Capítulo 29

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Aurora Narrando

Alguns meses depois

Sento-me na cama e passo minhas mãos sobre a minha barriga, massageando a mesma que já está com um certo volume, pelas minhas contas estou grávida de 17 semanas, melhor dizendo cinco meses, apesar da minha pouca idade e meio que falta de cuidados médicos, a gravidez está ótima. Eu vou no hospital a cada três meses, a viagem é longa e cansativa por isso optei por fazer meu pré-natal de três em três meses, minha próxima consulta é daqui uma semana e dessa vez irei sem Andrews, apenas com a rainha e meus pais, se eles chegarem a tempo da viagem.
Agora me encontro lendo um livro na sacada do meu quarto. São umas três hora da tarde e e graças a Deus não tenho nenhum compromisso real, é uma pena Andrews ter, queria passar a tarde e noite toda com ele, aproveitando que nosso bêbê ainda não está entre nós, pelo jeito que as coisas andam já percebi que uma coisa que eu não terei quando ele nascer será atenção, mas eu não importo, quero que todos deem toda a atenção pra ele, mas que usem com moderação claro, nada de ficar mimando demais, não quero ter que lidar com uma criança pirracenta e mimada que tem tudo o que quer e na hora que quer, Deus é que me livre.
Minha intuição diz que terei uma menina, já a de Andrews que teremos um casal de gêmeos, dois de uma vez só, é pesado pra mim, sofro só de pensar.

Escuto batidas na porta e me levanto do sofá, indo até lá.

- Ah meu Deus.- Grito com espanto e alegria.

- Que saudades minha filha. - Abraço minha mãe apertado e em seguida meu pai e posteriormenre meus irmãos.

- Vocês não imaginam o quanto estava sentindo falta de vocês. - Abraço Laís apertado e secando suas lágrimas em seguida.

Ela é tão sensível, chora por tudo.

- Au. - Clara, minha irmã mais nova grita pedindo um outro abraço, a abraço e encho seu rosto de beijos, ouvindo sua risadinha fraca.

- Aulola. Você tinha que ver como a vovó é linda, parece você. - Tomás falou, me fazendo sorrir.

- É? Então ela é linda mesmo. - Eles riram. - Laís por que você não leva os gêmeos na cozinha, Lupe deve ter preparado algo bom pra vocês. - A Lupe não deve nem saber que eles chegaram, mas falei isso por que queria saber mais sobre a viagem.

- Uhul. - Eles comemoram e saíram correndo.

- Como foi?

- Tenso. A viagem por si foi cansativa e medonha.

- Sentem-se. - Fecho a porta e vou até a cama, eles fazem o mesmo.

- Eu jurava que não conseguiriamos chegar vivos. - Arregalo os olhos e ele continua. - O barco que fomos era velho e as tempestades estavam assustadoras.

- E meus avós como estão?

- Ótimos e aqui conosco. - Arqueeio a sobrancelha e eles riem.

- Eles estão na nossa casa, se recuperando da viagem.

- Sério? Ah meu Deus. Quero os abraçar forte. - Falo empolgada.

- E eles também querem... - Minha mãe fala tão empolgada como eu.

- Mas acho melhor que esse abraço acontece amanhã, eles já estão velhos e precisam de muito descanso. - Papai disse, me fazendo bufar, mas logo depois Concordo sorrindo.

Eu os entendo e por mais que minha vontade de vê-los seja grande, posso esperar até amanhã.

- E eles falaram sobre aquele assunto?

- Eu não sou filha de Leonor, sou filha da dona Maria Amália, nasci dela e pronto.

- Sério? Que bom... Fico feliz.

- Deus é que me livre de ser parente desse povo. - Rimos.

- E meu netinho ou netinha como está? — Meu pai perguntou contente.

- Bem... Em breve terei que ir em mais uma consulta, e o melhor vocês vão comigo. - Grito empolgada, fazendo os rir.

- Melhor noticia do dia. - Mamãe grita e eu ri com sua empolgação.

- Mas e Andrews... Como está o casamento?

- Se melhorar, estraga. Andrews é um bom marido, está me fazendo feliz.

- Percebo isso vendo o quanto seus olhos brilham ao ver você falar dele. - Sorri com o comentáriode meu pai.

- Ele é maravilhoso, sabe? Mesmo eu sendo pirracenta, grossa na maioria das vezes, ele não desiste, vem sempre com um jeitinho meigo me fazendo carinho e tentando ser o mais calmo possível.

- Isso é admirável. - Papai diz.

- E a família de Carl? Continua fazendo a vida de você um inferno?

- Não. - Eles se surpreendem e eu sorrio. - Estão nos ajudando bastante, não implicam mais, isso é estranho.

- Lá vem bomba. — Disse mamãe.

- Eu e Andrews também achamos isso.

- E seus irmãos?

- Estão ótimos, se eu não me engano hoje é o dia de folga deles.

- Por isso não os vi no portão.

- Eles devem estar com suas namoradas...

- Como assim?

- Nao é bem namorada, estão se conhecendo, mas pelo jeito que falam, acho que vão longe.

- E você sabe quem são as meninas?

- Joseph está com uma cozinheira, já Mathias com a filha de um guarda.

- E essas meninas são gente boa?

- Não sei te dizer, só as conheço de vista.

- São bonitas?

- Sim.

- Que bom. O que importa é a felicidade de vocês. - Mamãe disse, sorrindo logo após.

- Vamos jantar? Estou com fome.

- Estão né!? Esqueceu que agora você come por dois? - Ri.

- Estou comendo demais, nos último meses e engordei bastante, não sei se vocês perceberam.

- Estou percebendo. — Meu pai falou e minha mãe o deu um tapa.

- Pai. Não se fala isso para uma grávida. - Eles riram.

- Mas continua linda minha filha.

Após alimentar-me e ficar longos minutos conversando com minha família, resolvi partir para o meu quarto e repousar, nessa minha gravidez o que mais está me dando é fome e sono, quando não estou dormindo, estou comendo, é sempre assim.
Ainda mais que Andrews não para em casa, não tem ninguém pra me tirar do tédio, é ai que como e durmo mesmo.

- Aurora. - Viro-me para traz e vejo que Carl está atrás de mim.

- Diga. - Respondo-o seco.

- Andrews dormiu em casa?

- Não. Por quê?

É impressão minha ou ele está tentando fazer com que eu me stresse e começa achar que Andrews está me traindo.

- Nada não. Sabe onde ele está? - Suspiro e desço um degrau da escada, ficando bem próxima de Carl.

- Eu não sei Carl e nem tente fazer o que você pretende fazer. - Ele arqueia a sobrancelha e eu sorrio. - É impressão minha ou você estar querendo fazer com que eu coloque paranoias na minha cabeça sobre a fidalidade de meu esposo?- Ele abre a boca para falar e eu levanto minha mão, mandando-o ficar em silêncio. - Não tente Carl, não tente, por que eu sei como você e sua família são e nao acreditarei. - Ele nega com a cabeça. - Com licença. - Viro-me e saio andando calmante.

Eu posso até ser boba, mas não sou tanto, sei como Carl e sua família são e sei muito bem que eles podem fazer isso na tentativa de destruir o meu casamento, mas não conseguirão, só acreditarei em algo vendo pessoalmente ou com fotos e vídeos.

Bato a porta com força e vou ate o banheiro, jogo água sobre o meu rosto e após seca-lo saio do banheiro, e me jogo na cama.

O início e fim de uma seleçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora