- Eu acho que ele devia ter pego leve comigo - Digo, Tony olha para mim.
- Bem, de certo modo eu concordo.
- Não é sua costela que está gritando de dor, pra você concordar "de certo modo".
- Mari - Ele faz uma pausa, e vejo-o limpar os dedos, meu sangue está ali - Eles não terão piedade, nem mesmo Nori, que é infiltrada, se necessário ela terá que nos ferir. Até mesmo gravemente.
- Mas lá vocês podem, me ajudar, e ajudar o Pan.
- Mari, não me leve a mal...
- Quando você começa assim...
- Eu me seguro quando estou te protegendo. Uma pessoa indefesa é uma preocupação a mais.
Reviro os olhos. Ele com esse papinho de indefesa. Eu me ofendo, sinceramente. Subo para a sala da casa de Tony, e antes que ele entre pela porta do Arsenal, fecho na cara dele.
- Oi Pan.
- Oi Mari, não estava treinando?
- Depois de uma surra dessa...
- Wolf?
Aceno com a cabeça.
- Ele não reprime a força dele desde que ele sofreu as torturas. Ele quase matou um dos cientistas com suas mãos quando o acordaram, foi particularmente incrível, como se tivessem colocado um tipo de combustível para ele ser agressivo.
Memorias Pan
Eu vi aquele homem, achei esquisito, ele era tão manso, calmamente dormia quando chegou. Ele acordou quando jogaram sua cela de acrílico blindado em cima do balcão, haviam me ativado as células tronco fazia alguns dias, e houve tortura intensa, mas eles chamavam de testes. Víamos tudo. Era basicamente tortura, uma masmorra, dia após dia, semana após semana, eram doloridas, e basicamente envolviam os cortes em meu corpo. Wolf estava acordado quando o pegaram, estava com um pouco de impaciência, ele nunca gostou muito de ciências, me impressiona que ele aceitou minha ajuda. Violentamente o cientista chefe o jogou em cima da maca e o amarrou, tão forte que pude ver as mordaças com o sangue dele. O carcereiro, como o chamávamos, estava rindo. Nesse ponto eu vi Wolf passar do homem calmo e contido para um lobo feroz. Ele ainda não sabia o que aconteceria. Após dezessete horas de tortura ele acordou, na forma humana , em uma alma feroz, animalesca, resistiu á anestesia, e pulou da maca, violentamente voando no pescoço do carcereiro. Ele cambaleou, caiu e ficou estirado no chão, Wolf desferia vários golpes em sua face, ele tinha as técnicas, a força, a velocidade, mas o ódio tomou conta dele. Eu bati suavemente no vidro, ele se lembrava de mim, falei para que parasse. Ele parou, cinco guardas deram uma surra tão grande nele que imaginei que ele não resistiria. Mas uma semana depois ele já estava de pé, firme e forte.
- Sou o projeto RegenXT, mas meu nome é Pan.
- Me chamaram de Projeto Lobo, mas prefiro Wolf. Meu nome é Wolfgang. Maldita ironia.
- Prazer Wolf.
***
- Eu não fazia ideia.
- Eu sei
Tony chega, ele sabia que eu precisava de um tempo.
- Vamos?
- Sim.
Sigo-o até a porta do arsenal.
- Apenas observe.
Descemos até o andar de treinamento, Tony pega uma katana. Wolf está parado no meio do arsenal, com as duas katanas, a preta e a vermelha. Tony investe para cima de Wolf. Meu Deus, eles vão lutar até a exaustão.
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Uma Questão de Honra
AdventureVivendo sob um governo opressor, dois jovens tentam mudar a história de sua vida lutando. Fatos que ocorreram durante a subida ao poder desse governante cria relações inimagináveis de força conjunta entre resistentes ao governo. Marina e Anthony são...