Gustavo narrando:
Dez e quarenta e cinco! Já são dez e quarenta e cinco da noite e nada da minha filha! A angustia toma conta de mim. Tenho medo de nunca mais vê-la. Ela é tudo que eu tenho. Já faz tempo de mais que estamos aqui sentados sem nenhuma notícia. Cecília acabou adormecendo com a cabeça apoiada em meu ombro. Os policiais rodaram todo o parque mas ninguém soube dizer se viu a minha menina. Eu tenho medo de alguém ter pego ela. Há muitas pessoas más que sequestram crianças para o tráfico humano. Vemos noticiários todos os dias de crianças que desapareceram e nunca mais foram vista. E por um descuido. Em um só segundo a minha Dulce sumiu e eu corro o risco se nunca mais vê-la. Não quero participar dessa realidade que muitos pais vivem. A dor da perda é incalculável. Minha bebê tem que voltar para os meus braços.
— You'd better go home. it's late already tomorrow we get in touch with the couple. — um policial se aproximou de nós dizendo para irmos para casa pois já estava tarde. Eu não quero ir para lugar nenhum. Eu quero a minha filha.
— I'm not leaving until you find my daughter. — disse a ele que não sairia daqui sem achar a Dulce. E é isso que vou fazer. Não tiro meus pés daqui enquanto eles não trazerem minha filha de volta
— Your wife is tired. You must rest. this afternoon and only tomorrow we will return the investigations. let's look at the park's security cameras. They have already released our access. — Minha esposa! Quem me dera. Mas de fato a Cecília está cansada, ficou o tempo todo do meu lado. Mas é um absurdo eles retornarem as investigações só amanhã. Foram isso que o policial disse. Que retornaria as investigações amanhã, e que já tiveram a liberação das câmeras de segurança do parque. Mas que merda! Se as câmeras já estão liberadas porque não analisam elas logo. É minha filha! Minha vontade é de dar um murro nesse policial. Mas não é agora que vou desacatar uma autoridade.
Cecília remexeu a cabeça que estava apoiada em meu ombro, logo em seguida acordou.
— Algum sinal da Dulce? — disse sonolenta
— Ainda não. Disseram que vão ver as câmeras de segurança só amanhã.
— Amanhã! Quanto mais demorarem é pior. Eles têm que fazer isso logo! — disse alterada
— Calma meu amor! Vamos achá-la. Agora vou te deixar no hotel! Você precisa descansar.
— Eu não saio daqui enquanto não acharem a Dulce! — disse autoritária.
Cecília é teimosa, está mega cansada mas não vai querer sair daqui. Mas não é agora que vou começar uma discussão com ela.
— Você ligou para a Nicole? Ela precisa saber que a filha sumiu
— Não liguei não. Amanhã telefono para ela. Mas espero que não seja preciso. Conversava com Cecília quando uma jovem entrou acompanhado por uma menina. Uma sensação de alívio surgiu em meu peito ao ver aquele anjinho de cabelos dourados.
— Pronto Dulce! Aqui eles vão te ajudar a achar seu papa. — a jovem disse. Eu ainda estava em estado de choque. Olhava para a minha menininha com a carinha de assustada. Eu estava completamente imóvel sem acreditar no que estava vendo.
— Dulce Maria! — Cecília disse e correu em direção a menina pegando-a em seu colo — que bom que você está bem!
— Desculpa! Eu não queria me perder se vocês.
— Filha! Meu amor! Você voltou — peguei minha menina em meu colo a abraçando bem forte. Já não controlava mais as minhas lágrimas. Por fim soltei todas elas sendo levado pelo choro..
— Eu fiquei com tanto medo papai. — disse chorando
Cecília Narrando:
Graças a Deus! Até que enfim esse pesadelo passou. A Dulce voltou e não conseguimos controlar a emoção.
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Não Era Para Ser Assim
FanfictionUm estagiária,um empresário mal humorado e um contrato nada convencional. Um contrato que unirá dois cabeça dura que não se bicam, fazendo surgir um sentimento que não era pra ser assim.