Não Era Para Ser Assim

Eles precisam saber da verdade.

Gustavo narrando:

Os dias foram se passando e Cecília e eu estávamos cada vez mais próximos. Nossas noites já não eram mais as mesmas. Aproveitamos cada momento juntos. Cecília vai além do que eu imaginei. Essa mulher é de tirar o fôlego.

Estamos enrolados no lençol após um delicioso sexo pela manhã. Mas com Cecília não é apenas sexo. Tudo é diferente é mais intenso. Essa mulher me envolve de uma forma que nenhuma outra me envolveu. Deitados abraçados conversávamos sobre a viagem.

— Os dias aqui já estão acabando. Passaram tão rápido! — Cecília disse com sua cabeça apoiada em meu peito.

— Ao seu lado o tempo voa. Já está quase na hora de voltarmos para o Brasil.

— Uma viagem de negócios que se tornou a viagem mais incrível da minha vida.

— Graças ao Vítor e a Estefânia que exigiram que eu trouxesse "minha namorada" — e eu Fiz uma excelente escolha. A Cecília foi exatamente. Mulher certa.

— Uma namorada de contrato — Ceci disse me abraçando.

— Contrato que já não existe mais. Agora é minha. Minha verdadeira namorada.

— E aí? Quando vamos contar a verdade? — perguntou olhando em meu olhos.

— Que verdade?

— Amor, eles precisam saber da verdade!  precisam saber que tudo começou com um contrato.

— Não! Não podemos contar. O contrato com a empresa ainda não foi assinado. Vai que depois de saberem a verdade eles desistem. Nem será preciso contar a verdade. Agora somos um casal real. Gucilia já é!

— Mas temos que contar a verdade. A Estefânia e o Vítor são tão legais e compreensivos. Vai entender o nosso lado.

— Cecília, não é o momento. Falta tão pouco para o negócio ser fechado. Vamos fazer assim — segurei em seu queixo fazendo a me encarar.  — assim que assinarmos o contrato nós contamos.

— Não Gu, assim não. Eu quero contar agora. — choramingou — Chega de enganar.

— Mas não estamos enganando meu amor! Estamos namorando de verdade.

— Eu sei bebê! Mas eu sinto na necessidade de contar para elas.

— Está bem. A senhorita venceu. Vamos contar para elas. Mas não hoje.

— Está bem. Eu aceito. Agora que tal fazermos algo legal?

— Hum… mas já não estamos? Essa cama aqui está boa de mais

— Safado! — bateu em meu peito — eu estou falando de algo legal com a Dulce.

— Está certo! Que tal irmos a uma lanchonete e comermos.

— Ebaaaa! Eu quero um lanche com brinde. — disse animada.

— Eu já não sei quem é mais criança. Você eu a Dulce.

— Todo mundo tem um lado criança. Agora vem. Vamos nos trocar. — disse se levantando da cama revelando seu corpo nu.

— Hummm. Vendo uma belezura dessas não dá a mínima vontade de sair dessa cama.

— Mas vai levantar. Eu estou com fome. E a Dulce Maria vai ficar brava. Mas uma vez não dormimos na casa do Vítor.

Sim! Não dormimos na casa dos Gamboa. Cecília e eu havíamos saído para jantar e esticamos a noite em um hotel. Agora já imagino as perguntas que minha filhota vai fazer.