- Indicado ao 1º Prêmio Wattpad Brasil ( #WBr2018 )
- 2 indicações ao ADA2018 (Prêmio Da Academia De Artes Literárias)
Betinha é uma jovem que vende vassouras pelas ruas para garantir a compra da sua passagem para uma viagem internacional. Ela plane...
— Alô, mãe. Sim. Sim. Eu cheguei bem aqui. Vamos entrar no jatinho nesse instante. Ah, não fique, mãe. Tudo vai correr bem. Eu já disse que volto hoje mesmo. Certo. Certo, reze se quiser. Oração nunca é demais. Um beijo, mãe. Até mais tarde.
Betinha parou de falar com a sua mãe ao celular e entrou no jatinho com Dalton. Ao longe, Geraldinho partiu em sua moto, todo contente com as fotos que finalmente possuía comprovando a traição de Betinha. Ele sabia que aquelas fotos valeriam mais do que ouro... No momento exato.
No "Buraco do Binho", passado a fase inicial quando Tábata só se gabava de ser a "primeira dama" do bordel e queria se mostrar superior a todos ali, agora ela estava surpreendendo Binho e de uma forma muito positiva. Tábata estava ajudando bastante. Ela controlava a agenda dos programas das prostitutas, se certificava sobre o que ia acabando no estoque de bebidas para fazer compras, organizava os resultados diários do jogo do bicho e coordenava a equipe de seguranças que ficava de olho nos jogadores das máquinas de cassino.
— Meu amor, você está me saindo uma ótima mulher de negócios, hein – Binho a disse muito feliz.
— Faço tudo para ficar bem ao seu lado, meu amor. Eu não disse que eu tinha mudado? Não disse que tudo ia ser diferente para melhor agora? Nós vamos ser muito felizes juntos, amor. Casados e donos de um negócio bem sucedido pra caramba! – Tábata disse e abraçou Binho. Eles riam satisfeitos e se beijavam apaixonados.
Dentro do jatinho particular, Betinha e Dalton estavam sentados um ao lado do outro nas confortáveis poltronas cor creme. O jatinho subia e eles deram as mãos. Os dois estavam muito nervosos. Era inquestionável que haviam adquirido um enorme medo de voar depois das duas experiências traumáticas que tiveram nas alturas. Mas a viagem foi rápida e segura. Logo desciam no mini aeroporto na ilha de Fernando de Noronha.
Betinha se sentiu tão aliviada ao descer do jatinho. Ainda de mãos dadas com o seu amado Dalton.
— Conseguimos! Sem queda, sem terroristas. Tivemos uma viagem normal! – Dalton disse bem-humorado fazendo Betinha rir.
Eles chegaram em Fernando de Noronha às nove horas da manhã e a partir daquele instante, apenas viveram toda a felicidade que mereciam viver naquela viagem tão especial.
Betinha e Dalton caminharam pela orla da praia. Ele brincou de jogar água nela e Betinha corria dele rindo como uma menininha feliz. Depois eles nadaram com golfinhos. Ao meio-dia eles comeram uma deliciosa caldeirada de frutos do mar em um ótimo restaurante e enquanto comiam estavam sentados em um varandão que tinha uma vista espetacular para o mar, tão próximo.
Depois do almoço, eles passearam de mãos dadas pelo tímido e pequeno centro da ilha, pelas pequenas e simpáticas lojinhas. Andavam pelas ruelas de mãos dadas, compartilhando a mesma casquinha de sorvete de morango, como se fosse o casal cheio de paz e felicidade que apenas desejavam ser.
Eles ainda se sentaram num banco de areia, se beijaram, conversaram tanto e tiraram várias fotografias juntos tendo como plano de fundo as belezas da ilha de Fernando de Noronha. O ar marítimo fazia tão bem para eles. Eles ainda nadaram mais nas águas cristalinas, brincaram nos corais de peixes multicoloridos, experimentaram drinks.
Quando o sol começou a se pôr, Dalton levou Betinha para debaixo de uma árvore imensa. Ele entregou um anel de ouro para ela e não era qualquer anel. Dalton havia mandado gravar uma frase no interior do anel. "Nossa felicidade será eterna", Betinha lia escrito no interior do anel.
Debaixo daquela árvore majestosa ela permitiu que Dalton colocasse o anel em seu dedo e depois cruzou as suas mãos atrás do pescoço dele, o beijou. Tudo em volta do casal apaixonado ia se tornando laranja. Era o fim de tarde. Betinha não queria parar de sentir com os seus lábios o sabor dos lábios de Dalton nunca mais, a textura macia, assim como ele não deseja deixar de segurá-la por sua cintura daquela maneira.
Os golfinhos davam saltos no mar logo atrás deles. O vento não passava de uma leve brisa gentil.
Eles se olharam, permitiram que as suas testas se tocassem. Fecharam os olhos e estavam conectados, apenas sentindo toda aquela mais pura forma de amor.
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A linda praia em Fernando de Noronha por onde Dalton e Betinha passearam.
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O restaurante onde eles almoçaram.
Segunda música-tema para o romance entre Dalton e Betinha (para os momentos felizes).
