O cara da imobiliaria

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— Bom dia! – Justin falou e eu sorri, me virando para ele. Justin já estava pronto, assim como eu.

— Bom dia, amor! – falei, selando nossos lábios.

— Sabe uma coisa engraçada – Justin disse de maneira desafiadora, olhei para ele sem entender. — Chaz me falou ontem que você não tem dinheiro para comprar a casa... – ele colocou sua xícara na bancada e me olhou. — Quer me falar algo? – revirei os olhos.

— Seu amigo é um fofoqueiro – disse brava e me virei para o microondas, onde eu esquentava um croissant que tinha comprado no dia anterior mas não tinha comido.

— Cadê o dinheiro, Chloe? – ele perguntou sério e eu suspirei olhando para ele.

— Eu dei quase tudo para minha mãe – respondo calmamente. Ele arregalou os olhos.

— Para que sua mãe precisava de tanto dinheiro? – ele perguntou, cruzando os braços.

— Não é ela, é minha vó. Ela está devendo um pessoal a um bom tempo e minha mãe queria ajudar a pagar parte das contas dela, mas acabei dando o dinheiro para pagar tudo.

— O que sua avó está devendo? – ele perguntou preocupado.

— Praticamente todo o ensino da minha mãe e alguns apostas que meu avô fez. Mas não acho que seja só isso. Foi o que eu escutei quando fui contar para minha vó que estava noiva – ele me puxou para um abraço e beijou o topo da minha cabeça.

— Por que não me contou? – perguntou me abraçando forte, retribui o abraço. Eu segurava as lágrimas.

— Não precisava te contar, é minha família e até pouco tempo era apenas um contrato – levantei minha cabeça, apoiando meu queixo em seu tórax e olhei para ele que, abaixou a cabeça, me olhando.

— Mas agora estamos juntos e você não precisa passar por isso sozinha – sorri, encantada com seu jeito.

— Você fica lindo sendo fofo – disparo, fazendo-o corar. — Uau, Justin Bieber com vergonha?! Isso é inédito. – digo rindo, me soltei de seus braços e abracei seu pescoço, juntando nossos rostos. Suas mãos seguraram minha cintura e logo passaram pelas minhas costas me puxando para mais perto. — Obrigada – falo, quando nos separamos e selei novamente nossos lábios, me afastando dele.

— Vou falar com o Robert e ver o que ele consegue – olhei para ele com uma sobrancelha arqueada, sem entender.

— Quem é Robert, Justin? – perguntei, cruzando os braços e ele riu

— O cara da imobiliária. Chaz falou com ele, mas agora que eu sei o que está acontecendo, vou conversar com ele. Quem sabe minha empresa não tem sua casa perfeita – balancei a cabeça lentamente, confirmando e encarei o loiro

— Minha casa? Não, amor, a casa dos meus pais.

— Não é sua casa a casa deles? – perguntou confuso

— Claro que é, mas minha casa perfeita não será essa – digo de forma misteriosa fazendo Justin ficar mais confuso ainda. Ri, balançando a cabeça e tirei o prato do microondas. Peguei meu café e dei a volta, me sentando no banco da bancada.

— O que quer dizer com isso? – ele perguntou, parando na minha frente.

— Que minha casa perfeita é outra. O que não entendeu? – perguntei, segurando o riso e arqueando uma sobrancelha. Ele fitou o mármore em que estava apoiado e parecia bastante pensativo.

— Sério, não entendi... Explica – balancei a cabeça, negando e ele bufou

— No momento certo, você vai entender – falo e ele revirou os olhos.

The Marriage ContractOnde histórias criam vida. Descubra agora