Cecília Narrando:
Sai do elevador e dou de cara com o Gustavo. O queixo do homem quase foi ao chão com minha nova aparência. Está aí! Ele conseguiu o que queria. Uma namorada aparentável. Recebi uma cantada barata, trocamos alguma palavra e caminhei até minha sala. Nunca havia me sentido tão confiante assim, em toda a minha vida. A cada passo que eu dava, par de olhos viam em minha direção, as mulheres me olhavam com inveja já os homens com desejo. Nunca haviam sequer notado que eu existo. Hoje não param de me encarar. Vou direto para a minha sala, começo fazer os meus trabalhos. Está um pouco difícil, resolvi vir sem os óculos. Agora preciso comprar um com uma armação mais moderna.
Já se passava 40 minutos e eu estava terminando de preencher um relatório. Ouço três batidas na porta e autorizo a entrada.— Entre! — respirei fundo ao ver que é a insuportável da Verônica.
— Ora,ora! Olha só quem resolveu ser gente. — disse me analisando de cima a baixo. — Pra que isso agora Cecília? Você nunca foi disso.
— Isso não te interessa Verônica. Me diga logo o que você veio fazer aqui.
— Calma estressadinha! Até que você não ficou mal assim. Mas eu sou mais eu. — disse jogando a pasta sobre minha mesa. — Antes de sair mais cedo hoje o Cristóvão pediu que eu te entregasse pra que você passe pro Gustavo. Mas como o chefe é exigente é preciso que você revise antes de entregá-lo.
— É só isso? — pego a pasta — porque se for você ja pode se retirar.
— Pra que ser arisca assim Cecília? Não precisa de me expulsar não.
— Você diz isso depois da ameaça que me fez ao descobrir que você está tendo um caso com o chefe. Olha Verônica eu não tenho nada haver com sua relação. Mas você me ameaçou então não espere que eu te trate bem. Porque eu não vou. Agora já que você já fez o seu trabalho me deixa fazer o meu e saia da minha sala.
— Idiota! Já sei porque se produziu toda assim. — disse andando de uma lado para o outro. — Tá achando que só porque está arrumadinha vai conseguir pegar o chefe. Minha querida ele nunca vai ter olhos para você.
Você que pensa querida — pensei comigo
— Isso não me interessa Verônica. Eu nunca me arrumei pra agradar ninguém. Mas as pessoas mudam você sabia? Eu mudei. Agora você precisa aprender a mudar esse seu jeito. Deixar de ser oferecida, intrometida, e interesseira. Agora me deixa trabalhar e saia daqui.
A megera saiu pisando duro da sala. Mal sabe ela que essa mudança foi sugerida pelo seu querido e precioso chefinho. Aquela lá se acha só porque está dormindo com o Gustavo. Não mais né querida. Porque eu sei que levou um pé na bunda.
Com tudo que eu tenho conversado com minha irmã agora mesmo que levo isso a fundo e a sério. Se o Gustavo pretende me testar ele também será testado. E agora com a Verônica se achando aí mesmo que vou ter o senhor Lários em minhas mãos.Gustavo Narrando:
A audiência não começou na hora certa. Foi começar uma hora depois. Antes da nossa havia uma outra que demorou mais do que o previsto.
Assim que a sala foi liberada demorou mais alguns minutos para sermos chamados. Espero que ocorra tudo bem. Logo um dos oficiais de justiça nos chamou e entramos na sala.— Perante as testemunhas e por partes de interesses abrimos o processo de guarda da menor Dulce Maria Lários, que reside com a mãe Nicole Escobar. O pai Gustavo Lários que entrou com o pedido de guarda da menor, que busca o interesse por sua filha. Declaro sessão em aberta. — ouvimos o juiz bater o martelo.
Ficamos por horas dentro da sala. Nicole argumentava de um lado. Dizendo seus interesses por nossa filha. Acompanhada de seu advogado e tentava defender a megera. A Nicole não serve pra ser mãe da Dulce Maria. Mostrei ao juiz meus interesses falei do comportamento da Nicole. Tenho um ótimo advogado, o Cristóvão, que estava o tempo todo argumentando e alegando que eu seria o melhor para a minha filha.
As horas do relógio corriam e por fim a audiência se encerrou.
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Não Era Para Ser Assim
FanfictionUm estagiária,um empresário mal humorado e um contrato nada convencional. Um contrato que unirá dois cabeça dura que não se bicam, fazendo surgir um sentimento que não era pra ser assim.