Mãe?... Pai?...

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Lá estava eu, deitada na minha cama, lendo um livro qualquer e chovendo forte.Meus pais foram trabalhar e me deixaram sozinha neste lugar horrível que chamam de casa. Ah, é. Me esqueci de me apresentar.
Meu nome é Cloe Jeffer, tenho 13 anos e moro em um casebre completamente isolado em uma floresta. Meus pais trabalham em um pesqueiro não muito longe daqui, mas que dá uma meia hora de carro.
Todos os dias eles me deixavam aqui até a madrugada, e quando chegavam, estavam cansados demais para falarem comigo. Pelo menos, eu tinha o Tibi, meu cachorro vira lata, marrom claro e seus olhos verdes. Eu o amava tanto quanto amava meus pais. Olhei meu celular e tinha uma mensagem do meu amigo Viktor, ele me ajudou a escolher meu cachorro, e era meu melhor amigo.
-Como vai, minha amiga do coração?
  Rio com a insinuação dele.
-Vai bem, e você?
-Melhor impossível. E seus pais?
-Ainda não chegaram.
-Ah... Normalmente a essa hora, eles já estariam ai.
-Eu sei.
-Bom, seja lá o que for, tenho que ir. Fique bem, bjs.
-Bjs.
  Respondo e olho para o celular em minhas mãos. Olho o horário, 5:30 da manhã...
-Eles estão demorando...
Digo para mim mesma, de acordo com o relógio, era para eles estarem aqui faz quinze minutos. Mando uma mensagem para a minha mãe: Onde estão? Intrigada por não ser respondida, fecho meu livro e tento dormir, mas sento na cama desesperada quando ouço uma forte batida na árvore ao lado.
-MEU DEUS, o que aconteceu?
Me levanto ainda preocupada e encontro o carro dos meus pais batido e capotado. Corri para baixo, mas ao longe, vejo alguém com uma arma indo em direção ao veículo.
-O que...?
Ele abre a porta e tira meu pai de lá de dentro, junto de minha mãe. Eles não estavam mortos, mas que sangrando, estavam.
O cara entra em casa, me escondo atrás do sofá enquanto meus pais imploram por misericórdia. Ele vasculha a casa inteira, mas me acha. Tento revidar, mas o homem é forte demais. Ele me puxa pelos cabelos e me joga na frente da minha mãe. Ela chora e implora por socorro.
-CALA A BOCA.
O cara deu um soco nela. Novamente, ele me puxou pelos cabelos, jogou a arma dele em meus braços e disse:
-Escute bem sua vadia, se quiser sobreviver, mate seus pais agora.
-Eu prefiro morrer do que fazer isso, idiota.
-Então não se importaria se eu fizesse isso...
Ele deu um soco em Tibi, que saiu voando até o outro lado da sala.
-TIBI.
-Se não fizer isso, eu mato ele e a você, e seus pais também.
-Filha, por favor, nos mate, você é mais importante. -Meu pai implorava.
-NÃO PAI, NÃO.
-Se não fizer isso, nós fazemos. -Minha mãe olhou para meu pai, e os dois morderam a língua.
-NÃO.
Lentamente, os dois vão morrendo. Até que meu pai fala.
-Nós te amamos, Cloe. Viva por nós.
Assim, deram seu último suspiro.
-Já que eles morreram, já não sou mais útil para o mestre.
O cara pega uma faca na cozinha e corta sua garganta. Logo depois, só sobra eu e Tibi na casa, com vida.
Chorei amargamente. Nem dormi esta noite. Na manhã seguinte, enterrei meus pais. E o assassino? Eu o queimei. Joguei suas cinzas na floresta. Meu cachorrinho me acompanhou, sendo meu único amigo agora.
-Eu não posso morrer, não agora. Tenho que cumprir o pedido do meu pai.
Sai de casa com lágrimas no olhos, e Tibi nos braços.
-É, amigo, parece que por agora, é só eu e você.
-Au au.
  Comecei a andar por ai. Por que simplesmente tem que ter gente tão má nesse mundo?

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Oii, o que acharam? ^^ vote e comente ai, isso me motiva muito ;*

Psicopatas podem amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora