Capítulo 183 - Cavalão

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- Te peguei, sua safada! – gritou o policial que surpreendeu Anja segurando os seus braços para trás agora

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- Te peguei, sua safada! – gritou o policial que surpreendeu Anja segurando os seus braços para trás agora.

Enquanto aqueles policiais haviam cercado o casarão e flagrado a cena pós-assassinato de Geraldinho, havia aqueles outros policiais que se espalhavam ainda mais pelos arredores e foi um destes que encontrou Anja ali atrás dos arbustos e agora finalmente a levava diretamente para o hospício para onde ela havia sido condenada a ir.

Betinha tentou correr para dentro do casarão, mas foi segurada pelo braço por um dos policiais e impedida.

- Ah, está tentando fugir, é? Isso é uma confissão de culpa por esse monte de tiros no peito do cavalão abatido ali no chão? – o policial confrontou Betinha perguntando.

- Tentando fugir? Confissão? Não fui eu que atirei no Geraldinho. Eu só estou indo procurar pela minha filha. O Geraldinho a sequestrou e é só por isso que eu vim até aqui!

Após afirmar aquilo e se livrar do domínio do policial, foi quando Betinha viu Sabrina vir correndo lá de dentro do casarão. Betinha se abaixou, abriu bem os braços para a sua filha e a menina estava tão assustada que dessa vez até aceitou pular no colo dela, receber aquele forte abraçado carregado de proteção. Todos aqueles ali flagrados ao redor do corpo sem vida de Geraldinho foram encaminhados para a delegacia, todos prestaram depoimento, todos se alegaram inocentes e todos foram liberados, o que não queria dizer que a investigação para saber quem havia matado Geraldinho acabava por ali. Muito pelo contrário.

- Que dia louco foi esse?

À noite, enquanto Sabrina brincava em seu grande e luxuoso quarto com Maria, Dalton e Betinha estavam no banheiro de seu quarto-suíte, mais precisamente dentro da banheira hidromassagem bem grande e redonda. Enquanto nus ali dentro na água de temperatura tão agradável, Dalton sentava-se atrás de Betinha, despejava óleo em suas costas e fazia uma massagem agora.

- Mas o que importa é que nada aconteceu a nossa filha – Dalton respondeu à Betinha enquanto a massageava. – Imagina se o Geraldinho tivesse feito a mesma coisa que a Anja fez um dia e tivesse sumido com a nossa filha, a levado para qualquer país estranho aí onde não poderíamos encontrá-la mais?

- Nem fala isso, meu amor. Nem fala, porque me enlouquece só de imaginar. Mas quer saber? O fato agora é que o Geraldinho se foi, ele não existe mais para representar perigo as nossas vidas e é isso o que traz algum alívio em meio a esse pesadelo todo.

- E agora me fala... Quem você acha que o matou?

- Você não ouviu lá na delegacia o policial dizendo que encontraram a Anja escondida lá pelos arredores do casarão bem naquela hora? Pois eu aposto que foi a Anja quem matou o Geraldinho. Claro. Que mais? Tudo que acontece de ruim tem o dedo lá daquela cachorra desalmada.

- Mas eu fico me perguntando o que a Anja foi fazer por lá em primeiro lugar...

- Amor, o que eu me pergunto mesmo foi porque a Anja nasceu, em primeiro lugar – Betinha concluiu.

- Amor, o que eu me pergunto mesmo foi porque a Anja nasceu, em primeiro lugar – Betinha concluiu

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Uma parte do banheiro do quarto suíte de Dalton e Betinha em sua mansão.

Naquela mesma noite Anja deu entrada no hospício. Funcionários tiveram que colocar uma camisa de força nela logo após que ela fez um escândalo enorme se recusando a tomar uma injeção e saiu chutando a cara de todo mundo. Logo, ao fim da forte medicação em suas veias, mesmo que ainda vestindo a camisa de força, Anja andava meio tonta pelos corredores do amplo hospício. Pelos corredores ela via as figuras mais esquisitas. Anja viu uma mulher que, sentada no chão, beijava romanticamente o seu próprio pé, viu uma senhora que discutia com a sua própria sombra e viu uma jovem que nua em frente a um espelho usava uma caneta piloto para desenhar bonequinhos nos seus próprios seios. Anja tentava livrar os seus braços da camisa de força, mas não conseguia. Outra mulher veio por trás dela e começou a mastigar o seu cabelo. Agora aquela era a realidade dela.

Robert decidiu telefonar para a sua melhor amiga Betinha. Ele já havia visto na TV tudo sobre a tentativa de sequestro de Sabrina e agora ligaria para conversar um pouco com ela, transmitir o seu apoio, mas quando ele chegou até à sala, ele soltou aquele grito alto e fino de pavor. O seu marido Reinaldo Ricardo e a sua filha Bela Flor logo vieram até ele. Agora todos viam. A caixa de vidro quebrada no chão. Havia caído do alto da mesinha, o que significava que a cobra de estimação havia fugido e poderia estar em qualquer canto da casa enorme agora, qualquer um deles poderia pisar de forma despercebida na cobra desaparecida a qualquer instante. O pavor fez Robert, mesmo que vestido de pijama, saísse gritando da casa e levando Reinaldo Ricardo e Bela Flor (vestidos com pijama também) e todos se enfiaram dentro do carro. Fugiram de sua própria casa. Logo eles batiam à porta daquele apartamento e quem abriu bem espantado foi Lorenzo.

- Oi. Boa noite. Será que você poderia abrigar por uma noite uma família que está fugindo de uma cobra desaparecida? – foi Robert quem perguntou de uma forma bem engraçada.

Geraldinho estava morto e Tábata sentia-se arrasada. Se por um lado ela sofria chorando em algum canto escuro dentro do casarão, por outro lado agora ela pôde comprar as suas drogas e por isso voltou a se drogar, mas já que se sentia tão mal pela partida de Geraldinho, Tábata exagerava naquela noite. Com a urgência de apagar da sua mente a imagem traumática de ver o seu marido morto à sua frente, Tábata se drogava tanto, mas tanto naquela noite, como nunca antes que de repente ela ficou paralisada, caiu se contorcendo no chão, a sua boca espumava.

Tábata estava tendo uma overdose por drogas e estava morrendo.

Tábata estava tendo uma overdose por drogas e estava morrendo

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> > > Continua . . .


Os Corações Sobreviventes - Capítulo 001 a 200Onde histórias criam vida. Descubra agora