Cecília Narrando: Estava em minha sala afim de estrangular o primeiro que passasse em minha frente. Estava com raiva. Eu fui feita de idiota! A raiva que me consumia faziam meu olhos arderem e minhas mãos soarem. Estava martelando em minha cabeça tudo que havia acontecido. Logo entra em minha sala a megera da Nicole.
Nicole: Fica com a pirralha. Preciso falar com o pai dela. - diz jogando a menina pra dentro da sala. E sai da sala.
Ah pronto! Virei babá também.
Dulce: Oi Ceci. Tudo bem? - a menina veio e me deu um mega abraço. Poderia ter mandado a mãe dela pros piores lugares possível. Principalmente por ter chamado a própria filha de pirralha. Mas não disse nada. A Dulce não merece ouvir palavras feias. Ela é uma menina esquentadinha, adora uma a confusão. Mas faz tudo isso pra chamar a atenção dos pais. Quando quer ela sabe ser uma amor de menina.
Cecília: Tudo bem mocinha. E aí, alguma novidade?
Dulce: O de sempre, minha mãe mal me nota. O papi só vive pro trabalho. Eu to perdida, só tenho a fran mesmo. Você quer me adotar? - a menina abre um sorriso.
Cecília: Dulce Maria, eu não posso te adotar, você tem mãe e pai.
Dulce: Mas eles não dão a minina pra mim. Eu praticamente não existo. - vejo seus olhinhos se entristecer.
Cecília: Não fica assim meu amor. Seu pai te ama. Ele só está tendo muito trabalho na empresa.
Gustavo Narrando:
Meus Deus! Isso não era pra ter acontecido. Depois do flagra que a Cecília deu na gente, a única coisa que eu precisava era ficar sozinho. Então mandei a Verônica se retirar da sala. Precisava digerir tudo aquilo que aconteceu. E agora, o que a Cecília vai pensar? Meu Deus! E eu fiquei preocupado com isso. Eu preciso falar com ela. Me levando pra ir para minha sala, mas uma visita desagradável me impede, entrando em minha sala sem ser anunciada.Gustavo: Ah não! Nicole?
Nicole: Surpreso meu amor?
Gustavo: Sem ironias por favor. - digo já tirando o talão de cheque do bolso. - Qual e o valor dessa vez? - faço te tudo pra ver essa mulher longe de mim. Mas vejo que isso é impossível.
Nicole: Desta vez não vim atrás de dinheiro. Só vim dizer que você não vai conseguir tirar a Dulce Maria de mim.
Gustavo: É claro que você não quer isso né? A Dulce Maria é uma garantia pra você. Lógico que sem ela significa sem dinheiro também. E eu já não vejo a hora de isso acontecer.
Nicole: Deixa de ser idiota Gustavo. Que juiz que vai dar a guarda da Dulce para você?
Gustavo: O mesmo juiz da audiência daqui a uma semana. Se eu fosse você não perderia seu tempo.
Nicole: É o que vamos ver querido. - Dulce entra na sala e pula em meu colo.
Dulce: Papai! Eu vou pra sua casa nesse fim de semana?
Cecília: Desculpa. Tentei fazer ela esperar um pouco mas queria tanto te ver. - diz de cabeça baixa. Foi a primeira vez que vejo a Cecília assim. Ela nunca se rebaixa pra ninguém. Vi que ela estava vulnerável.
Gustavo: Sem problemas Cecília.
Dulce: É verdade que você me ama? A Ceci quem me disse.
Gustavo: Claro que te amo meu amor. O papai só anda muito ocupado ultimamente. Tem muita coisa pra fazer.
Cecília: É incrível como você coloca o trabalho a frente da sua família. - desta vez ela levanta seu rosto pra falar comigo. Mas uma vez vi a Cecília estressada de sempre bem na minha frete.
Gustavo: Minha família é muito importante para mim. Eu só entou tenho uma grande mudança em minha empresa. Preciso fechar esse negócio. Mas esse final de semana vamos passar juntinhos filha. Vamos a um parque de diversões.
Dulce: A Cecília pode vir com a gente? Eu pedi a ela que me adotasse.
Gustavo: Que ideia maluca foi essa minha filha? Você tem uma família.
Dulce: Você ainda não me respondeu. A Ceci pode ir com a gente?
Nicole: Que ideia absurda é essa? Eu que deveria ir com vocês.
Dulce: Não. Obrigada. Pode ir passear com seus namorados. - vejo a Cecília segurar o riso, isso me deu vontade de rir também.
Gustavo: Nada disso Nicole. De você eu quero distância. E aliás esse final de semana é meu e da minha filha.
Dulce: Então isso quer dizer que a Cecília vai com a gente.
Cecília: Nada disso Dulce Maria. Eu não vou com vocês.
Dulce: Mas porque não? - faz aquele biquinho que convence a todos. Mas dessa vez ele foi inútil.
Cecília: Eu tenho compromisso Dulce. E é i dia de passar com seu pai.
Dulce: É com o namorado?
Gustavo: Você tem namorado? - me espanto.
Cecília: Não Dulce. E não, não tenho namorado, se eu tivesse o que aconteceu ontem não teria acontecido. E tem mais, nem era pra ter acontecido. Foi um erro - sinto a irritação na sua voz. - agora preciso voltar pro meu trabalho. Com licença - ela sai da sala sem ao menos deixar que eu explique.
Nicole: Que mulherzinha esquisita! O que deu nela?
Gustavo: A esquisita aqui é você Nicole. E isso não te interessa. Agora está na hora de vocês irem. Ate o fim de semana minha filha. - despeço das duas e elas saem.
Cecília Narrando:
O resto da tarde foi bem trabalhoso. Muita coisa pra resolver. E no fim do dia eu já estava mega cansada a espera do elevador. Achei que terminaria o dia sem me estressar. Mas não. A compainha desagradável da Verônica.Verônica: Já vai é?
Cecília: Não, só estou admirando o elevador.
Verônica: Nossa não precisa disso. Está irritadinha porque to pegando o chefe? Aposto que queria estar em meu lugar.
Cecília: Olha aqui Verônica, você não sabe praticamente nada sobre mim. E uma coisa que eu não sou é oferecida como você.
Verônica: Olha o recalque. - segura em meus braços, eu já podia sentir as suas unhas cravarem em minha pele.- Eu só espero que você não diga nada do que viu hoje. Você não sabe do que sou capaz de fazer com você. - Eu retiro as mãos dela de mim e seguro firme em seu pulso.
Cecília: Como já disse, você não me conhece. E uma coisa que não sou é fofoqueira. Vocês podem se esfregarem a vontade, eu não me importo. Agora não toque mais em mim. Você também não sabe do que sou capaz. - o elevador chega e logo escutamos uma voz "Segura o elevador". Ah não! Gustavo? O dia não poderia ter terminado pior. Gustavo, Verônica e eu no mesmo elevador.
Continua...
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Não Era Para Ser Assim
FanfictionUm estagiária,um empresário mal humorado e um contrato nada convencional. Um contrato que unirá dois cabeça dura que não se bicam, fazendo surgir um sentimento que não era pra ser assim.