Capítulo 11

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- Como você está, filho? - meu pai pergunta entrando ela porta da enfermaria.

- Com um pouco de dor, mas estou bem. - respondo.

- Que bom. Fiquei muito preocupado.

- Pai, é verdade que a Enid passou a noite aqui? - pergunto confuso me sentando na cama. Mas meu pai me impede.

- Não tente se levantar agora, Carl. E sim, ela dormiu naquela poltrona. - aponta para uma poltrona que ficava no canto da enfermaria.

P.O.V Enid

- Enid? O Carl quer te ver. - Rick fala saindo da enfermeira. Me levanto meio sonolenta e sorrio.

- Está bem. - ele coloca a mão no meu ombro antes de ir em direção há sua casa para descasar um pouco.

Entro na enfermaria e vejo Carl deitado na maca olhando para o teto, ele parecia estar em outro mundo pensando em coisas que talvez eu nunca descubra, quem sabe...

- Oi. - sussurro e me sento na beirada da maca.

- Oi. - sussurra de volta, logo me envolve em um abraço desajeitado por causa do curativo.

- Obrigada. - olha nos meus olhos.

- Pelo que? - pergunto confusa e rio pelo nariz.

- Por passar a noite aqui. E...por ser quem você é. - fala meio tímido e eu sorrio abertamente.

- Eu que agradeço.

(...)

Carl faz carinho nos meus cabelos, estou deitada no seu peito na maca da enfermaria. Eu dormi muito mal a noite, então meus olhos logo se fecham me levando há um sono temporário, que um dia eu desejei que fosse eterno.

P.O.V Carl Grimes

Sinto a respiração de Enid ficar mais leve. Olho para ela e seus olhos estão fechados. Dormir em uma poltrona com certeza não é nada confortável.

Não a acordo, apenas sorrio encarando o teto branco. De repente ela se agarra mais à minha blusa, como se tentasse me prender ali e nunca mais soltar. Ouço a porta se abrir e Carol entra na enfermaria, logo seu rosto fica radiante e um sorriso enorme toma seu rosto.

- Desculpe atrapalhar. - sussurra para não acordar Enid. - mas tenho que dar uma olhada no seu machucado. Denise e Olivia estão cuidando de um homem que foi mordido na perna.

Ela tira meu curativo e olha o machucado por alguns instantes. Ela analisa bem para ter certeza de que está tudo certo.

- Está tudo certo. Vou trocar seu curativo. - diz e pega as coisas para fazer o curativo com a máximo de cautela possível para não acordar Enid que dorme pesadamente no meu peito, agarrada ainda mais à minha blusa.

- Eu disse para ela ir descansar de noite. Mas ela preferiu passar a noite aqui. - aponta para a pequena garota deitada.

- Carol. - ela me encara. - a Enid já te contou sobre o passado dela? - pergunto.

- Quando eu e Denise fizemos o curativo na perna dela... - sussurra. - eu perguntei sobre os pais dela. Ela apenas abaixou a cabeça e não respondeu.

Desvio meu olhar para Enid. Ela nunca demonstrou ter passado por um trauma ou alguma coisa parecida. Mas eu a conheço a pouco tempo, não sei quase nada sobre ela.

Cinco dias depois...

Ontem eu finalmente pude sair daquela enfermaria. Não teve nenhum problema com o meu machucado, ele está cicatrizando bem.

Agora são 02:25 da madrugada. Uma tempestade começa, o vento faz barulho e alguns raios cortam o céu. Minha garganta fica seca e eu desço para buscar água.

Meu pai e Michonne decidiram que seria melhor passarmos todos na mesma casa. Se o meu machucado ficasse muito feio seria melhor para ajudar até alguém chegar.

Quando estou voltando para o meu quarto, ouço soluços baixinhos. Vou em direção ao quarto de hóspedes que Enid está, e percebo que os soluços vinham do quarto dela.

Abro um pouco da porta e tenho a visão de Enid encolhida na cama, com as mãos nos ouvidos e seu corpo todo treme de medo. Me aproximo lentamente da cama e me deito ao seu lado, ela se vira, me encara e tira as mãos dos ouvidos.

- Tá tudo bem. - a abraço e ela volta a chorar baixinho. - eu estou aqui com você. Não vou deixar que nada aconteça com você. - sussurro no seu ouvido.

- Fica aqui, por favor. - pede com a voz chorosa.

- Fico. - beijo seus cabelos. Um raio corta o céu fazendo o quarto todo clarear, Enid da um pulinho de susto e se agarra mais há mim.

A porta se abre e Mel entra correndo para o quarto. Ela me vê mas nem da bola pelo fato de eu estar abraçada com sua irmã. Ela se deita no meio de nós dois. E assim adormecemos.

Genteee, por favor, façam uma capa para o livro. Ou me indiquem um aplicativo bom para fazer uma capa. Eu tentei fazer outra, mas o aplicativo é ruim para isso.

E se fizerem, usem essas fotos que estão nessa capa. Explico mais para frente.










Survivos || Carl Grimes (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora