12 - Maiores explicações

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Saímos da escola depois do longo período. Andamos até o beco, passamos pela grade, e seguimos o caminho normal para o CoolBar.
Descubro que na verdade seu avô foi um dos fundadores da resistência original. Martin nos vê pela janela, e já faz nossos lanches, Amanda só não ia no mesmo horário, afinal descrição era essencial, mas agora eu também sou adepta a resistência.
- Amanda? Mari? Vocês duas tudo bem, mas cadê o Tony? - Martin
- Para de dar uma de desentendido Martin...
Ele sorri um pouco sarcasticamente, mas ainda está preocupado com Tony, mas não tanto. O que está acontecendo?
- Da para parar de encher o saco Martin? - Tony, saindo do banheiro.
- O que raios você está fazendo aqui?
- Também estou feliz em te ver Mari.
- Desculpa. Mas eu tinha te sedado.
- Já disse que sou mais resistente do que pareço, e Pan quer falar com você, ele está lá em baixo.
- Mari, não quer comer primeiro? - Amanda.
- Posso comer enquanto desço.
Levanto, pego o lanche, e vou andando até o frigorífico. Entramos no elevador ao fundo do mesmo, e vamos descendo até a Base Tática. Pan está debruçado sobre um teclado olhando atentamente a tela, com uma expressão séria. Quase caio quando tropeço no degrau, todos olham para mim. Pan me recebe com um sorriso, ainda com uma cara esquisita, um pouco psicótica, mas ainda é ele, acho que viu algo alarmante.
- Mari, eu acho que isso vai ser novo até para Tony.
Olho para Tony e ele faz uma cara de surpresa. Andamos até o monitor em que ele está, uma tela se acende na parede, e tem um mapa do país. As quatro regiões estão com pontos azuis e vermelhos distribuídos, não uniformemente, mas estão distribuídas por todo o país. O lado Leste é onde estamos, e pelos pontos consigo entender o que está na tela, mas posso estar errada.
- Como podem ver os pontos azuis são os guardas governamentais, que vamos chamá-los de GG daqui para frente. - Pan explica
- E os pontos vermelhos são os adeptos como nós? - Pergunto.
- Sim - Amanda responde.
- Mas aí tem muito mais que trezentas pessoas.
- Sim, Tony, eu sei que você é influente na resistência, mas ainda não sabe quantos realmente somos.
Tony sai da sala, chateado, por não saber toda a história.
- Dez, vinte mil? – Pergunto.
- Vinte e Cinco. – Amanda responde.
- Nós estamos no Leste? Tem uma maior concentração de vermelhos do que nas outras três regiões. – Pergunto.
- Exato Mari – Wolf diz.
- A missão principal é proteger você.
- Eu? Mas por que?
- Você é a filha do homem que quase venceu, todas as esperanças estão sobre você. Você é a forma mais pura dos ideais dessa guerra. – Amanda exclama.
- Ideais? De que? Só pelo fato do meu pai ter morrido? E pelo fato de eu ser amiga do Tony?
- Você luta por um ideal mais forte que todos nós.
- Mari, lembre-se que os ideais são pacíficos, a guerra não, mas o seu ideal deixa a pessoa mais forte, e quem luta pelo amor é quase invencível. – Tony me diz.
Mas eu não sou forte. Não tanto como Tony, ou mesmo Wolf. Eles são no mínimo dez vezes mais fortes que eu.
- Mari... O amor é a maior motivação para a luta, e sua força é o amor. – Anthony.
- Mas como você diz...
- Ontem, quando Wolf me acertou, você agiu impulsivamente, e isso significou não se importar se você se machucaria, mas você se importou comigo, e isso fez com que ganhasse do Wolf. Mesmo que não ganho propriamente dito, mas você se esforçou, não se importando até mesmo com a própria vida. Mas com aqueles que você ama.

Uma Questão de HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora