Uma Questão de Honra

5: Incitando algo maior

Decido dormir na casa dela essa noite por precaução, então ela me traz um cobertor até a sala e durmo no sofá, Wolf dorme no chão, e Pan dorme em frente ao quarto de Mari, de tocaia, e eu na verdade não durmo, mas fico quase acordado, apenas durmo levemente, mas fico atento. La pelas duas horas ouço um barulho na cozinha. Levanto, sem fazer barulho, Wolf não acorda, o que significa que estou realmente silencioso. Ando até a cozinha.

- Pan! - Exclamo.

Ele vira-se com um monte de brotos na boca, mastiga-os correndo e dá um sorriso para mim. Rio. Ouço um pequeno ruído no lado exterior da casa, e fico parado, eu sei quem está lá fora, começa a guerra, a revolução está começando, devemos ter cuidado. Edgar vai querer sangue, não vai dar para conte-la. Wolf está acordado e alerta também. Saímos e vamos ao centro do jardim, o mesmo lugar onde eu o derrotei. Olhamos em volta, nada, então Pan diz:

- Lá! - Apontando para o telhado.

Vejo Nori, sim, ela mesma.

Memorias Tony

Quando eu tinha sete anos ela era minha amiga, fomos criados juntos, ela treinava artes marciais comigo.

Eu era mais forte que ela, e mesmo eu sendo rápido, ela era mais. Sempre ela me derrotava, pela velocidade, tanto que num combate frente a frente ela me destruía, sim, ela era melhor que eu. Mas não mais hoje.

***

- Quanto tempo Tony - Ela sorri.

- Nori, nem sabia se estava viva.

- Bem, Edgar lhe espera, afinal, provocá-lo publicamente requer no mínimo uma explicação.

- Isso vai impedir o que está por vir?

- Não, mas pode retardar.

- Então que ele venha aqui.

Nori sorri gentilmente para mim. Desembainha a espada.

- Quero uma batalha decisiva.

- E terá.

Ela sorri, vira o corpo, e desaparece à luz da lua. Eu tenho vontade de chorar. VENDIDA. Ela me traiu, traiu meu avô, e por nada, por fama, poder, por qualquer merda assim.

- Conhecia? - Wolf

- De tempos - Eu

- Vai ser um problema? - Wolf

- Sinceramente, não sei, mas ainda não.