- Indicado ao 1º Prêmio Wattpad Brasil ( #WBr2018 )
- 2 indicações ao ADA2018 (Prêmio Da Academia De Artes Literárias)
Betinha é uma jovem que vende vassouras pelas ruas para garantir a compra da sua passagem para uma viagem internacional. Ela plane...
- Betinha, vem cá. Não sai de perto de mim. Eu protejo você! – Dalton a disse, mas Betinha o empurrou para longe dela em resposta.
- Sai! Vai proteger qualquer pessoa que não seja eu. Eu não pertenço a você, eu não sou nada sua. Eu não quero você me protegendo.
Quando Betinha terminou de dizer aquilo, um dos terroristas colocou um saco preto de pano sobre a cabeça dela e logo depois sobre a cabeça de Dalton também. Logo eram todos os passageiros que tinham os sacos pretos de pano escondendo a sua cabeça e assim só viam a escuridão e ouviam os gritos em árabe dos pavorosos terroristas.
- NÃO! Minha filha. Minha filha... – no casarão, Eldora gritou angustiada ao ligar a TV e dar de cara com aquele plantão de notícias.
Cachorro Brabo entrou correndo na sala acompanhado de alguns dos seus capangas, incluindo Geraldinho.
- O que aconteceu, sogra?
- É o voo onde está a Betinha. O avião onde ela está foi tomado por terroristas! Meu Deus, meu Deus...
- O quê?! A senhora tem certeza disso?! – Cachorro Brabo perguntou num misto de aflição e revolta.
- Sim, sim. É o voo indo para o Egito. O horário, o número... Tudo bate certinho. É o voo da minha Betinha. Ela está lá agora nas mãos de terroristas – Eldora disse e começou a chorar.
- Pois eu EXPLODO O RABO do comedor de esfiha que tocar num fio de cabelo da minha mulher! – Cachorro Brabo declarou poderosamente. – Liguem para o país terrorista deles! Liguem e avisem que eu, pessoalmente, explodo aquela merda toda se eles machucarem a minha esposa! Avisem! – ele dizia descontrolado aos seus capangas. A ideia de que algo poderia acontecer a Betinha o deixava totalmente desnorteado.
- Meu Dalton! – Anja dizia em sua mansão ao ver o plantão de notícias ao vivo na TV também. – Não, eu não posso perdê-lo. O Dalton agora é tudo o que eu tenho na vida – Anja dizia para a sua empregada principal.
- É o avião onde está o Dalton! – Lorenzo disse chocado para a sua namorada Adele ao assistir na TV agora também.
- Nossa, amor. Eu sinto muito. Isso é terrível. E já fazia tanto tempo que ninguém ouvia mais nada sobre essa coisa de ataques terroristas por aí.
Lorenzo apenas abraçou Adele procurando por alguma forma de conforto. Agora estava inteiramente preocupado com a segurança do seu melhor amigo.
- É o voo onde a Betinha está. Eu tenho certeza! – Tábata que acompanhava a notícia urgente na sua pequena TV de qualidade ruim disse para Binho. – As mulheres que moram mais perto lá do casarão ficaram sabendo que ela ia se mandar para o Egito e era por uma hora dessas aí mesmo que estão dizendo que esse avião sequestrado decolou, então ela está ali no meio daquele inferno, eu tenho certeza.
- Mas tu é uma fofoqueira de primeira, mesmo – Binho disse a ofendendo.
- Sou apenas bem informada, meu querido. E quer saber o que eu realmente acho sobre tudo isso? Que bom! Que ótimo que a Betinha caiu na mão de terroristas. Vou estar aqui rezando para explodam uma bomba bem na cara dela. Não aguento mais saber dela. Betinha isso, Betinha aquilo, Betinha esposa do ricaço Cachorro Brabo, Betinha modelo... Ai, que saco! Que inferno!
- Você é podre, Tábata – foi tudo o que Binho teve a dizer.
O avião fazia a sua aterrissagem algum par de horas antes do previsto, porque não aterrissava no Egito como previsto, mas sim em uma área improvisada na Líbia, país vizinho.
Após a aterrissagem violenta, os terroristas iam jogando os passageiros que não viam nada com os sacos pretos sobre as cabeças para fora do avião. Logo, os guiavam para dentro de um prédio em ruínas.
- BETINHA!
- DALTON!
Eles gritavam um pelo outro, andando, sendo empurrados para seguir em frente, mas sem fazer ideia de para onde estavam indo.
O som de múltiplas sirenes de carros policiais tomaram os arredores então. A polícia internacional fechou o cerco ao redor do prédio em ruínas onde os terroristas haviam reunido os passageiros sequestrados.
Quando foi jogada ao chão e ela caiu sentada, Betinha finalmente arrancou o saco de sua cabeça e Dalton fez o mesmo. Estavam um de frente para o outro e ao olharem para trás, constataram que estavam no último andar, o sexto andar, o nível mais alto daquele prédio decadente.
Betinha e Dalton se abraçaram apertado, trocaram os urgentes olhares apaixonados, até que o terrorista que se encontrava no mesmo andar que eles puxou a corda da bomba em sua cintura e... PAAAAWWWW! O homem-bomba se explodiu e acabou explodindo parte do prédio também. Dalton foi arremessado contra uma parede e Betinha quase para fora do prédio. Agora Betinha seguravs à beira do andar, estava quase escorregando, não suportaria segurar por mais tempo e cairia direto para a morte ao despencar do alto daquele sexto andar, mas Dalton se jogou na direção e agarrou a sua mão com firmeza.
- Eu peguei você! Não vou soltar nunca. Eu estou aqui por você. Eu estou aqui – Dalton dizia.
Betinha realmente estava pendurada para fora do prédio parcialmente explodido e a única coisa que a impedia de cair a muitos metros de altura era a mão firme e protetora de Dalton que segurava a sua.
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O exato momento quando o homem-bomba se explode dentro do prédio onde Dalton e Betinha são mantidos como reféns junto com os outros passageiros do avião sequestrado.
