Acordo, vejo o teto, coberto de pinturas, Tony pintava aqui. Eu me lembro de quando ele teve a ideia de fazer isso.
Memórias Mari
- O que você está pintando?
- Uma releitura modernista do quadro Mona Lisa de Da Vinci.
- Sei.
- Eu estou brincando Mari! - Sorriu
- E eu não sei?
- É um mangá de uma pessoa muito importante para mim.- Ele é fofo.
- A diretora!
Fasso uma careta. Ele gargalha.
- Idiota.
- Eu não podia perder essa piada!
- Mas quem é?
- Adivinhe!
Vejo o papel, há uma garota, parece ser um pouco mais alta que o normal. Tem cabelos castanhos escuros, olhos azuis, e uma pele lisa, que parece de uma criança, ela segura uma flor com um grande sorriso, e na flor há uma borboleta, eu fiz isso há alguns dias no caminho para o CoolBar. Eu peguei uma flor, e uma borboleta pousou nela. Agora que observo, está idêntico ao lugar, o mesmo arbusto, o mesmo caminho, a mesma pedra que eu sentei.
- Isso é incrível!
- Obrigado, eu não achei que estava tão bom.
- Bom? Isso está basicamente perfeito, até os detalhes.
- Eu não reparei, fui lembrando e fazendo.
- Qual a técnica?
- Aquarela.
- Por que você não faz isso no quarto de hospedes?
- Eu...
- Ia ficar muito bonito! Sem brincadeira.
- É, pode ser.
***
Levanto, tiro o pijama, estou com uma aparência cansada, e vários hematomas em meu corpo. Fito cada um deles, alguns tem mais de cinco centímetros de diâmetro. E outros se ligam, criando hematomas gigantescos. Ponho o uniforme do colégio, desço a escada, e vou para a cozinha. Faço o café. É esquisito Tony não estar tomando café junto, acabo comendo menos quando ele não está. Saio pela porta da frente. Vejo Amanda sair de sua casa também. Espero-a chegar, vamos andando juntas até a escola.
- onde está Tony?
- Eu... Ele me disse que.... Estava.... Passando mal.
- Entendi.
Essa foi por pouco, deveria ter imaginado que as pessoas perguntariam. E vão mesmo. Andamos até a escola, entro pelo portão principal.
- Até Marina
- Tchau Amanda
Ela é de outra sala, mas como morávamos na mesma rua achávamos que íamos estudar na mesma sala, mas não foi o que aconteceu, ela preferiu fazer o médio voltado para sistemas, o que sei basicamente é que esse ensino é para defender invasões hackers. Todos me olham como se eu estivesse infectada com uma doença mortal, gente, Tony não veio hoje porque está passando mal.
- A princesinha do Tony hoje está sozinha? - Risos esdrúxulos atrás de mim.
- Pode até ser, mas pelo menos não tenho uma verruga no nariz. - Viro-me sorrindo para a idiota.
- Vaca. - Ouço o sussurro.
- Acho que me confundiu com sua mãe.
A garota fica vermelha de raiva, suas veias pulam, ela quer vir para cima, se acontecer, vou deixar, eu recebi o primeiro golpe, na diretoria eu posso ser livrada da acusação. Abro um sorriso para ela.
- Mari, eu não acho que essa seja a melhor ideia. - Ouço Amanda me dizer baixo perto do ouvido.
- Tem razão - Eu seria descoberta, meu treinamento não envolve briga de mãos, mas delataria pela minha velocidade de desvio.
- Vamos. - Amanda calmamente diz - Verruga, vai para sua sala ok?
- Essas vacas. - Ouço ela gritar ao fundo seguido de risos enquanto cada grupo vai para um lado.
- Enfim, eu sei. Eu sei de tudo. O real motivo de Tony não ter vindo hoje.
O que ela é? Espiã? Curiosa?
- Não sei do que você está falando.
- Martin me contou.
- Ótimo, ja pensei no pior. - Respiro aliviada.
- Eu não pensei direito como te contar, isso vendo depois que eu falei, ficou realmente assustador.
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Uma Questão de Honra
AdventureVivendo sob um governo opressor, dois jovens tentam mudar a história de sua vida lutando. Fatos que ocorreram durante a subida ao poder desse governante cria relações inimagináveis de força conjunta entre resistentes ao governo. Marina e Anthony são...