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NÃO ME XINGUEM ANTES DA HORA! - A autora.

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Pouco mais de três quilômetro.

Era essa a distância até o local da reunião.

Me pergunto o porquê de ser tão longe, o porquê de ser além da mansão, mas como de costume não obtenho minhas respostas.

A única coisa que me intriga mais do que a distância até o local da reunião é a conversar entre dois guarda que eu ouvi um pouco antes de montar no cavalo. Segundo eles, Victor insistiu - quase que implorou -, por um posto a Andy, ignorei seus comentários sobre o quão ridículo meu colega era por dispensar a mordomia na qual estava e foquei mais minha audição quando ouvi que Andryas havia deixado que Victor fizesse rondas pelos limites da propriedade, com a condição de que continuassem em seu quarto, visto que ele ainda era um visitante.

Agora, o som dos cascos dos cavalos e das respirações entrecortadas é tudo o que posso ouvir com minha audição normalizada. A minha frente Andryas cavalgar, guiando-nos como a primeira flecha atirada em uma batalha, cortando o caminho em meio ao percurso. - Não demora muito para chegarmos ao local de encontro, aonde todos os outros reis já nos aguardam. Do lado de fora, a construção parece com a de um templo de orações - exatamente como os de Forceu -, as paredes imponente se estendem ligadas umas as outras por quatro vigas sobressalentes, seu teto feito com o mesmo concreto de suas paredes cobre todo o alto do local, com o formato meio esférico. Pinturas dos sete grandes Deuses cobrem as grandes portas de madeira.

-- Em um templo? - questionei a Andryas, descendo de meu cavalo.

Andy assentiu.

-- Os reis podem até mesmo sofrer de falta de escrúpulos, mas não são bárbaros de fato. Derramar sangue em um templo sagrado é muito mais do que uma ofensa grave.

Arfei antes de engolir em seco.

-- O que você quer dizer com "Derramar sangue" ?

-- Só os Deuses sabem até aonde irá essa reunião - Ele ergueu o olhar e encarou a estrutura por um momento, como se fizesse uma prece silenciosa. -- Vamos.

Todos já estavam dentro do templo esperando por nós.

Sobre o teto, um circulo de vidro permitia que a luz do final de tarde iluminasse seu amplo espaço, juntamente com as chamas bruxuleantes das tochas aos cantos, destacando as sete grandes estátuas espalhadas pelo templo sobre seus sete luxuosos altares, e a frente de cada uma das representações dos sete grande Deuses de nossas terras, estava cada um dos Reis, acomodados em cadeiras impotentes como se fossem seus tronos.

Coragem - coragem era tudo que eu precisava ter.

Andy, assim como os outros, se dirigiu até a grande estátua do Deus da natureza e sentou-se a sua frente, me deixando sozinha, em pé rodeada por seis reis e uma rainha.

-- A dias eu convoquei está reunião - o rei de Nitury começou a falar --, não só porque medidas devem ser tomadas quanto a vida de Calyn, mas também para o bem de todos os nossos povos.

Minhas pernas estavam bambas. Sete coroas reluziam pelo salão, mas o único brilhos que eu podia de fato me concentrar era aquele do olhar de cada um dos presentes.

-- Porém, para aqueles que ainda não sabem, este não é mais o foco principal de nossa reunião - Todos continuavam quietos, quietos demais. -- Calyn Cleuyck, sétima filha de uma grande família, antes aldeã de Forceu e a garota beijada por todos os dons de Wareehon, revoga hoje o direito de governar-se a si mesma por meio da lei dos forasteiros, aplicada igualmente por todos os sete reinos.

Sétima Filha - Beijada Onde histórias criam vida. Descubra agora