Capítulo 16

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Passou-se duas semanas desde o meu casamento, e agora eu me encontro deitada em uma banheira, com Andrews atrás de mim me fazendo uma massagem.
Os dias estão se passando tão rápido, parece até que foi ontem que eu entrei naquela igreja, e saí aos prantos, por que meu casamento não seguiu como eu queria. Minha lua de mel está prestes a acabar, só mais cinco dias aqui nessa ilha maravilhosa, localizada em Marrocos.

Estou tão feliz, sabe? É uma felicidade que não cabe dentro de mim, está sendo tão bom passar esse tempo sozinha coma Andrews, longe dos problemas, longe dos meus sogros, longe dos rebeldes, longe de tudo, a única coisa ruim é a saudade que eu estou da minha família, duas semanas sem ver eles, sem abraça-los. Aguenta coração.

- Pensando em quê?

- Na vida. - Ele destribui beijos pela minha costa, e eu sorrio.

- Está mais relaxada? - Balanço a cabeça em sinal de positivo, e me viro para si, deixando com que meu sorriso se desfaz ao ve-lo sério e tenso.

- Eu estou, mas você... - Neguei com a cabeça fazendo o tirar seu olhar do meu. - Andrews...

- Não é nada de mais, fique tranquila. - Ele sorriu, mas eu reconheço meu esposo, sei que está mentindo.

- Não minta.

- Não estou mentindo... - Preparei- me para sair da banheira, mas ele me impediu segurando com força os meus braços.

- Solte-me

- Aurora... eu já falei que não é nada de mais. Que droga! - Ele gritou dando um soco na água, fazendo-a pular e molhar meus cabelos que eu estava tomando tanto cuidado para não molhar.

- Não é nada de mais? E por que você está gritando? Você nunca gritou comigo. - Consegui sair de seus braços e sai da banheira, pegando um roupão e saindo do banheiro.

Algo está acontecendo, eu sei que está.
Primeiro: Andrews nunca gritou comigo, e olha que eu já dei vários motivos para ele fazer isso, mas nunca fez.
Segundo: Ele está tenso e nem veio atrás de mim, sempre que brigamos ele é o primeiro a pedir desculpas.

Olho pela janela do quarto e me surpreendo, ao ver vários guardas se aglomerando na entrada, mas veio no mínimo dez guardas conosco...

Se eu conheço bem Andrews ele não vai me falar, e muito menos esses guardas.

Droga... Droga.

Tá aí uma coisa que eu odeio, ficar curiosa e assustada.

Bufo e caminho até o closet, escolho uma roupa casual, uma blusa branca e uma saia longa marrom. Se o rei me ver usando uma roupa dessas.... Saio do quarto e vou até a cozinha, a procura de comida.

Ficar curiosa me dar fome, na verdade muitas coisas me dá fome, agora que estou rica então, quero comer a todo momento. Deus permita que eu continue com esse corpinho, ele é que me livre de ter que fazer dieta e ir para a academia todos os dias.

Entro na cozinha e me deparo com Lupe ajeitando várias vasilhas com comida na mesa, ela foi a única serva que Dominic liberou para que viesse conosco para a lua de mel.

- O que é isso? - Digo e ela se vira para mim los olhos arregalados.

- Menina. Que susto.

- Oque é isso?

- O príncipe não te disse? - Neguei com a cabeça, permanecendo séria e vendo Lupe colocar as vasilhas em uma mochila.

- Os.. - Lupe foi interrompida por um estrondo vindo do lado de fora, e logo em seguida gritos,

- Aurora... Aurora. - Ouço gritos de Andrews e olho para Lupe, assustada, ela também está.

- Ó meu deus. Se abaixem. - Andrews adentra a cozinha e me empurra para o chão.

- O que está acontecendo Andrews? - Gritei. Os gritos se aumentaram, e eu abracei ele mais forte.

- Os rebeldes vieram a nossa procura, e pelo o que parece eles atacaram o palácio, e tem vítimas.

Eu não consegui falar nada, minha boca se abriu porém nada saiu, só algumas lágrimas que começavam a cair dos meus olhos. E minha família? Minhas meninas? Meu Deus. Que nada de ruim aconteça a eles.

- Aurora. - Viro-me para trás e Mathias está vindo na minha direção. - Você está bem. - Ele suspirou e eu o apertei em meus braços. - Precisamos ser rápidos. Eles estão prestes a invadir a casa

- Então. Vamos. - Andrews se levantou do chão, pegou as vasilhas que restavam fora e as colocou em uma mochila. - Vem. Ainda abaixada. - Ele estendeu a mão para mim e eu a peguei, apertando com força.

Entramos na dispensa e alguns guardas já estava a nossa espera, no fundo na sala tinha um buraco que dava passagem á um túnel.

- Correm. - Andrews gritou assim que entramos no túnel, alguns guardas estavam a frente, e em seguida Andrews, comigo e Lupe logo atrás.

Assim que saímos do túnel escuro começamos a correr pela mata, já estava escurecendo e além de estar morta de cansaço estou sentindo frio e com fome, estamos correndo à mais de trinta minutos, ainda da pra ouvir os gritos e barulhos de bomba.

Estava tão perdida nos meus pensamentos que nem vi um grande galho de árvore no chão, quando fui ver já era tarde, eu já me encontro no chão.

- Droga. - Andrews tenta me levantar.

- Pode ir na frente Andrews, estou morta de cansaço, preciso descansar. - Murmuro me sentando no chão.

- Guardas. - Os guardas o olharam. - Descanso de cinco minutos. - Todos assentirem e se sentaram no chão. - Você se machucou?

- Não. Tem água aí? - Pergunto, apontando para sua mochila.

- Sim. - Ele tira de lá uma garrafa térmica e me entrega.

Mais ou menos duas horas depois chegamos a uma praia deserta, onde tinha um barco com várias pessoas nele.

- Encontramos esses turistas por aqui, e eles aceitaram nos levar até a ilha dos macacos, onde vários guardas nos esperam. - Andrews disse rindo.

- Vocês são ótimos. - Falei sorrindo. - Porém estou com medo.

- Vamos alteza. - Andamos até o barco e entramos.

Esse troxo está mexendo tanto que me da medo, eu não sei nadar direito, e Lupe também não.

Cumprimentámos as pessoas que estão ali e nos sentamos.

- Você sabe nadar? - Pergunto deitando minha cabeça nos ombros de Andrews.

- Sim. - Ele murmura olhando para o nada. - Vocês duas tentem dormir. Amanhã o dia será cheio. - Ele fala para mim e Lupe, deito-me lentamente e coloco a mochila embaixo da minha cabeça.

Deus vai fazer com que chegamos bem, tenho certeza, ele nunca falha. Pensamentos positivo Aurora.

O início e fim de uma seleçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora