18. Bulgogi

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Os passos gatunos da pantera assustaram o loirinho, que recuou.

- Ei! Você também veio sem seu dono?

Jungkook não foi exatamente educado.

- Hã? - Jimin manteve uma distância segura do outro híbrido. O rabo negro do menor balançando devagar de um lado pro outro, indicando que estava atento.

- Yoongi hyung nos disse que você quis voltar pra sua casa. Cadê o seu dono?

Jungkook cheirou o koala, franzindo o cenho.

- Eu não sinto o cheiro dele em você.

- Ele está me esperando. Eu... Eu tenho que ir. - O koala engoliu o seco, largando o Jeon sozinho e de sobrancelhas erguidas. A casa de banho era um dos points do híbrido de Taehyung, então sempre que ficava sem a companhia de seu dono, ele costumava sair.

Mais tarde, enquanto Kookie se dirigia ao metrô, resolveu parar antes mesmo de sair do centro.

- Alô. Hyung? Será que eu posso jantar com você?

(Perspectiva: Yoongi)

Yoongi abriu a porta para o híbrido preguiçosamente. Jungkook sorriu discretamente, familiarizado com a preguiça e lerdeza do mais velho.

- Cansou da gororoba?

Kookie riu, depois assentiu, se sentindo mal por não gostar da comida de seu tão dedicado dono.

- Hyung, eu não aguento mais a comida dele. Sério!

- Macarrão a semana toda? - Yoongi e o mais novo andaram até a mesa da sala, que já estava toda arrumada.

- Quase isso. 

- Então vamos comer. Vai voltar pra casa?

- ah, hyung... Eu não sei. Não tem graça sem o Tae.

Os dois sentaram na mesa. Yoongi esperou que Koom se servisse enquanto o observava.

- Ele volta logo. Se quiser dormir aí, já sabe. Tem o quartinho.

Jungkook comeu animado. A comida de Yoongi era muito gostosa, diferente da de seu dono. O Suga, como Tae o chamava, não era muito de falar durante as refeições, mas o Jeon acabou lembrando  de algo que achava que devia mencionar.

- Eu vi o koala.

Yoongi levantou a cabeça do seu copo de soju devagar. Estava encarando a bebida em dúvida se devia tomá-la. Sua expressão concentrada mudou para surpresa, e ele depositou a colher no pequeno prato de arroz antes de perguntar:

- Viu? Onde?

- Na rua. Sozinho. Ele disse que o dono estava esperando, mas eu não senti nenhum cheiro. De ninguém. Na verdade, eu podia jurar que senti um pouco do seu nele.

O Min franziu o cenho, ignorando a centelha de alegria que o invadiu. Então Jimin estava ali por perto ainda!
Mas a alegria sumiu, dando lugar a uma profunda tristeza.

Então ele estava mesmo sozinho? Ele mentiu? Por quê?

- Onde foi?

- Na casa de banho no centro. Eu tava saindo e vi ele passando.

- Termina de comer e vamos sair. Vou precisar de você.

My lost hybrid ▪ pjm+mygOnde histórias criam vida. Descubra agora