Castiel's pov on
Foi tudo muito rápido, quando vi, Cloe já havia sido arremessada longe com o impacto do carro, que nem ao menos parou, como se nem ligasse. Eu me via sem chão, corri até ela, seu rosto estava ensanguentado pela pancada forte na cabeça, que levou a um corte profundo.
-AMIGAAAAAAA.
Ouvi um grito, era a Kime.
-K-K-Kime?
-Não posso explicar.
Ela pega o celular e disca um número.
-NATE, NATE, VEM PRO BOAR HAT, A CLOE ESTÁ MORRENDO.
Ela desligou e ficou com a gente.
-ALGUÉM CHAMA UMA AMBULÂNCIA?
Kime gritava, eu só conseguia chorar diante de Cloe, ela não pode morrer, e eu tenho certeza de que ela perdeu o bebê.
-Não... Minha Cloe, meu filho...
-Castiel, calma, a ajuda vai chegar.
-OLHA O ESTADO DELA.
Ela perdia cada vez mais sangue. Vi um táxi chegar, e de lá, saíram todos nossos amigos.
-CLOE.
Todos gritavam.
-O que aconteceu?
-Lys, e-ela foi ajudar uma senhora e...
Não consegui terminar de falar. Ouvi o barulho da ambulância, e logo apareceram os médicos para levá-la.
-Quem é da família?
O medico perguntou.
-Eu sou a melhor amiga, ele, o noivo.
-Noivo?
Alexy perguntou.
-Sim, o Pimenta pediu ela em casamento durante o jantar.
-Poxa, e agora, isso.
-Quero que os dois acompanhem a paciente.
O doutor chamava eu e Kime.
-Calma, tudo vai ficar bem.
Ela tentava me acalmar, mas a única coisa que eu conseguia fazer é chorar. Entrei junto com ela na ambulância, e só via a Cloe deitada, cheia de sangue.Quebra de tempo...
Todos esperávamos na recepção do hospital, esperando por notícias. Faz 2 horas que a levaram para dentro, já estou começando a piorar. O médico sai do elevador, e vou até ele desesperado.
-Como ela está, me responda, por favor.
-Qual de vocês são da família?
Essa pergunta de novo.
-Sou o noivo, ela a melhor amiga, como uma irmã.
-Me acompanhem.
-Depois nos contem.
Elizabeth falou, com um olhar triste. O mesmo olhar estava estampado no rosto do doutor. Chegamos em frente a um quarto.
-O quadro de Cloe é instável.
-C-Como assim?
Tentava falar.
-A batida fez com que seu crânio fraturasse, teve lesões nas costelas, é muito provável com que ela não resista.
Não aguentei e me escorei na parede como sustento, junto de Kime.
-P-Por f-favor...não.
-E ela também perdeu o bebê. Sinto muito.
-P-Podemos vê-la?
-Sim, ela está neste quarto.
Entrei no aposento, e olhei para ela, com a cabeça enfaixada.
-Cloe...
Falei com a voz trêmula.
-Amiga, por favor, sobreviva.
-Como queria estar no seu lugar agora.
Me aproximei da cama e segurei a mão dela, a que continha aquela aliança dourada. Um tempinho se passou, e o aparelho que monitorava os batimentos cardíacos foram parando, e eu comecei a me desesperar.
-Kime, chama o médico.
Ela estava de cabeça baixa, então não ouvia o barulho.
-Por que?
-CLOE ESTÁ MORRENDO.
-Ai meu Deus.
Ela saiu correndo e eu tentava reanimar Cloe, e os batimentos foram diminuindo cada vez mais.
-Não...
Só se escutava o som agudo do aparelho, que dizia que os batimentos cardíacos se tornaram zero.
-Cloe, você vai voltar, não é? Por favor...
Me ajoelhei no chão, chorando, pela primeira vez em anos chorei desse jeito, perdi outra pessoa que amo. O doutor chegou no quarto agora. Tentaram reanima-lá com o desfibrilador, mas sem sucesso. Logo depois, o médico apareceu em minha frente.
-Tentamos de tudo...
Não conseguia falar nada, só ouvia o mesmo som constante dos batimentos cardíacos zerados dela.
-Sinto muito...
Depois dessas palavras, ele sai da sala, me deixando sozinho com o corpo da Cloe. Me levantei e fui até ela.
-Cloe, me perdoe, por não ter protegido você e nosso filho, e se você não voltar, não vai ter mais sentido a vida para mim. Eu irei te encontrar no lugar que você está agora.
Dei um beijo em sua testa e fui até a porta. Parei por um instante, para respirar fundo, e ouvi...Pi...Pi...Pi...
-Cassy?
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Psicopatas podem amar?
Adventure+14 anos (contém linguagem imprópria)/ Certo dia, Cloe estava esperando seus pais chegarem do trabalho, mas ocorre uma tragédia e fica órfã. É encontrada por Watari, que a leva para um orfanato, e lá, conhece Castiel, que a ajuda a superar tudo que...