Capítulo 30

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Acordo muito confusa, até me lembrar do que aconteceu antes de eu desmaiar.

As minhas mãos e meus pés estão atados, e eu estou sentada em uma cadeira em um quarto pequeno e escuro, tem uma janela muito pequena, apenas para entrar um pouco de luz. A porta se abre, fazendo o quarto ser iluminado ainda mais.

- Vamos logo. - um garoto que parecia ser um pouco mais velho que eu adentra o quarto e me puxa pelo braço.

- O que querem comigo? - pergunto, sua expressão estava tensa, ele parecia novo ali.

- Eu queria muito te ajudar, mas não posso, mesmo. - fala. - se Negan descobrisse que eu te ajudei vai matar nós dois.

- E como ele iria descobrir? - pergunto dando um riso debochado.

- Ele é o Negan.

Chegamos em frente a uma grande porta, o garoto bate nela e ela se abre lentamente. E quando ela está completamente aberta, eu percebo que aquilo era uma sala de tortura. Estremeço.

- Boa sorte. - o garoto sussurra, por um momento pensei que ele fosse embora, mas ele entra comigo e fica em um canto, como os outros guardas.

- Enid Dixon! - Negan exclama, aparentemente alegre. - Eu sabia que nos veríamos de novo, e eu estava doido para que isto acontecesse!

- Pensei que me odiava. - sorrio sarcástica.

- E ainda odeio, - afirma. - mas você pode me passar informações muito importantes.

- E quem disse que eu vou passar? - provoco. Talvez eu realmente não gostasse de viver.

- Garota, não me provoque. Eu posso fazer você falar rapidinho. - aponta Lucille para o meu rosto, estremeço de medo, mas óbvio que não demonstraria. - os Alexandrinos são fracos, não conseguiriam vencer uma guerra. Nós somos os Salvadores!

- Eles não são fracos! Fraco é você, que acha que um simples nome mede força. - falo, ele fecha o punho e atinge minha barriga, me fazendo cair no chão. - Nós somos uma família, estamos juntos nessa. Os Salvadores apenas se importam consigo mesmo. - falo, sinto um tapa ser desferido na minha bochecha. Olho para o garoto, ela parecia incomodado com aquilo.

- Você não sabe os riscos que está correndo falando essas coisas para mim, ou realmente está pedindo para morrer.

- Talvez eu realmente esteja. Mas você não pode me matar.

- E por quê não? - pergunta se agachando ao meu lado.

- Porque você precisa de mim para obter informações de Alexandria, que obviamente eu não vou dar. E outra, porque eu sou uma Alexandrina e uma Dixon.

Um chute acerta meu estômago, sinto um líquido subindo e abro a boca, sangue sai da mesma. Uma lágrima escorre pelo meu olho.

- Você é fraca! - exclama com deboche. - já está chorando? Achei que fosse forte.

- As grandes garotas choram. - levanto meu olhar.

- Caramba! Agora que eu reparei que você está com a merda desse curativo. Vamos tira-lo.

- Não! - ele acerta um soco no meu olho.

O curativo é arrancado bruscamente do meu rosto, deixando o machucado a mostra. Eu choro por tamanha humilhação.

Comentem se vocês querem que eu volte com a forma de texto normal!

Survivos || Carl Grimes (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora