Você está zuando com a minha cara.

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Gustavo Narrando:
Após Cristóvão sair de minha sala fico pensativo. Será que vai dar certo essa idéia? Cecília realmente vai aceitar ser minha namorada de mentira? Bom eu não sou homem de esperar. Pego o telefone e ligo para ela vir até minha sala. Logo a moça chega.

Cecília: Me chamou, aqui estou. — disse entrando em minha sala.

Gustavo: Eu tenho um assunto muito sério pra tratar com você.

Cecília: La vem bomba. — murmura.

Gustavo: Olha vou explicar o meu caso. A algumas semanas atrás eu fui fotografado com uma mulher. E uma pessoa bem importante, da qual estou tentando fechar um acordo bilionário,  viu  um revista de fofocas que a tal mulher era minha namorada.

Cecília: E o que eu tenho haver com isso?

Gustavo: Calma que eu vou chegar lá. Então. Para esse cara eu estou comprometido. E a esposa dele quer conhecer a "minha namorada" — faço aspas

Cecília: E porque não apresenta a "sua namorada" pra eles

Gustavo: Ela não é minha namorada. Eu nem sei mais quem é essa mulher. Foi só um caso.

Cecília: É só isso que você sabe fazer com as mulheres. Usá-las e colocar pra escanteio. Mas vem cá! Por que ta me contando isso? Que eu saiba não somos amigos confidentes.

Gustavo: Não é nada disso Cecília. Eu tenho um proposta pra te fazer. 

Cecília: E qual é?

Gustavo: É o seguinte... Você aceita se passar por minha namorada de mentira? — vejo sua expressão mudar. Ficando com uma cara de assustada.

Cecília: Você  está zuando com a minha cara né? Eu não vou fingir que sou sua namorada. Por que você não pediu a Verônica? Vocês vive se pegando por aí.

Gustavo: A Verônica não é a pessoa certa. Ela é interesseira e muito oferecida. E a melhor pessoa pra isso é você.

Cecília: Ah tá! Então eu sirvo pra ser usada. Nem morta eu vou ser sua namorada. Mesmo que seja de mentira.

Gustavo: Ta se achando né? Todas querem namorar comigo Cecília. É só eu chegar ali na esquina e já arrumo uma.

Cecília: Então vai lá. Elas vão adorar ser feitas de capacho de macho. Eu não sou assim Gustavo.

Gustavo: Eu não quero qualquer uma Cecília. Tem que ser você. Você me conhece. É de confiança. — Começamos a nos alterar.

Cecília: Pois arrume outra de sua confiança. A Silvana vai adorar a idéia. É caidinha por você.

Gustavo: CARAMBA! Você ainda não entendeu que tem que ser você? Quanto você quer pra fingir ser minha namorada? Vai! Dá seu preço

Cecília: O QUE? você está querendo me comprar? Olha aqui Gustavo — a baixinha vem em minha direção apontando o dedo para mim — EU NÃO SOU ESSAS PUTAS QUE VOCÊ PAGA PRA PEGAR UMA VEZ POR NOITE. NÃO SOU MERCADORIA.

Gustavo: EU NÃO PENSO ISSO DE VOCÊ CARAMBA! Entenda Cecília. Eu preciso fechar esse acordo. E daqui a duas semanas se eu não aparecer lá com uma namorada eles vão achar que não sou uma pessoa seria e responsável.

Cecília: Como eu já te disse. Eu não tenho nada haver com isso. Arrume outra idiota pra fazer esse acordo com você. — ela sai da sala batendo a porta

Cecília Narrando:
Idiota! Imbecil! O que o Gustavo pensa que é pra me fazer uma proposta dessa? QUE ÓDIO! Ele quer me usar. Me tratar como uma de suas peguetes. Ridículo! O que esse cara viu mim? Eu mal sei me vestir. Saio daquela sala possessa de raiva. Sem a menor cabeça pra voltar ao trabalho. Junto minhas coisas e saio da empresa. NÃO ESTOU NEM AÍ SE O IDIOTA ME DEMITIR. Vou pra minha casa. O caminho parecia um eternidade. Com muito custo chego em casa. Jogo minhas coisas no sofá, e vou direto para o banheiro tomar um banho. Logo vesti meu moletom cinza e  fui pra debaixo do cobertor. Preferia tentar esquecer tudo que aconteceu naquela bendita sala. Comecei a chorar, as lagrimas pareciam descer queimando. Com muito custo pego no sono. Horas depois acordei com a Fátima chagando em casa cantarolando. Me levando e vou até a cozinha, eu estava toda descabelada e aparência horrível.

Fátima: Você em casa a essa hora? E que aparência é essa?

Cecília: Eu fugi do trabalho por causa do idiota do meu chefe.

Fátima: O que aconteceu?

Cecília: Você acredita que aquele cretino me ofereceu dinheiro pra se passar por sua namorada?

Fátima: Que absurdo? — diz se sentando no sofá — Me conta essa história direito.

Sentei ao lado dela e contei toda a história.

Fátima: Que cretino! Seria mais fácil ele te pedir em namoro de verdade.

Cecília: Cê ta doida Fátima! Eu nunca iria aceitar namorar com ele.

Fátima: Absurdo nada! Vocês já se pegaram. E duas vezes se eu não me engano. Então rola um sentimento aí.

Cecília: Claro que não! Eu não sinto nada por ele.

Fátima: Vou fingir que acredito. Mas você diz que não gosto mas ele pode muito bem gostar.

Cecília: Será? — fico pensativa.

Fátima: Claro! Essa proposta absurda aposto que foi um pretexto pra ficar mais pertinho de você. Se ele te beijou  é porque está gamadinho em você. Só não quer adimitir.

Cecília: O Gustavo não é de se gamar em ninguém. Ele só sabe usar as mulheres. Ficou assim depois que levou o pé na bunda da Nicole.

Fátima: Eu penso ao contrário. Esse cara te quer. E se eu fosse você entrava no jogo dele. Aceitava essa propostas e fazia ele se apaixonar de vez.

Cecília: Nossa Fátima! Que pensamento absurdo!

Fátima: Absurdo não minha querida. É jogar com as mesmas cartas. Entrar na "brincadeira"

Cecília: Espere aí! Agora eu entendi. Você está me dizendo que aceitando esse absurdo conquistarei ele e faria um mentirinha se tornar real?

Fátima: Agora você entendeu. Essa proposta dele não veio atoa irmã. Se a escolhida foi você. É porque ele te quer por perto. Se está se sentido usada. Faça ele ser usado também. Se tornar um homem perdidamente apaixonado.

Cecília: Mas o que ele viu em mim? Mal sei me vestir, nem maquiagem eu uso.

Fátima: Ele viu você. Não uma montagem perfeita. Conheceu verdadeiramente.

Cecília: Eu não sei se acredito em você mas vou aceitar essa proposta. Vamos ver até onde o Gustavo vai.

Guatavo Narrando:
Fui muito precipitado. Tratei a Cecília como um objeto a ser comprado. Fui rude. Deveria ter Convencido ela de uma outra forma. Mas não desisto fácil assim. Preciso me desculpar com ela. Cecília é diferente de todas a mulheres. E eu preciso ter ela perto de mim nesse acordo. Que saco! Essa moça mexe completamente comigo. Nem com a mãe da minha filha eu me sentia assim.
Agora estou em meu carro indo até a casa da Cecília. Eu sou um homem orgulhoso, não torço o braço fácil assim. Mas eu preciso me desculpar pela forma que eu a tratei. O que essa mulher está fazendo comigo?
Pronto! Cheguei. Estou na porta de sua casa. Respiro fundo e bato a porta.

Cecília: O que está fazendo aqui? — ao abrir a porta me perguntou de uma forma rude

Gustavo: Eu preciso conversar com você.

Continua...

Não Era Para Ser AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora