.

- O que está fazendo? - Coço os olhos querendo me despertar logo e enxergar Rupert com mais facilidade.

Sinto um peso na lateral do meu corpo, e então encontro um corpo colado ao meu. Louis está com a cabeça enterrada em meu pescoço enquanto suas duas pernas estão apoiadas por cima da minha perna esquerda. Louis está praticamente sentado no meu colo.

Olho para a cama encontrando Keith observando eu e Louis no sofá, e imediatamente tento afastar do menor o braço que rodeava sua cintura.

- Louis, acorda - chamo pelo de olhos azuis cutucando sua perna de leve. Mas ele não reage, ele não faz nada além de se aconchegar mais ainda contra meu corpo.

Sinto minha bochechas arderem e considero ser pelo simples motivo de que meu avô está me observando com um de seus cuidadores enroscado ao meu corpo.

- Bom dia, vovô - forço um sorriso em meio ao desespero. - Louis pelo amor de Deus - peço de novo em um sussurro pouco desesperado.

- Bom dia, filho - Keith sorri e não sei exatamente se ele realmente ignora, ou se ele realmente não liga em me ver desse jeito com Louis. O velho liga a televisão procurando por algum canal interessante.

Rupert ainda rindo da situação se senta no mesmo sofá em que estou, porém num espaço mais apertado, já que eu e Louis ocupamos boa parte do móvel.

- Louis, coopera comigo - cochicho dessa vez bem mais perto da orelha do menor, que abre os olhos lentamente como se fosse um bebê e começa a esfrega-los também com certa lentidão.

- Quantas horas? - O pequeno pergunta manhoso e ainda grudado ao meu corpo como um coala.

- Dez e meia - a voz de Keith soa no quarto antes mesmo que eu pudesse responder o menino.

Louis quando escuta a voz de Keith, pula pra fora do sofá, alisando sua roupa querendo se livrar de qualquer amarrotado e endireita sua postura.

- Bem eu... Oh, oi Rupert.

- Oi - o ruivo responde quase explodindo por segurar uma risada.

O idiota fica rindo do desespero alheio.

- Eu acho q-que já está na hora de ir. Hm, o senhor dormiu... dormiu bem? - Louis pergunta desembaraçando os cabelos.

- Dormi sim! - Keith se vira pra Louis e sorri amigável. - E vocês... achei que iriam se sentir desconfortáveis nesse sofá mas vejo que encontraram uma posição boa, hm?!

Keith não vai fazer nenhuma piada mais explícita sobre isso? É sério?

Que milagre é esse?

- Tudo bem, escoteiro - Keith morde uma torrada que estava na bandeja de comida à sua frente. - A enfermeira veio alguns minutos atrás.

- E ela reclamou? Ela nos viu? - pergunto enquanto calço meus sapatos.

- Sim, e ela foi super compreensível e disse que iria deixar passar essa, mas que em uma próxima terão que pagar uma multa ou serão barrados em visitas durante a noite.

Keith não ter rendido o assunto sobre eu e Louis, me trouxe um alivio enorme. Não é a hora de começar a explicar as coisas pra Keith.

Não mesmo.

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Att na madrugada de sábado sim, já que ninguém me chamou pra dar rolê hoje...

Eueheeuehu gnt amo ler os comentários de vocês ❤️

Thank You, Grandpa [l.s] Onde histórias criam vida. Descubra agora