Não Era Para Ser Assim

Nós podemos explicar

Gustavo Narrando:
As minhas mãos estão soando. Estou trêmulo. Após dias e dias de reuniões chegou a hora de assinar o contrato. Estou me vestido pronto para ir a empresa. O Vitor insistiu para que os papéis fossem assinado lá. Eu estou tão nervoso que mal consigo apertar o nó da gravata.

— Fica calmo meu amor! Vai dar tudo certo — Cecília me disse ao me ajudar com a gravata.

— Mas se de última hora ele desistir? Ceci, são milhões que estão em jogo. Esse negócio e de extrema importância para a empresa.

— Você vai conseguir Gu. Você tem feito um Excelente trabalho. As reuniões que vocês tiveram vão valer a pena..

— Obrigado meu amor! Obrigado pelo apoio que está me dando. Você é muito importante para mim — uni minha testa a dela e logo juntei nossos lábios em um beijo calmo.

— Eu vou estar sempre aqui. Do seu lado. E te apoiando em tudo. Agora vamos! Temos hora marcada para chegar lá.

— Vamos. A Estefânia também vai estar lá. Eu não entendo porque o Vítor quis assim. Você e a Estefânia nunca participou de nenhuma das reuniões. E agora quer as duas lá.

— Isso é um pouco estranho... Mas, é melhor irmos.

Cecília e eu fomos para a empresa. Com horário marcado não demorou muito chegamos ao local da reunião. O casal Gamboa já esperava por nós.
Entramos e nos sentamos frente ao casal. Nesse momento Vitor começou a falar.

— Bom Gustavo. Após muitas reuniões, dias e dias de trabalho chegou a hora de assinarmos o contrato.

— A tão esperada hora. E eu tenho certeza que você não vai se arrepender. Nossos negócios renderá lucros para nós dois.

— Bom. Então vamos lá! — Vitor me estendeu a mão com uma pasta, nela contém os papais em que comprova nosso acordo. Mas por um momento ele reteu o papel — Mas antes, quero saber se você não tem nada pra me dizer.

— Sobre a empresa? Claro! Meu compromisso é sério. Irei honrar o nosso contrato.

— Nós não estamos falando sobre isso Gustavo. — Estefânia se manifestou — Antes de assinarmos o contrato queremos que vocês nos digam a verdade.

— Verdade? — Cecília e eu nos olhamos confusos.

— Veja esses papéis — Vitor nos estendeu uma pasta completamente diferente a do contrato — Estefânia e eu temos recebido esses e-mails e algumas fotos.

Peguei a pasta e Cecília e eu começamos a analisar o conteúdo. Nela continha fotos minhas com outras mulheres. São fotos antigas que muitos paparazzis tiraram de mim, fotos na qual eu lembro bem de ter pago para não serem publicadas. Na pasta também continha e-mails, Vários em que diziam que Cecília eu eu não éramos namorados, que tudo não passava de uma farsa

— Temos recebidos esses tipos de conteúdos anonimamente.  Não sabemos quem nos mandou mas sabemos que essa pessoa sabe muito coisa ao respeito de vocês. Coisas que Vitor e eu não sabemos — Estefânia nos olhou erguendo a sobrancelha.

— Quando vocês receberam isso? — Cecília perguntou assustada.

— A umas duas semanas atrás. — Vitor disse.

— Nos podemos explicar. — eu disse atônito, tentando encontrar argumentos positivos para nós tirarem dessa.

— Espero que a explicação de vocês sejam bem convincente.

Cecília abaixou a cabeça envergonhada. Eu também estou. Se eu pudesse enfiaria minha cabeça em um grande buraco.

— Primeiramente eu quero pedir desculpas a vocês. Eu sei que depois que saberem a verdade vocês não irão querer mais assinar nenhum contrato. Mas depois disso tudo aqui, não tem como mais esconder a verdade.