Cecília Narrando:
Não foi fácil aceitar a carona do Gustavo. Uma guerra infinita existia dentro de mim. Ficar presa com ele naquele elevador foi um martírio. Ouvir todas aquelas palavras causava infinitas sensação dentro de mim. O Gustavo pode até achar que sou orgulhosa. Realmente sou. Não gosto de voltar atrás das minhas decisões. É difícil pra mim ter que lidar com tudo isso. Agora com o destino da Dulce em meio a tudo isso complica ainda mais.
Eu fiquei estática com a proposta do Gustavo. Eu ainda não consigo aceitar que a cena que vi não foi real. O Gustavo vivia se engraçando com a Verônica não me surpreende que ele teve uma recaída.— Em Cecília? Você aceita oficializar nosso casamento? — perguntou novamente.
— Muito obrigada pela carona — sai do carro sem ao menos olhar para trás. — tenha uma boa noite Gustavo.
Sei que soou chato sair sem lhe dar um resposta. Mas realmente eu não sei o que responder. Por trás de tudo isso existe duas coisas. O meu orgulho e o imenso amor que tenho por Dulce Maria. Eu amo aquela menina e faria de tudo pra vê-la feliz. Mas não consegui dar um resposta para o Gustavo. Com relação a tudo isso eu preciso pensar.
— Até que enfim senhor! — uma Fátima com expressão de alívio veio ao meu encontro assim que entrei por aquela porta.
— Desculpa Fá — disse sendo apertada por um abraço — Eu tentei te avisar. Mas o celular acabou a bateria.
— Você nunca chegou tarde sem me avisa. Já estava mandando a polícia atrás de você. — disse indo para a cozinha e abrindo a geladeira. — Aqui está o seu jantar. É só esquentar no microondas.
— Obrigada Fá. Aconteceu um imprevisto. Por isso me atrasei. — disse pegando o refratário
— E qual foi? — disse pegando a jarra de suco e se servindo.
— Fiquei presa no elevador com o Gustavo. — disse e a mesma arregalou os olhos.
— Você pelo menos deixou o cara sair vivo de lá né? — disse preocupada
— Claro né Fá. Por incrível que pareça nós nem discutimos. Ele só me fez ouvir tudo que aconteceu naquele dia. — digo com desdém.
— E você acreditou? — perguntou surpresa.
— Não sei. Na verdade estou meio confusa com tudo isso. Ele me contou que a Verônica manipulou toda a situação. E que ela estava forçando muita a barra.
— Disso eu sei. O Cris me contou. — disse bebericando o seu suco
— Quando foi isso? — perguntei enquanto colocava minha comida para aquecer. Logo em seguida lavei minhas mãos.
— Hoje. Nós dois almoçamos juntos. — disse na maior tranquilidade.
— Que linguarudo! — digo indignada — Bom. Ele me contou a versão dele. Que ela se oferecia. Se insinuava o tempo todo para ele e blá blá Blá. Com tudo isso só me fez lembrar o que a Fabiana me contou — um pequeno flash back passou em minha cabeça ao lembrar da história da Fabi.
— Pelo visto essa Verônica não presta mesmo. E aí, vai perdoar?
O microondas apitou anunciando que minha comida já estava aquecida. Era uma boa oportunidade de fugir da resposta. Mas, como conheço bem minha irmã, não seria tão fácil assim. Me servir e comecei a fazer minha refeição.
— Você ainda não me respondeu mocinha. Vai perdoar? Eu sei que você ainda o ama.
— Ai Fátima. Sinceramente eu não sei. Está sendo difícil acreditar que o Gustavo foi completamente santo. Enquanto ela se insinuava ele poderia ter tido uma recaída.
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Não Era Para Ser Assim
FanfictionUm estagiária,um empresário mal humorado e um contrato nada convencional. Um contrato que unirá dois cabeça dura que não se bicam, fazendo surgir um sentimento que não era pra ser assim.