Nico
Como um autômato eu vi o delegado me algemar e não conseguia falar nada, parecia que havia uma pedra de gelo sobre meus lábios. Eu queria falar. Dizer que não era eu, mas eu não conseguia, me levaram para uma cela onde tinha uma cama de cimento e um vaso no canto, agradeço por não ter mais ninguém na cela.
O sangue da Frida ainda estava em mim, me lembro de ter ouvido meu irmão dizer que ia ficar tudo bem e ouvi a Lene dizer chorando que me amava. Agora aqui sentado sozinho eu consigo raciocinar, eu sempre fui assim até na escola, quando acontecia algo eu ficava assim, catatônico. Não, eu não sou um “fracote” que precisa que alguém resolva os seus problemas, eu tenho essa doença que se chama catatonia, é uma doença neural que deixa as pessoas catatônicas quando o susto é grande. Agora depois de tudo, eu só consigo sentir raiva por ter visto Mika preocupado e a Lene chorando na minha frente e não ter podido acalma-los de alguma forma. O Mika sabe que eu jamais mataria alguém, mas será que a Lene está pensando o mesmo? Será que ela acha que matei a Frida? Ouço daqui as vozes alteradas do Alex que deve ter sido avisado, minha mãe também está aqui, mas quem será que está cuidando da Vivian? Que merda! Eu não deveria ter vindo aqui! Eu não sou impulsivo a única vez que ajo impulsivamente acontece essa merda. O policial chega trazendo agua para mim.- Você pode falar com o delegado que eu quero falar com ele?
- Você só vai poder falar com ele no seu depoimento oficial. Antes não. - o policial é bem grosso.
- E pode me informar a que horas vai ser o meu depoimento? - pergunto e ele nem se vira para responder.
- O delegado já vai mandar chama-lo, seu irmão está esperando seu advogado chegar. - ainda bem que eu tenho meus irmãos. Eu não tinha nem pensado em advogado.
- Está bem, obrigado. - ele sai e eu volto a me sentar de novo, o policial vem me chamar para depor, quando eu passo pela sala estão todos ali, minha mãe, meus irmãos Mika e Alex, Vince e Donna que quando passo perto me abraça e me beija, o grosso do policial nem espera e praticamente me arrasta, Lene e Jordan também estão lá, só não vejo Greg que deve estar com a filha, Alex segura em meu ombro e diz que vai ficar tudo bem, o policial puxa meu braço e ele briga com ele.
- Ei! Meu irmão não é bandido! Muito menos assassino.
- Até que provem o contrário ele é sim. - o policial fala, ele é bem arrogante, da vontade de gritar: “Eu não matei ninguém! “ Mas me fecho para falar o que sei somente para o delegado.
- Até que provem o contrário ele é suspeito seu babaca! - Alex fala.
- Alex! Por favor, policial! Não leve em conta ele está passando por muita coisa. - minha mãe o reprende. Quando entro na sala do delegado o doutor Hernandes já estava lá.
- Nicolai! - ele me cumprimenta e eu meneio a cabeça em concordância. - Desculpe a demora, mas eu estava em outra cidade a trabalho, mas me conte como tudo aconteceu? E porque o delegado o prendeu? Foi uma prisão arbitraria e ele vai ter que soltá-lo. - conto rapidamente a ele como tudo aconteceu. Ele ouve tudo em silêncio e nesse intervalo o delegado chega.
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O Jogo Do Amor [Concluído ] ✔
RomanceO maior projeto da vida de Lisa colerman que era trabalhar no escritorio de arquitetura de David tompson,havia sido concretizado. Tudo estava ocorrendo melhor que o esperado até que um bibelo passou a ser deixado todas as manhãs sob a mesa de tra...