Capítulo 20

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Aurora Narrando

Os três dias de luto se passaram rápido, foi resumido em ficar deitada o tempo todo, levantei uma ou duas vezes só para fazer minhas higienes, e só agora consigo ver o quão prejudicial foi esses três dias, andei um pouquinho pelo quarto e estou com o corpo todo doendo.

Termino de secar meus cabelos e olho-me no espelho, sacudo um pouco ele de lado e caraca... Sou linda demais.

- Pronto. Está bom. - Falo pra mim mesmo, pegando um batom e passando em meus lábios.

- Ainda não terminou de se arrumar?

- Tô quase.

- Você está falando isso a anos. - Ele bufa e volta até o quarto.

Não estou mandando ninguém me esperar, tá aqui por que quer, eu ein.

- Pronto. - Falo alto e vou até o quarto, Andrews já está na porta, com a mão estendida a mim. Tá com pressa mesmo, ein. Seguro sua mão e saímos do quarto.

Ao chegar na cozinha cada um senta em uma cadeira e esperámos a Benedita, a nossa nova secretária nos dar as tarefas do dia.

- Agora Andrews terá uma reunião com os quatro ministros que resta, em seguida, reunião com os ex funcionários que cuidava das contas do palácio junto ao rei e a última reunião do dia será após o almoço com os três líderes rebeldes.

- Tomei a frente e pedi para que juntasse nossos compromissos Aurora, assim uma ajuda a outra. Tudo bem pra você ?

- Sem problemas.

Sou sincera, a rainha está mudando muito, anda mais preocupada comigo e Andrews, está mais ligada ao reino, sempre oferecendo sua ajuda, acho que ela era daquele jeito, por causa de Dominic.

- Aqui está a ficha de todos os funcionários, ao todo são 507. - Arregalo os olhos.

- Muitos serão demitidos. - Assinto.

Mas infelizmente não há o que fazer, eles não podem continuar trabalhando aqui sem receber, isso seria escravidão, é melhor libera-los e assim eles podem decidir o que fazer.

- Estou pensando seriamente em fazer o que os rebeldes pediram.

- Acabar com o sistema de castas? - Pergunto, largando o garfo no prato e encarando meu esposo.

- Sim.

- Acho que seria uma boa, assim da uma sensação de liberdade aos habitantes, e podemos também lucrar.

- Sim.

- Senhor, os ministros já chegaram e te esperam na sala de reuniões. - O mordomo fala.

Esse é um dos poucos que demitirei com todo o prazer, ele quase nunca vem trabalhar e quando vem ta com cara feia, quero mudar tantas coisas e uma dessas é a forma de trabalhar dos funcionários, quero todos sorrindo e sendo educados, a seriedade deles puxa a energia negativa.

- Já vou indo. Tenham um bom dia mulheres da minha vida. - Ele me da um selinho e posteriormente um beijo na testa de sua mãe, saindo em seguida.

- Enquanto você termina, vou dando uma lida nesses papeis.

- Já terminei. - Rimos. - Vamos resolver no jardim?

- Sim. - Levanto e ajudo-a a pegar os papéis, que são muitos, terminaremos de ler isso aqui às seis da tarde, ou mais.

Longas horas depois, eu e Elizabeth terminamos de ler todos os relatórios sobre cada funcionário, e decidimos quem ficará, infelizmente, apenas 20 funcionários permanecerão com seus empregos.

O início e fim de uma seleçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora