Solteiro não. Casado com ela.

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Cecília Narrando:

Gustavo voltou a ser tão irritante! Não tinha o direito de falar comigo daquela​ maneira. Aquele ogro!
Não rejeite a carona. Não mesmo e daí?
Mas fui em completo silêncio até minha casa. Ora ou outra ele tentava puxar um assunto. Não quero dirigi a palavra a uma pessoa que grita comigo sem motivos.

— Então você já está quase terminando o estágio. Logo será efetivada — deu um sorriso cativo pra mim. Assim que estacionamos.

Acho que a bipolaridade do Gustavo está voltando. Há algumas horas  atrás só tinha raiva em seus olhos. E gritava comigo sem eu ter culpa

— Eu não quero ser efetivada Gustavo.  — bufei. — Não quero ficar na sua cola pelo resto​ dá minha vida.

— Ah mas vai sim. — disse irritado. — vai trabalhar comigo. E ser minha esposa.

— Estou fazendo isso por Dulce Maria. Não por você. — bufei.

— Não adianta Cecília. Vamos ter que ter uma boa convivência. Minha filha é esperta de mais para saber que não estamos bem. Então vai ficar juntinho a mim sim. Bem coladinhos. — sorriu satisfeito.

— Não pensa que vai ser fácil assim. Eu quero o meu espaço.

— Não pensa que vai ser fácil assim digo eu. Isso não é um outro contrato. É o nosso casamento. Então vamos ter que viver como marido e mulher. — disse firme.

— E como mulher eu tenho o meu direito de dizer não. — disse firme olhando em seus olhos — não é não.

— Eu não sou um monstro Cecília — vociferou — eu nunca tocarei em você sem sua permissão. Mas eu sei que você vai pedir por isso — suavizou a voz e tocou em meu braço com as pontas dos dedos e de forma delicada. — E eu não falo isso porque vou te provocar. Ou por pura tentação. Eu falo isso porque você me ama.

Gustavo olhou em meus olhos me deixando sem reação. Ele ainda causa esse efeito sobre mim.

Gustavo narrando:

Cecília tenta ter o controle sobre tudo e todos. Ela acha que pode controlar seus sentimentos. Seus olhos são tão transparentes que transmite toda a sinceridade que existe dela. Para a Cecília só quero o bem. Quero dar muito amor e carinho. Nunca farei com nada de mal com ela. E nem a tocarei se não me permite. Mas olhando no fundo de seus olhos vejo todo amor que ainda sente por mim. Só preciso ter a sua confiança de volta.

— Não olha pra mim assim — disse emburrada.

— Não tenho como evitar. Você é o meu Imam. Me atrai o tempo todo. Somos iguais.

— Idiota! — sussurrou mas pude ouvir claramente.

— Venho te buscar amanhã cedo.

— Você não virou o meu motorista Gustavo. — disse soltando o cinto.

— Não. Virei o seu marido. — sorri para ela que desviou o olhar — Mas é sério. Venho te buscar amanhã para a gente ir ao cartório.

— Me busca às nove então — disse abrindo a porta do carro.

— Não vai me convidar para entrar meu amor. — ironizo. Cecília bufou e desceu do carro fechando a porta  sem olhar para trás.

Cecília fazia seu caminhar até a porta e antes mesmo dela abrir eu grito a provocando.

— E O MEU BEIJO DE DESPEDIDA? — ela virou-se de forma irônica e me mandou um beijo no ar.

Eu já disse para vocês que amo essa mulher? Peguei o beijo no ar levando a mão para a boca. Cecília fez um "cara de poucos amigos" e logo entrou. Dei partida em meu carro. E segui o curso para minha casa.

Não Era Para Ser AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora