Ate que em fim papai!

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Gustavo narrando:

Após resolver alguns assuntos pela manhã eu fui informado que a empresa Dois Milênios. A qual queria setenta por cento dos lucros. Solicito uma nova reunião para rever o contrato. É certo que para isso eu preciso da Cecília. Então pedi para que viesse até minha sala.

— Com licença — disse ao entrar.

— Sente-se por favor. — digo mantendo uma postura séria e profissional.

— Por que me chamou?

— Como você bem sabe. A empresa que estamos fechando uma aliança quer tentar mais uma alternativa. Mas não quero ceder a vontade deles.

— Como assim? — perguntou intrigada.

— Eles querem setenta por cento das ações por terem a maioria do capital aplicado.

— Isso é um absurdo! Como eles querem uma coisa dessa?

— Eles querem uma garantia de que eu não vou lhes "passar a perna" — digo entre aspas. — como a maioria do dinheiro será aplicado por eles, eles estão sentindo o direito de ter a maioria dos lucros também.

— Mas não foi decidido que seria cinquenta por cento?

— Claro! A maioria do capital é por conta deles. Mas eles também tem que levar em conta que também estou aplicando ações. E sem contar que o prédio cedido para o escritório da filial é meu.

— Capital não é tudo Gustavo. Tempo e uma boa administração também faz parte do negócio. E pelo que sei a boa parte administrativa será sua.

— Diga isso a eles. Eu sei o esforço que estou colocando nesse novo projeto. Tempo é dinheiro. Não é nada mais justo que fique cinquenta por cento para cada.

— Nada mais justo do que isso. Você não deveria ceder. Ou é cinquenta. Ou é nada!

— Temos que reverter essa situação Cecília. Por isso eles solicitaram uma nova reunião e eu aceitei. Quero você nela. Daqui a duas horas eles virão para tentarmos entrar em um novo acordo.

— E você sabem quem está vindo para a reunião?

— Não são as mesmas pessoas dá reunião anterior. Desta vez vem o acionista majoritário e sua assistente.

— Eu estarei nessa reunião. Mas agora tenho que ir. Combinei de almoçar com a Fátima.

— Também vou indo. Quer que te leve?

— Não precisa. Combinei de encontrar com ela no shopping.

— Tudo bem. Eu almoçarei em casa hoje. A Dulce vai gostar.

— Eu vou indo então. — disse se levantando. — Vou me encontrar com minha irmã. Virei você na hora dá reunião. Até mais tarde Gustavo.

Cecília me olhou de forma doce e logo saiu do meu escritório.

Cecília Narrando:
A noite passada foi o contrário do que eu imaginei. O Gustavo está me tratando muito frio. Mas de uma certa forma estou merecendo isso. Fui muito dura com ele. Eu sempre quero ter a razão de tudo. Sempre tendo a última palavra. Está sendo difícil conviver com ele assim. Pela manhã mal nos falamos. Ele foi indiferente comigo. Me tratou como uma funcionária qualquer. Eu precisava desabafar com a pessoa que mais me entendi nessa vida. Minha irmã.

— Cecília. Você tem que entender que você começou tudo isso. — Fátima debulhava suas palavras em mim.

Já estávamos sentadas na praça de alimentação do shopping. Esperando a nossa comida ficar pronta.

Não Era Para Ser AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora