É melhor para todos nós!

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Cecília Narrando:

Após o banho desci para o jantar. Dulce e Gustavo já esperavam por mim.

Dulce me olhava com ternura. Já o Gustavo manteve a frieza em seus olhos. O Jantar foi servido e começamos a refeição calados.

- Ninguém vai falar nada não? - Dulce perguntou. - não estamos em um velório.

- Só não temos muita coisa pra falar Dulce Maria. - Gustavo pronunciou.

- Eu não tenho novidades Dulce. E você tem alguma? - perguntei de forma distraída.

- Um montão. - fez gestos com as mãos - primeiro. Esse semestre entrou uma menina nova em minha sala. O nome dela é Luciana. E uma outra amiguinha acabou de ter um irmãozinho. A mãe dela foi levar ela na escola e levou o irmãozinho para a gente conhecer. Ele é tão fofinho.

- Os bebês são mesmo muito fofinhos Dulce.

- Eu quero um irmãozinho. Como é que faz? - Gustavo acabou se engasgando com a pergunta da menina.

- Bem Dulce. Eu vou te explicar tudo.

- Não vai não! - Gustavo disse com os olhos arregalados.

- Vou sim. - o olhei - Bom Dulce. Quando o casal está transbordando de amor elas escrevem uma carta para Deus dizendo que quer um bebê para transmitir esse amor. Deus responde a carta dizendo que está enviando uma sementinha na barriga da mulher. A pequena semente vai crescendo na barriga até virar um bebê. Aí o casal vai ao hospital para tirar o bebê. E voltam com ele para casa pra dar muito amor.

- Ah sim! Entendi - disse afirmando com a cabeça - eu não vejo a hora de vocês escreverem essa carta para Deus. Quer ajuda? Se escrevermos nós três o bebê vai chegar rapidinho.

Gustavo tampava o rosto tentando disfarçar um sorriso. Mas foi em vão. Eu vi. E foi a primeira vez que ele sorriu hoje.

- Quando for a hora certa a gente vai escrever essa carta Dulce. Agora vamos comer? - disse e ela afirmou com a cabeça e voltou para a refeição.

O jantar terminou, Dulce e eu subimos. Ajudei a pequena a se trocar e escovar os dentes. E logo coloquei ela para dormir.

- Prontinho meu amor. Agora você está quentinha - disse cobrindo a menina.

- Que bom que você voltou. Eu estava com saudades.

- Eu também estava morrendo de saudades de você meu amor. - digo fazendo um leve carinho em seus cabelos.

- O papai até chorou de saudades. Ele achava que você não voltaria mais.

- Mas agora estou de volta. E não vou sair de perto de vocês. Agora dorme minha princesa. Vocês precisam descansar. - disse depositando um beijo em sua cabeça.
Dulce foi fechando seus olhos lentamente caindo em um sono profundo.
- Eu sempre vou estar aqui meu amor. Por você. E por seu pai também. - digo em sussurro.
Olho para a porta e percebo um Gustavo parado bem no meio dela.

Gustavo narrando:

Cecília voltou! Voltou e não consigo ficar feliz com tudo isso. Na verdade eu fico confuso. Foi tão repentino. Sempre jogando na cara que tudo que faz é por Dulce Maria.
Ela não havia percebido mas já fazia um tempo que estava na porta vendo ela colocar Dulce para dormir. Na verdade cheguei no meio do assunto. Mas tempo o suficiente para ouvir ela disse que está aqui por mim também.

- Está a muito tempo aí? Não te vi chegar. - disse ao me encarar.

- Não. Cheguei agora. Só vim dar um beijo de boa noite na Dulce - me aproximei da menina dando-lhe um beijo na testa.

Não Era Para Ser AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora