CAPÍTULO 3

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Millena

Paro o carro na minha vaga do estacionamento e saio batendo a porta. A força que coloquei fechando a porta, assustou tanto a mim quanto a Juca, que me esperava ao lado de seu carro.

— Eita, veio no pique ein? — Fala rindo.

Depois de ver que não causei nenhum dano ao meu carrinho, me viro e encaro Juca, que para de rir na hora levantando as mãos.

— Desculpa aí.

— Fala sério! Eu estava me preparando para almoçar, Monique sempre mexe no meu ponto fraco. — Murmuro parando ao seu lado e abrindo minha marmita, tô morta de fome. — Ela fez de propósito, vou acabar com a raça daquela piranha!

— Ah nem perca seu tempo, com pouco. — Juca murmura enquanto segura minha mochila e eu pego meu garfo. — Acaba com ela no jogo dela. — Começamos a andar em direção à entrada, enquanto vou comendo. — Organizei a nova reunião para daqui à alguns minutos, você vai ter meia hora para convencer eles. E a Monique não vai estar presente.

— Agora sim estamos falando a mesma língua. — Digo depois de mastigar e engolir, e antes de voltar a comer eu respondo. — Me diz, o que foi que ela usou como argumentos?.

— Tudo para rebaixar você, que você não tem capacidade e tudo o que você pode imaginar. — Paramos ao lado de Thomas. — Disse até que você já dormiu com o Thomas, para conseguir se livrar da suspensão da Páscoa.

— O que? Está brincando né? — Paro meu garfo no meio do caminho, então encaro Thomas curioso ao meu lado. — Com todo respeito Thomas, mas que bosta! Todo mundo sabe que eu não tenho culpa daquele incidente.

— Ih cheirosa, nem liga para o que a cobra da Monique fala. — Thomas já entendendo do que falamos, murmura pegando o garfo e a marmita de minha mão e começando a comer. — Todos nós sabemos que ela tem inveja de você. Meia hora, certeza que você consegue convencer Samuca. Ele sabe dos trambiques de Monique.

— Thomas! Minha comida seu nojento!

— É só comida, cheirosa. Para de ser mão de vaca.

— Desculpa interromper o casal vinte. Porém você já precisa entrar, Millena. — Juca murmura rindo olhando no relógio em seu pulso e me estendendo minha mochila.

— Me desejem sorte, — Sorrio pegando minha mochila. — Vou sair daquela sala por cima, vocês vão ver!

— É assim que se fala! — Os dois falam e então bato na porta e entro à caminho do meu destino. Do jeito que sair, ficarei assim por mais longos dez anos.

💘

Meia hora depois, saio da sala e vejo Juca e Thomas sentados no sofá ao canto da sala, lendo algo no celular e rindo, assim que me vêem eles sentam direito e me encaram com expectativas. Vou até o sofá onde eles estão e me sento no colo de Juca e jogo minhas pernas por cima das de Thomas. Afundo meu rosto entre o pescoço e o ombro de Juca e fico quieta, sem nem ao menos me mexer.

— Fala logo, Millena!. — Juca me sacode.

— É, cheirosa. Desembucha de uma vez! — Thomas aperta meu joelho.

Levanto a cabeça e encaro os dois, ergo os braços para dar um pouquinho de drama, porém o desânimo repentino me bate e os meus braços despencam ao meu lado.

— Vou ter que tomar a decisão mais difícil da minha vida!

Sussurro séria, e volto a me encostar e abraçar o pescoço de Juca. Realmente, a decisão mais difícil de toda a minha vida. Escolher entre duas coisas que eu amo, e não ter idéia do que escolher.

Qual Caminho Devo Seguir?Onde histórias criam vida. Descubra agora