Capítulo 48

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                    Rangel

Como dizia aquela música de Mc Menor Mr " maloqueiro também ama".

E eu demorei a mudar, e perceber que Larissa era tudo pra mim. Era minha mulher, meu alicerce.

Estávamos na casa de minha mãe, a coroa tava toda chorosa por que eu ia viajar, mas eu sempre ia vim ver ela ou então mandá- la para lá de vez em quando.

- Mãe, natal tá chegando. Quero que a senhora mande ver naquela ceia. - falei.

- Vou sim meu filho, e Larissa vai me ajudar.

- Sou uma negação na cozinha sogra, mas vou ajudar! - Larissa riu. 

- E como estão as coisas com seu pai Lari?

- Ele é um ótimo homem! Natal ele vai vim passar aqui com a gente.

- Seu pai? - ri irônico.- Um homem rico passar o natal com os favelados, essa é boa.

- Já conversamos sobre isso Rafael! - falou séria. - Ele não é mesquinho, muito menos preconceituoso.

- Tá bom, desculpa.

Eu só queria a felicidade de Larissa, mas também só quero cuidar pra que ela não se decepcione. Mas vamos esperar até eu conhecer esse coroa rico aí eu tiro minhas próprias conclusões.

Minha mãe e Larissa coversavam sobre casa e roupa, enquanto eu fuçava um site de compras no notebook. Queria comprar uma aliança linda para o nosso casamento,mas como minha ficha tava meia suja pra ficar rodando pelo Rio de Janeiro.

Eu tinha que ser muito cauteloso, principalmente pra viajar. Já tinha feito minha identidade falsa, passaporte essas coisas, eu sou Rangel o mestre do disfarce.

Depois de tanto olhar achei a aliança perfeita! Uma de ouro com uma pedra de diamante cravejada em cima dos anéis. Agora é só esperar chegar.

Depois disso me despedi de minha mãe e subimos na moto em direção à casa de Luísa e Júnior. Iríamos ficar resenhando.

- Cheguei! - gritei na porta.

- Grita menos parceiro. - ele falou.

- Tem o quê pra comer ai?

- Entra aí cara de cu.

Entramos e eu carreguei minha afilhada no colo, essa menina a cada dia estava mais bonita, coitado do parceiro quando ela crescer.

- Vocês pensam em viajar quando? - Júnior perguntou.

- Depois que nos casarmos já vamos ficar lá.

- Vou sentir uma saudades do caralho! - me abraçou de lado.

- Também irmão. Mas é melhor assim.

- Eu sei.

- Cuida bem do meu morro seu fila!

- Vou cuidar Rangel, pode deixar.

- E o mais importante, cuida da tua mulher e tua filha. Não deixa o poder e o dinheiro, te cegar.

- Vou cuidar. Eu amo Luísa. Aprendi a amar essa mulher de um jeito.

- Bom mesmo, quero que vocês sejam felizes.

- Nós todos vamos ser. - sorriu.

Luísa encomendou dez pizzas pra gente e colocou minha afilhada pra dormir. Elas queriam assistir filme de romance, enquanto nós queríamos de ação. Foi uma discussão sem fim. No final as dondocas ganharam e acabamos assistindo um tal de "ghost" era um filme que o cara era assassinado por causa de dinheiro, e o grande amor da sua vida ficava aqui. Só que a alma dele não sossegava enquanto não fizesse justiça.

A pizza chegou e eu comi que nem um monstro, coloquei uma almofada em cima das pernas e enquanto o filme ia passando eu acariciava as pernas e outras coisas de minha loira. Não sei me controlar perto dessa gostosa.

- Rangel. - ela sussurrou.

- Tá bom eu paro. - ri.

- Se vocês quiserem tem quarto aí, só não é pra gemer muito alto pois minha filha tá dormindo. - Luísa falou.

- Para ridícula. - Larissa riu e tacou uma almofada na prima.

O filme acabou e até eu fiquei emocionado. No final antes do homem ir para o céu o casal se reencontrou.

- Tá vendo? - olhei para Larissa.

- O quê?

- O nosso amor vai ser assim, vai ser além da morte.

Ela sorriu, segurou minha nuca e me deu um beijo. Parecia que o tempo parou naquele beijo, era só eu e ela.

Perdida No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora