Eu não ouvi direito.

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Cecília Narrando:
Sai da Sala do Gustavo bufando de raiva. Que ódio! Não é só porque eu sou sua estagiária que ele pode falar comigo como bem entende. Então fui direto para minha sala pegar as benditas das planilhas que já estão prontas a séculos. A minha vontade era de não voltar tão cedo naquela sala. E assim eu fim. Não voltei. Não voltei mesmo. Não estou nem ai se estou fazendo birra. Se ele quiser que venha age aqui buscar esses benditos papeis.
Voltei para o computador para fazer o que é meu trabalho. E hoje o dia estava tão cheio. Milhares de documentos para analisar. Não demora muito ouço três batidas em minha porta. E logo mando entrar.

Cecília: Entre! Ah é você - digo assim quando vejo Gustavo entrando.
Gustavo: Eu vim buscar as planilhas.

Cecília: Aqui estão elas. - Digo entregando sem ao menos olhar em sua cara.

Gustavo: Não vai olhar pra mim não é? Sua pirraçenta.

Cecília: Olha aqui Gustavo. Se você veio até aqui pra brigar comigo de novo. Pode tirar seu cavalinho da chuva.

Gustavo: Eu vim aqui pra pegar a porra desses papéis. Mas você que já está toda alteradinha - vejo o mesmo já levantando o tom de voz.

Cecília: Idiota! Saída daqui.

Gustavo: Não antes de te pedir uma coisa.

Cecília: O que é? Já vai mandar de novo é. Você que aquela história, " sou seu chefe tem que acatar as minhas ordens".

Gustavo: Você é mesmo insuportável né? - vejo ele engolir seco - Eu vim aqui pra te pedir desculpa. - diz entre os dentes, mas conseguir ouvir perfeitamente. Mas como sempre eu queria provocá-lo

Cecília: Como é que é? Eu não ouvi direito.

Gustavo: Haha! Eu não caio nessa não. Você ouviu sim e eu não vou repetir de novo.

Cecília: Tudo bem então. Já pode pegar esses papéis e sair da minha sala. - abro a porta para ele.

Gustavo: Eu já disse eu não vou repetir. - diz saindo da sala.
Mas como essa cara é orgulhos e totalmente ridículo. Não custava nada repetir. Eu iria desculpar por sua groceria, mas agora não desculpo mais.

Gustavo Narrando:
Saio da sala da insuportável e retorno para a minha. Logo encontro o Cristóvão em minha sala. Ele é meu diretor jurídico e mehor amigo.

Gustavo: Algum problema Cristóvão?

Cristóvão: Eu não sei se isso é um problema ou uma notícia boa. - diz meio desconfiado - Os Gamboa. Aqueles daquela empresa multinacional. Eles querem fazer uma especie de aliança com a sua empresa.

Gustavo: Mas isso é uma ótima notícia.

Cristóvão: Essa é uma ótima notícia. A outra eu já não sei se é.

Gustavo: Eita! Conta isso direito.

Cristóvão: O Senhor e a Senhora Gamboa, fez um convite para você e sua família. Eles querem pasar as férias de verão em seu resort na Flórida. Mas tem um porém. A esposa do homem quer a companhia de uma amiga durante a reunião de vocês. Então pediu que você levasse sua nova namorada.

Gustavo: Mas que namorada? Eu não tenho namorada.

Cristóvão: Não foi isso que os jornais disse. A uma semana atrás você foi visto saindo com uma mulher de boate. Saiu em todos os jornais que vocês eram namorados.

Gustavo: Mas aquilo lá foi um caso de uma noite só. Eu já nem sei mais quem é a mulher.

Cristóvão: Você não desmentiu essa história Gustavo. Então para a sociedade e para o ramo dos negócios você tem uma namorada.

Gustavo: Merda! Eu deveria ter esclarecido isso. E agora, o que eu vou fazer? Esse homem é muito importante e influente. Vai ajudar muito a minha empresa.

Cristóvão: O que você vai fazer é arrumar uma namorada. Se não tem agora vai ter que ter.

Gustavo: Mas eu não quero uma namorada. Não quero compromisso sério com ninguém.

Cristóvão: Ficou com trauma de mulher é? Mas agora se vira. Ou você prefere perder essa oportunidade de ouro?

Gustavo: Claro que não. Mas e agora o que eu faço?

Cristóvão: Sei lá. Contrata uma. Será sua namorada de mentira. Vai que cola.

Gustavo: Até que não é uma má idéia. Mas quem? Qual a louca que toparia isso?
Continua...

Não Era Para Ser AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora