Capítulo 12

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Larissa narrando

Não tem jeito, homem quando é ruim, não muda nunca. Descarada é a gente que aceita as patifarias.

Esperei Rangel até as duas horas da manhã e nada, fiquei chorando e acabei dormindo no sofá.
Quando acordei, era sete horas da manhã, não consegui dormir nada.

Joguei uma água na cara e fiquei esperando ele, nada dele chegar... Liguei para mãe dele, ela disse que nem viu a cara do filho ontem.

Vai Larissa, teu chifre a cada dia só aumenta.

Resolvi não me importar mais, e tomei um banho pra tirar essa cara de choro, fui no meu guarda-roupa e peguei meu canivete dourado com minhas iniciais, tinha mandando fazer ele a tempo pra defesa pessoal, o descarado nem sabia.

Fui tomar meu café. Foda- se, de amor eu não morro! Largo ele e arranjo um boy magia em dois tempos.

Ouvi o portão se abrir e permaneci quieta no meu canto tomando meu café. Se ele vim pra cima de mim agressivo eu meto o canivete no braço dele, sem ideia.

O idiota veio com papinho frouxo, dei nem confiança. Se ele acha que eu sou fraca ou besta tá é enganado! Antes de eu conhecer o morro, eu já vivia com cobras
lá em Belo Horizonte, para aguentar Melissa tinha que ter pulso firme.

Rangel ainda mentiu dizendo que estava na casa da mãe. Porra, fala a verdade pô, acha que eu tenho dois anos de idade ou nasci ontem.

Peguei meu celular e meu dinheiro e sai de casa deixando
o otário lá, foda- se caralho, cansei de ser idiota. Não vou deixar minha casa e minhas coisas assim tão fácil, antes quero meus direitos, mas agora eu vou dar um tempinho pra ele ficar que nem cachorrinho atrás de mim.

Mas se descubro quem é a puta eu dou cabo dela e depois dele.

Parti pra casa de Carla, ela era minha melhor amiga de sempre. Ainda bem que não é ruim igual ao primo, pensei em ir pra casa de Lu, mas Júnior ia logo caguetar pro amiguinho.

Bati no portão dela segurando o choro, meu coração doía pra porra, eu amava aquele maldito.

- Miga sua louca,bom dia! - Carla apareceu na porta de pijama.

- Bom dia Carla. - falei de cabeça baixa.

- Que foi piranha? Entra logo.

Entrei e me joguei no sofá, já sou de casa mesmo.

- Desembucha... Que foi? - sentou perto de mim.

- Rangel pô.

- O que esse embuste aprontou agora?

- Eu tenho certeza Carla, certeza que tem puta nova na história, ele me tratou mal pra caralho ontem e saiu, esperei ele a noite toda e ele dormiu fora, ainda teve a cara de pau de mentir dizendo que estava na casa da mãe, sendo que eu liguei pra ela antes,e ela negou.

- Porra Larissa, eu não sei nem o que te dizer! Meu primo não presta desde que criou um pouquinho de barba na cara, isso eu sei. Mas as patifaria que ele te apronta é foda.

- Eu não sei mais o que fazer. Não sei se largo ele, iria demorar pra eu ter uma casa, minhas coisas.

- Você tem a minha casa que é sua também, você sabe que tem à mim amiga. Mas não fica chorando assim por rola, Deus me free, gosto de te ver lindona.

Deitei minha cabeça no colo dela e ela ficou alisando meus cabelos. Ficamos assistindo série até que recebi uma mensagem de Fabiana, era minha cliente além de ser amigona minha e de Carla.

Larissa, eu tenho que te falar um negócio. Não sei se é verdade mas eu sou sua amiga e tenho que te falar.

O quê Fabi? Fala aí.

É melhor falar pessoalmente, tá em casa?

Não, tô na casa de Carla, cola aqui rápido!

Guardei o celular, comentei com Carla sobre o que Fabiana falou e aguardei a chegada dela pensativa.

Ela logo chegou, e eu fui abrir o portão.

- Conta mona!

- Eu não sou de ficar procurando intriguinha pô. Mas tem uma puta aqui que não tá me agradando, fica se insinuando pro meu macho..

- Sim, fala logo pô.- já estava nervosa.

- Então.. Ontem eu estava voltando da casa da minha mãe vi Rangel estacionar a moto de noite em frente a casa da tal vagabunda.

- Quem é a vadia Fabiana? Fala logo!

- A prima de Júnior que chegou recentemente, acho que é Cíntia o nome da piranha sem noção.

- Eu sabia que essa mulher não prestava! Vagabunda, então era com ela que ele estava me dando perdido.

- Cíntia? Ela parecia ser uma pessoa tão legal... - Carla falou.

- Legal é a surra que eu vou dar nela agora!

Peguei meu celular e sai que nem louca procurando a casa da ariranha,o dela ela ia receber podes crê.

Agora entendi o porque do deboche dela.

- Amiga fica calma, não é assim que se resolve. - Carla veio atrás de mim.

- Se fuder Carla! Não foi você que tomou chifre, deixa eu resolver meu b.o!

A cobra ia fumar.

Perdida No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora