Capítulo 17

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Acordo sentindo alguma coisa caindo no meu rosto. Ponho a mão no rosto e sinto o curativo caindo. Suspiro e vou para o banheiro. Faço minhas higienes e escovo meu cabelo sem me encarar no espelho. Coloco a mão no curativo para ele não cair quando eu descer as escadas, vou para a cozinha e estava todo mundo tomando café da manhã.

- Er...Michonne, será que você poderia... - aponto para o meu olho. Ela percebe o curativo caindo e se levanta com um sorriso gentil.

- Claro. Vem. - me puxa para a sala. Ela pega as coisas necessárias e se senta ao meu lado. Quando ela tira o curativo e afasta a minha franja do meu rosto eu fecho o olho com vergonha. - Não precisa ter vergonha, Enid. Nós já conversamos sobre isso.

- Eu sei. É que...eu não me sinto bem sem o curativo. - digo baixinho. Ela termina de fazer o curativo e beija minha testa.

- Vem tomar café. - estende a mão.

- Bom dia. - Falo quando me sento ao lado de Carl.

- Bom dia! - respondem. Passo geléia de uva no pão e começo a comer.

- Vamos atrás de mais remédios e suprimentos hoje. - Rick fala.

- Nós também vamos. Quanto mais melhor. - Carl fala e Rick assente.

- Eu não vou. - continuo comendo de cabeça baixa.

- Por quê não, Enid? - Michonne pergunta como se estivesse tudo normal. O que não está.

- Só não estou a fim de ir. - respondo.

- Como o Carl disse, quanto mais gente melhor. - fala e beija minha testa assim como Rick, em seguida saem da cozinha.

- Eu sei porque não quer ir. - Carl põe sua mão em cima da minha.

- Eu só vou dar trabalho, Carl. - falo apertando sua mão em seguida.

- Mas é claro que não - ri fraco como se eu tivesse contado alguma coisa um pouco engraçada. - por quê acha isso?

- Não se faz de tonto, Carl. Você sabe porque eu não quero ir - falo terminando de comer meu pão. - eu não consigo nem usar a arma.

- Mas você sabe usar a pistola - fala sorrindo. Sorrio também. - tenho que ajudar meu pai há pegar as coisas - se levanta. - espero que mude de idéia. Vai ser bom pra você sair um pouco de casa. - ele deposita um selinho demorado nos meus lábios e sai de casa. Restando somente eu.

Decido sair um pouco também. Vou para a área de treinamento e pego meu arco. Me lembro de Daryl e sinto meus olhos marejarem.

" -  Você é boa nisso. - Daryl fala guardando sua besta. Rio sarcástica.

- Há quatro dias atrás você me deu uma patada. Hoje tá me elogiando? - pergunto guardando meu arco e pegando o lobo.

- Eu não sabia quem você era. - sussurra para mim não ouvir, ouço mas não falo nada."

Se ele é realmente meu pai, por quê eu não estou com raiva? Ele me abandonou e nunca mais procurou saber de mim e da minha mãe. Eu apenas sinto vontade de procurá-lo e abraça-lo com todas as minhas forças para recuperar o tempo perdido.

Minha cabeça está tão confusa...

Me desculpem o capítulo pequeno.

Não sei se vou conseguir escrever mais 3 capítulos hoje. Mas vamo que vamo.

Survivos || Carl Grimes (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora