Capítulo 05

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- Sejam bem-vindos há Alexandria! - Jesus exclama ao abrirem os portões da comunidade, haviam bastante pessoas ali. Pessoas normais, algumas trabalhando, crianças brincando. No meio de um apocalipse isso é uma coisa maravilhosa de se ver.

- Uau! - deixo escapar. Carl me dá um soquinho no braço. - o que foi? - sussurro confusa massageando o braço.

- Não devemos confiar totalmente neles. - sussurra de volta.

- Então fica ai para ser devorado por zumbis. - falo e entro em Alexandria, Mel corre para as crianças que aparentavam ter a sua idade.

- É uma linda menina.- Noah aparece ao meu lado.

- É, é sim. Ela é especial, quer dizer, para mim ela é especial. Ela é como uma filha para mim. - falo observando ela brincar de pega-pega com as outras crianças.

_ Olá pessoal, meu nome é Marta. Eu sei de tudo sobre Alexandria, qualquer dúvida que tiverem, podem vir falar comigo. - uma mulher que parecia ter uns quarenta e oito anos aparece, e uma mulher um pouco gordinha estava ao seu lado com um carrinho. - as armas são de vocês, mas eu preciso que entreguem-as. Vocês podem usar fora dos muros, mas aqui dentro não é permitido.

Deixamos as armas no carrinho, mas eu não consegui deixar a minha faca que guardo dentro da minha bota. Foi um presente da minha mãe, e, se ela realmente estiver morta ou for um daqueles monstros lá fora, eu quero ter alguma recordação dela.

Marta mostrou as casas para nós, uma do lado da outra. Ela disse que seria melhor Rick e Carl ficaram numa e eu e Michonne em outra. Meio contra gosto nós aceitamos. A casa era simples mas muito bonita.

(...)

- Enid, eu sou mais velha, então eu vou primeiro. - Michonne diz batendo a porta do banheiro na minha cara. Bufo irritada.

- O que aconteceu para você estar com essa cara de bunda? - Carl pergunta dando uma mordida na sua maça quando entro na casa deles.

- A Michonne não deixou eu tomar banho primeiro. - reviro os olhos. Rick sai do banheiro com a barba feita e os cabelos molhados. - fiu, fiu, hein. Vai pegar geral - brinco.

- Não fala isso, Enid. Não gosto de imaginar meu pai beijando as velhas. - Carl faz cara de nojo e eu rio.

- A Michonne não é velha. - falo, as bochechas de Rick ficam levemente vermelhas e eu e Carl fazemos "hummmm" juntos só para provocar.

Depois de alguns minutos de brincadeira, Michonne aparece na casa com roupas novas.

- Não te achei na casa, imaginei que estivesse aqui. -justifica se sentando na guarda do sofá.

- Ou você veio por causa do Rick? - Rick joga uma almofada na minha cara e eu rio.

- Vai cuidar da sua irmã. - fala me fazendo arregalar os olhos.

- Ai meu Deus! Me esqueci da Mel. - coloco as mãos no rosto.

- Relaxa, ela deve estar brincando com as outras crianças. - Michonne tenta me tranquilizar, corro até a janela e avisto ela rolando na grama com uma menininha. Coloco a mão no coração em sinal de alívio.

- Ufa! - me encosto na parede. - Vou tomar um banho.

- Eu vou dar uma volta na comunidade. - Carl fala e saímos de casa para deixar os dois sozinhos.

(...)

Entro de baixo do chuveiro, a água morna relaxa os meus músculos. Mas a minha ferida arde, dou uma olhada nela, ela estava um pouco aberta, mas nada sério. Lavo meus cabelos e o meu corpo. Coloco uma calça jeans, uma regata preta e amarro um casaco xadrez na cintura. Coloco um tênis baixinho e guardo a minha faca no bolso da calça.

- Moça. - paro uma mulher jovem que tinha cabelos nos ombros. - Pode me dizer onde fica a enfermaria? - peço gentilmente.

- Claro! - sorri e me guia até uma espécie de garagem. - Meu nome é Maggie.

- Sou Enid. - sorrio. - Muito prazer.

- O prazer é todo meu. Se precisar de ajuda é só chamar, vou estar na plataforma. - aponta para uma plataforma que ficava perto do muro.

- Okay. Tchau!

- Tchau. - acena. Bato no portão da "garagem" e ele se abre, uma mulher gordinha que usa óculos sorri de forma gentil para mim.

- Oi! Sou Denise, em que posso te ajudar? - pergunta fazendo sinal para mim entrar na enfermaria. Entro e sento na maca.

- Sou Enid. Eu fui atingida por uma flecha mais cedo. Queria que você fizesse um curativo. - explico.

- Claro! Onde foi que a flecha atingiu?

- Na coxa. - aponto, ela pede para mim tirar a calça. Tiro e ela olha o ferimento.

- Não é grave, mas eu vou precisar dar pontos. Vai doer um pouquinho, não temos anestesia. - fala, assinto meio nervosa. Ela pega agulha e linha e começa a dar os pontos.

Aviso: A história não será igual a série. Alguns papéis poderão ser trocados, como vai acontecer com Enid e Carl mais adiante.

Spoilerzinho 😊

Survivos || Carl Grimes (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora