CAPÍTULO 11

315 35 9
                                    

Vinicius

— Vini! Acorda!

Escuto alguém, uma voz feminina para ser mais exato, me chamando. Mas o meu sonho com a minha princesa está tão bom, que viro pro lado na intenção de voltar a dormir, mas sou acertado por uma almofada.

— Acorda Vinicius, caramba!

— Mas que saco! — Volto a me virar e sento no sofá me deparando com Julia. — O que você quer Julia? Nem dormir eu posso, que droga! Estava tendo um sonho tão boom...

Jogo a cabeça pra trás sorrindo e entorto o pescoço para ver minha irmã ainda de pé à minha frente.

— Eu sei, estava chamando por Millena. — Fala olhando as unhas e sorrindo com um convencimento que me irrita. — Mas cadê a Millena, espertão?

Ergo a cabeça no mesmo momento.

— Como assim? — Levanto e olho em volta. — Ela não está aqui?

— Pensa comigo, se ela estivesse aqui, eu estaria perguntando por ela? — Resmunga enquanto pentea os cabelos.

— Acordou de mal humor é? Venha descontar em mim, não. Que não tenho nada com isso.

Quando resolvo ir no banheiro, a porta abre e Millena entra cheia de sacolas. Tanto eu quanto Julia, paramos e ficamos a encarando, até que depois de já estar perto de nós dois, Millena para e pergunta:

— Que é? Tão me encarando por quê? — Passa por nós dois e então segue para a cozinha. — Se for por eu ter largado vocês aqui, trancados. Foi por um bom motivo, — Vai até a geladeira e pega uma garrafa de água e começa a beber. Bateu uma sede, que até fiquei com vontade de beber água agora. — fui na padaria, para o café da manhã.

— Ai que bom, estava com fome! — Julia pula alegre ao meu lado. Como assim? Essa garota não estava de mal humor agora pouco?

Ando até Millena e pergunto num sussurro:

— Por que você saiu tão cedo? — Millena me encara sem entender e depois aponta para as sacolas. — Foi fazer só isso? — Pergunto semicerrando os olhos. Millena me encara, tampa a garrafa e então coloca as mãos na cintura e faz cara de tédio. — Tá bom, mas me diz, Julia fica de mal humor de manhã agora?

— Sim, ela acorda morrendo de fome, acho que ela deve ter lombrigas dentro dela para alimentar. Porque ela não engorda nem uma grama se quer. — Resmunga fazendo gesto de pouquinho com os dedos.

— Vocês dois não vão comer não? — Julia pergunta já sentada em uma banqueta, depois de organizar as coisas no balcão.

— Vem vamos lá, se não Julia e suas lombrigas vão comer tudo. — Millena sorri e me dá um selinho rápido e senta ao lado da amiga, para então começarem a conversar e me esquecerem de escanteio.

Millena

Julia entra em casa primeiro e eu entro logo em seguida, fecho a porta e já escuto:

— Então finalmente vocês se perdoaram?

Me viro vendo a Julia com os olhos arregalados e com as mãos entrelaçadas perto do corpo.

— Sério isso? — Pergunto cansada.

— Você não sabe o tanto que eu esperei para perguntar isso, Milli.

Me jogo no sofá e depois que Millena já se sentou, eu começo.

— Eu e Vinicius somos confusos desde sempre, e você sabe. Só que eu pensei bem no que você me disse, e se eu for embora mesmo, é melhor aproveitar o quanto posso. — Sorrio enquanto prendo o cabelo em um rabo de cavalo. — Parei de ser tão orgulhosa e me dei a chance de tentar ser feliz, Juh. Nem que seja só por pouco tempo, mas eu poderei falar que tentei.

— Ah finalmente! Estou feliz por você minha irmã. — Sorri e pula em mim me abraçando. — E você vai ver, não vai ser por pouco tempo.

— Espero, porque ao que parece meu tempo está acabando, — Dou uma risada seca, pegando meu celular e mostrando as mensagens de meu chefe. — Segunda as oito da manhã, preciso estar mesmo com a minha resposta.

— E o que você vai escolher? — Julia pergunta ainda me abraçando.

— Não sei, — Levanto parando a sua frente. — mas vamos parar de choramingos e que tal irmos no shopping?

— E depois vamos ao cinema!

— Lógico! Estreou vários filmes novos. — Pego o celular deixado em cima do sofá e vejo a hora. — Saímos daqui uma hora.

— Certo. — Começa a andar em direção ao seu quarto. — Quem se atrasar dessa vez, paga o almoço.

Após ouvir isso, eu corro para meu quarto. Julia é perita em me passar a perna. É sempre assim, ela sempre consegue terminar primeiro, e ainda fica linda.

Duas horas depois, estamos saindo do elevador indo em direção ao carro de Julia.

— Eu ganhei! Bem feito, vai pagar o almoço espertinha. — Murmuro aos risos.

— Não é justo, você trapaceou! — Reclama abrindo a porta, mas para de repente e se inclina pra me ver. — Olha aí, colocou até short como eu para ir mais rápido.

— Para de drama criatura. — Dou risada enquanto tento abrir a porta. Mas ela não abre, encaro Julia que está com um sorriso de quem vai aprontar. — Que é Julia? Não vou voltar não, já perdemos uma hora e...

— Isso mesmo! — Arregala os olhos e sorri fechando sua porta e travando o carro de novo. — Perdemos uma hora, vamos de moto!.

— Que? Não! Tá doida?

— Vai Milli! Faz tempo que você não pilota, vamos mudar um pouco hoje, vai!

— Ah não vai dar, não estou com a chave. — Murmuro me fingindo de triste. Julia está é maluca, sabe que aposentei a moto depois de atropelar sem querer o gato da vizinha da minha mãe. Tenho vontade, mas não sei se tenho coragem.  — Você sabe que aposentei a moto...

— Aposentou, mas deixa a chave dentro do porta luvas, sempre! — Pergunta abrindo minha bolsa e pega a chave do meu carro, destrava pega o que quer, fecha tudo e me entrega a bolsa, depois ergue a chave da moto, que está parada bem do lado do meu carro. — Você só está insegura, mas lembra do, vamos aproveitar tudo?

— Julia, eu não sei se você se lembra.... Mas eu não vou morrer! Só não sei se vou me mudar o criatura! 

— Tudo bem, desculpa. — Sussurra abaixa a mão e depois de dez segundos, ela volta a sorrir e pede novamente. — Vai Milli! Por favor, por favorzinho! Faz tempo que não andamos de moto.

— Vai você, você tem carteira assim como eu.

— Mas quero que seja legal, como era no tempo da faculdade. — Sorri sonhadora. — Nós duas, em cima da moto como duas deusas onde ninguém pode nos parar ou segurar...

— Tá legal! Mas chega de me amolar. — Começo a ir em direção a minha moto coberta por uma capa preta. Ainda bem que vim de short e tênis. Tiro a capa e peço para Julia colocar dentro do porta malas do meu carro, e aproveitar e pegar os capacetes. Subo na minha bebezinha e a ligo, ouvindo o motor responder no mesmo momento. — Anda logo antes que desista.

— Se você diz ter aposentado sua moto, por que guardar as coisas dela no carro? — Pergunta depois de colocar o capacete e subir na garupa.

— Vai continuar?

— Tá bom, vamos logo então.

Saio com minha Suzuki branca do estacionamento, e Julia vibra de alegria atrás de mim. Abro um sorriso, essa minha amiga é doida. Espero que saia tudo certo nesse pequeno passeio ao shopping.

👉💘👈
Oiee gente, tudo bom?
Espero que sim.😊
Como passaram o Natal?
Também espero que bem 🤗

Bom, esse foi mais um capítulo. Espero que estejam gostando.🤗

Até a próxima, beijocas.💋

Qual Caminho Devo Seguir?Onde histórias criam vida. Descubra agora