3: Estranho

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Eu saio da casa de Mari, e apenas uma pessoa perambula pela rua, isso normalmente seria normal, mas um laser pela janela, passando por trás de Mari e Pan pode ser fatal, não me importaria se fosse comigo, mas com eles. São mais indefesos, um invasor poderia ser fatal, Mari se vira bem, sozinha, mas protegendo outra pessoa não acredito que ela seja tão eficiente. Acho melhor voltar, assim, com o arsenal que temos posso proteger os dois, mas e se o invasor já estiver lá? Pan! Maldito!
Corro por um quarteirão inteiro e chego na casa de Mari. Bato na porta, dez segundos e nada, dou a volta pelos fundos, e entro. Retiro um scaner de bolso e ligo-o. Vejo três corpos na parte superior. Subo, três corpos, julguei mal o Pan. Entro no quarto, e vejo um homem alto, magro, porém muito forte aparentemente, como Pan disse. Com várias tatuagens acinzentadas, com traços de azul cobalto que cobrem as costas, e quando ele se vira vejo que as tatuagens passam até o peito, são marcas tribais. Pan havia falado de um amigo "lobo". Reanaliso a cena, o homem está do lado direito do quarto, com a janela quebrada. Ele entrou por ali. Pan estava em cima da cama, ele está posicionado em frente a Mari, de uma forma protetora, a proporção é idêntica, ele está com os braços abertos, defendendo Mari, o homem começa a andar até minha frente, ele realmente tem a minha altura e perfil, magro, porém muito mais musculoso, isso me cheira a um duelo de espadas. Ele empunha um bastão, não para matar, mas para defesa, em suas costas estão duas bainhas, essas são verdadeiras. Duas katanas, uma preta e uma vermelha.
Puxo o meu bastão.
- Se quiser os dois, terá que me atacar primeiro.
Ele vira levemente a cabeça para eles.
- Que bom que isso será mais divertido do que simplesmente espancar o Pan indefeso.

Uma Questão de HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora