Survivos || Carl Grimes (Concluída)

Capítulo 33

Quando chego na área de treinamento, vejo meu pai olhando para o meu arco que estava nas suas mãos, sorrio com a imagem.

- Pai? - ponho a mão no seu ombro.

- Enid! - ele se levanta e em abraça forte, beija meus cabelos e passa as mãos no meu rosto quando nos separamos do abraço. - Você está bem?

- Ótima! - sorrio, ele me abraça novamente. Mas meu sorriso some ao lembrar de Henry. - O que foi?

- Nada, estou bem. - sorrio forçado.

(...)

- Estava morrendo de saudades de você. - Carl cheira o meu pescoço, me arrepio por inteira, ele percebe e ri. Estávamos encarando as estrelas na torre, na mesma torre em que eu e Lydia brigamos.

- E a Lydia? - pergunto, ele para de beijar meu pescoço e me encara.

- O que tem ela? - pergunta confuso.

- Ela falou com você sobre o que aconteceu? - pergunto.

- Eu não vejo ela desde que você desapareceu. - diz, franzo o cenho.

- Que estranho. - murmuro e ele volta a beijar meu pescoço.

- É. Mas eu tenho coisas mais importantes para me preocupar agora. - ele toma meus lábios em um beijo cheio de desejo e saudade, retribuo na mesma intensidade.

O beijo se torna mais quente e mais preciso. Separamos nossos lábios apenas para Carl tirar sua camisa, em seguida ele sela nossos lábios novamente.

Sim, nós fizemos sexo na torre de vigia.

(...)

- Carl, nós precisamos voltar lá. - falo outra vez. Estávamos discutindo sobre a minha decisão de querer voltar lá para resgatar Henry.

- Por quê você está tão preocupada com esse cara, Enid?! - Carl exalta irritado, estávamos na igreja, pedi para reunirem todo o grupo.

- Carl - Rick repreende. - deixe ela falar. - fala e Carl se senta de novo com uma carranca.

- Porque foi ele quem me ajudou a sair de lá. Porque se não fosse ele, eu não estaria aqui. Ele me ajudou, e agora eu quero e vou ajudar ele a sair de lá! - me levanto também, ele se cala, porque eu realmente estou certa.

- Seria uma forma de retribuir. - Michonne fala.

- Mas nós estaríamos pondo nossas vidas em risco. - Carl fala.

- Carl, se você não quiser ir, tudo bem. Quem quiser ir, vai. Mas eu já vou avisando, eu vou e ninguém vai me impedir! - falo "apontando" o dedo para a mesa.

- Eu vou! - Maggie se levanta.

- Eu também! - Michonne.

- Pode contar comigo, Enid. - Rick.

- Tô dentro! - Tara.

- Fazer o que, né? - Carl resmunga e se levanta. - Eu também vou.

(...)

Estávamos andando em direção a comunidade dos Salvadores, estávamos cansados, com sede e fome. E nossos suprimentos haviam acabado.

- Enid, - Tara me chama, paro de andar e ela me alcança. - posso te contar uma coisa?

- Pode, claro.

- Eu sou lésbica. - fala encarando a estrada.

- E daí? - pergunto sem interesse, ela me encara.

- Não vai me mandar parar de conversar com você, me xingar ou alguma coisa assim?

- Claro que não! Por quê eu faria isso? - pergunto indignada.

- Existem pessoas assim, infelizmente. - murmura cabisbaixa.

- Sim, existem pessoas burras. Mas relaxa, não são todas. - sorrio e ela retribui.

Voltamos a nossa caminhada até os Salvadores, as vezes Carl me lançava um olhar estranho, mas eu simplesmente desviava, as vezes esse ciúmes me irrita. Mas eu não posso falar nada, não sou diferente.

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