Nível 02: marcando território.

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Cecília narrando:

Arrumamo-nos e descemos para a sala. Chegamos ao cômodo e o Gustavo já nos esperava. Pegamos um taxi até uma locadora de veículos, Gustavo achou melhor alugarmos um carro. Logo ele alugou um daqueles modelos SUV. E assim partimos para a praia.

O caminho não foi longo e durante o trajeto Gustavo colocou sua playlist no carro através via blotoo do seu aparelho celular. Dulce estava fera nas musicas sabia todas e até a ordem delas. A baixinha canta bem.

Não demorou muito chegamos à praia. Pude reparar que é a mesma que o Gustavo me trouxe na noite do jantar com os Gamboa. Estava noite naquele dia mas mesmo assim notei que era a mesma por reparar que a fenda por entre as rochas que dão para a piscina natural está ali.

Acomodamos-nos e estendemos a toalha na areia. Dulce estava eufórica. Queria aproveitar o dia com seu pai.

- Vamos logo papai! Eu quero entrar no mar. – a menina dizia com entusiasmo

- Não antes de passar o protetor – o pai advertiu a menina.

- Você me ajuda com o protetor Ceci?

- Claro meu amor! – então passei o protetor em seu corpinho. Mas a euforia de Dulce Maria era tanta que nem aguentou esperar por muito tempo puxou logo o pai para a agua.

- Vem com a gente Ceci – Gustavo chamou. Mas o sol estava bom de mais para entrar na agua e eu necessito de pegar um bronzeado.

- Vão vocês. Depois eu vou. Quero pegar esse sol antes que ele fique mais forte. – me ajeitei na toalha afim que aproveitar aqueles raios quentes.

Estava aproveitando o sol maravilhoso, já havia se passado alguns minutos que eu estava naquela posição. Meu olhos estavam fechados, mas sinto alguém em minha frente tampando o sol.

- Sai da Frente Gustavo! Você esta impedindo o sol ter contato com minha pele – disse enquanto meus olhos permaneciam fechados.

- Ótimo! Uma Brasileira. – uma voz masculina soou em minha frente. Eu não a conhecia. Me assustei sentando rapidamente na toalha observando o cara bem na minha frente. Ele era alto moreno, cabelos bem cortados, não tinha barba seu tipo físico era daqueles que frequenta academia, não aqueles caras bombados da perna fina. Seu corpo era proporcional e bem malhado

- Me desculpa! Pensei que fosse outra pessoa.

- sem problemas. E sou eu que estou invadindo o seu espaço. Na verdade eu só vim até aqui perguntar se você olha as minhas coisas enquanto dou um mergulho. – perguntou o cara de sotaque forte com um par de chinelos, camiseta e carteira em mãos.

- Claro que olho! Deixa aí. – apontei para as minhas coisas indicando que poderia deixar perto delas – Você fala muito bem o português. Mas notei que tem um sotaque.

- Ah sim! Sou fluente em quatro idiomas. O meu trabalho exige isso – disse se sentando na areia ao meu lado.

- Ei! Você não disse que ia dar um mergulho? – perguntei arqueando uma sombracelha.

- Ainda vou. Mas conversar com você está sendo bastante interessante. – disse de forma galanteador - Eu me chamo Rodrigo – disse estendendo a mão em comprimento – Qual é o seu?

- Cecília. Mas o que faz por aqui Rodrigo?

- Vim a trabalho. Sou modelo e sou da França. Vim para cá a trabalho desfilar.

- Uau! Realmente isso é a sua cara. – em instante vejo o Gustavo se aproximar da gente.

- Atrapalho alguma coisa? – sua expressão não estava nada legal.

Gustavo narrando:

Dulce está tão empolgada com o passeio. Está amando a praia. Cecília ainda não quiz entrar na água e Dulce me puxou para o mar em instantes.

Estava brincando na agua com minha filha mas, logo ela se cansa e resolve fazer castelo de areia. Saimos da agua e fomos brincar com o baldinho e a pá que ela deixou perto de onde estávamos nadando. Me entreti com Dulce mas logo que olho para Cecília vejo ela conversando animadamente com um rapaz. Merda! Ver essa cena me causou raiva. Certa repulsa. Se vocês pensam em dizer que é ciúmes eu vou logo avisando. É CIUMES SIM! Ceci é minha. Minha namorada. De mentira mas é minha. E essa farsa será por pouco tempo. Não consigo me controlar. Eu preciso ir lá e mostrar pra esse homem que aquela mulher está acompanhada.

- Dulce meu amor. Brinque somente aqui e não entre no mar sozinha. O papai volta logo.

Dulce concordou com a cabeça, eu me levantei e caminhei em direção a Ceci.

É isso! Lá vou eu. E vou para o próximo nível desse jogo que a Cecília insiste em brincar.

- Nível dois: Marcando território. Você é minha. Marrentinha! – disse a mim mesmo enquanto me dirigia para perto de Cecília.

- Atrapalho alguma coisa? – pergunto com certa raiva na voz

- Oh! Me desculpa! Eu não sabia que estava acompanhada. – o rapaz falou e Cecília olhou para ele negando com a cabeça. O que ela pensa que está fazendo? É logico que ela está acompanhada. E eu sou seu homem. – Mas é claro! Como eu não desconfiei que uma gata dessas estivesse sozinha.

QUE MERDA É ESSA? É impressão minha ou esse cara está dando em cima da Ceci?

- Está acompanhada sim! E por mim que sou seu namorado – disse com raiva

- O Gustavo. Se você não percebeu, estamos em uma praia e não em um circo pra dar o seu show de palhaçada. O Rodrigo e eu só estamos conversando.

- Isso é jeito de falar com seu homem mulher? – perguntei me sentando ao lado dela.

Se Cecília acha que eu vou permitir que ficasse de gracinha com outro ela está completamente enganada.

- Que isso Gustavo! Isso é jeito de me tratar? Ainda mais na frente dos outros.

- Me desculpa. Eu realmente não quero ser um incomodo. Acho melhor eu ir. – o Tal do Rodrigo disse. Eu acho mesmo que é melhor ele ir. Na real já era pra ter ido.

- Que isso Rodrigo! Você não é nenhum incômodo.

- Claro que é! – nesse momento Cecília me deu um beliscão em meu braço – Aí amor! Que selvagem! Essa doeu. –se ela queria me corrigir chegou a hora dela passar mais vergonha ainda - é melhor você ser selvagem em nossa cama. Lá eu gosto quanto você vira tigresa – Haha podem falar a verdade. Agora eu mandei bem. Pensem em uma mulher branca quando fica vermelha. Cecília parece um tomate hahaha.

- Bom! Eu já vou nessa. Foi bom te conhecer Cecília. – o filho da puta piscou para ela! Esse cara quer morrer. Só pode!

Assim que flertou com minha gata o carinha de sotaque horrível saiu andando. E é bom que não olhe para trás. E não é que o afrontoso olhou! E ainda deu um sorrisinho para a cecília. E minha garota sorriu de volta! Mas logo em seguida o seu sorriso havia sumido e um olhar matador surgiu em seu rosto. Merda! É hoje que eu morro.

- Acho melhor eu ir fazer castelo de areia com a Dulce. Ela está me chamando. – fiz menção em levantar, mas ela me impede.

- Que bonito em Senhor Lários? Eu posso saber que ceninha foi essa? – posso sentir a raiva de seus olhos queimando os meus.

- Eu...eu.. – comecei a gaguejar – Eu só estava marcando território. Pronto! Falei.

- Que merda Gustavo! Eu não sou propriedade sua! – disse me encarando – não tinha o porque de você fazer a cena que fez. Nós não somos namorados de verdade. Victor e Estefânia não estavam aqui. O que você fez não houve necessidade!

- Claro que houve! Eu não ia deixar aquele gringo de quinta dar em cima de você. E pode ter certeza Ceci – aproximei meu rosto ao dela, eu já podia sentir sua respiração e olhando em seus olhos conclui a minha frase – você ainda não é, mas, será minha. E sabe o por quê? Porque tudo o que eu quero eu consigo. – em instantes colei os nossos lábios em um beijo. Beijo do qual ela de imediato correspondeu. O beijo foi breve, mas foi bem intenso. Pude sentir a paixão que sentimos um pelo outro percorrer sobre nossos lábios. Agora eu tenho certeza! Eu estou completamente apaixonado por essa mulher.


Não Era Para Ser AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora