Capítulo 117 - Boa

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— Ai, doutor Benjamin. Fala logo. Não deixa uma mulher grávida pendurada nessa ansiedade. Isso é um ato cruel – Betinha pediu.

— Bem, eu quero te comunicar que você está grávida de uma menina.

E ao ouvirem aquilo Eldora e Betinha se abraçaram rindo e comemorando.

— Calma, calma. Tem mais. Porque não é só uma menina – o doutor Benjamin continuou.

— O quê?

— Você terá duas meninas, Betinha. Está grávida de gêmeas!

— Meu Deus... – Betinha indagou e em seguida comemorou ainda mais com Eldora, transbordando de felicidade.

Muito cedo no dia seguinte, Betinha por mais uma vez foi visitar Dalton na prisão.

— Oi, meu amor – Betinha disse sentando-se ao lado do seu amado no banquinho de concreto no pátio do presídio e eles se beijaram. – Eu trouxe um caldo verde pra você – ela disse e o entregou o potinho plástico. – Você não parece bem. Está pálido – ela disse e amorosamente colocou a sua mão na bochecha dele.

— Só vou ficar bem quando eu estiver para sempre do seu lado outra vez, acordando ao seu lado todas as manhãs – Dalton disse a beijou de novo.

— Bem, eu trago uma notícia. Duas, na verdade. Eu tenho uma notícia boa e uma notícia boa. Qual você quer primeiro?

— A boa – Dalton disse e riu depois de tanto tempo com aquele jogo de palavras bem-humorado que Betinha fazia.

— A notícia boa é que seremos pais de menina e a outra notícia boa e que teremos duas meninas. Eu estou esperando gêmeas!

— Meu amor... – e Dalton abraçou Betinha tão apaixonadamente. – Eu vou sair daqui. Eu vou provar a minha inocência. Vai ficar tudo bem para nós dois e para as nossas duas menininhas. Você vai ver.

— Eu acredito nisso, amor.

— Ah, e se você trouxe notícias, eu também tenho. Ontem o meu advogado Judá me disse que finalmente conseguiu a audiência judicial para a minha sentença. Será já nesta sexta-feira, meu amor. Se o juiz der a sentença ao meu favor, eu já estou livre nesta sexta!

— Eu vou rezar por isso, amor. Vou rezar o tempo inteiro – Betinha disse e o abraçou e beijou mais.

Na mansão da falecida Anja, Maria decidiu fazer algo significativo para sentir o seu coração um pouco menos dolorido pela morte de sua filha. Naquela tarde, ela levou todas as roupas caras de Anja para o amplo jardim da mansão e abriu um bazar beneficente. Maria entrou antes em contato com jornalistas, usou da agenda de Anja para entrar em contato com gente da imprensa e deixou claro que todo o dinheiro que ela faria com a venda das roupas, bolsas e outros acessórios de Anja, iria direto para uma instituição de caridade que cuidava de crianças órfãs que tinham o vírus da AIDS. O bazar beneficente encheu de gente, quase tudo que um dia pertenceu a Anja foi vendido e Maria sentia o seu coração um pouco mais aquecido ao fazer alguma boa ação com as coisas de Anja, aquela que havia se ocupado tanto em só fazer o mal.

Lorenzo, por sua vez, recebia uma prostituta em seu apartamento naquele fim de tarde. Ainda se sentindo tão solitário, ele telefonou para o serviço de garotas de programa e quem foi atendê-lo foi Carla, a prostituta do bordel de Binho que havia desmascarado Tábata e que vivia tentando fisgar o chefe para ela desde então.

— Quer dizer que você trabalha fixamente em um bordel? – Lorenzo a perguntou.

— Pois é. Mas as regras são bem flexíveis e eu tenho total permissão para fazer esses serviços por fora e por conta própria sempre que eu tiver tempo livre. Tudo lá é flexível, igual a mim – Carla disse e se deitou na cama de Lorenzo abrindo muito as suas pernas. – Por que você não vai lá ao bordel me visitar qualquer dia desses?

— Ah, eu não me sinto à vontade em lugares assim.

— Que bonitinho. Um gatão tímido. Então vem cá que eu faço você enlouquecer no seu apartamentozinho mesmo.

Carla puxou Lorenzo que caiu por cima dela. Ela deu uma chave de coxa nele e começou a beijá-lo intensamente, mas Lorenzo logo se afastou.

— Quer saber? Isso não foi uma boa ideia. Não está funcionando para mim. Desculpe. Você pode ir.

— O quê?!

— Toma aqui o dinheiro para você não dizer que perdeu a viagem. Pode ir. Não é isso o que eu quero.

Carla pegou as notas de R$100 e partiu confusa. Lorenzo continuava sentindo toda aquela solidão que não conseguia resolver dentro do seu peito.

E chegou a sexta-feira. No tribunal torcendo por Dalton estavam Betinha, Eldora e Lorenzo. O advogado Judá conseguiu algumas provas de contrapartida para provar que a papelada que incriminava Dalton havia sido produto de armação de Anja. Agora tudo terminava, o julgamento chegava ao fim. A juíza pediu para que Dalton se levantasse. O suspense era enorme. Afinal de contas, Judá não podia ter total certeza de que as suas provas haviam sido o suficiente. A juíza daria a sentença final bem agora. Dalton... Inocente ou culpado?

Todos estão reunidos dentro do tribunal para ouvir a sentença final de Dalton

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Todos estão reunidos dentro do tribunal para ouvir a sentença final de Dalton. Se ele for considerado culpado será condenado a 5 anos de prisão e se for considerado inocente será liberado imediatamente. Qual será a sentença?


> > > Continua . . . 

Os Corações Sobreviventes - Capítulo 001 a 200Onde histórias criam vida. Descubra agora