Depois que eu finalmente me acalmei, resolvi deixar Lucy voltar à minha sala.
Ela estava meio hesitante ao entrar, mas assim que o fez, se sentou.
- Vou te fazer apenas uma pergunta. - Eu disse.
- Pode dizer. - Ela falou com medo na voz.
- Lucy, você é parente de um tal de Nathan? - Fui direto ao assunto.
Ela engoliu em seco e desviou o olhar para o chão. Depois ergueu a cabeça e disse:
- Não conheço nenhum Nathan. - Ela disse firme. Como era sínica.
- Hum. Entendi. Está demitida.
- O quê?! - Ela se assustou. - Não pode me demitir!
- Como você é minha assistente particular, eu tenho todo o poder de voz contra você. Então sim, eu posso te demitir.
- Mas... Você não pode fazer isso comigo! - Ela falou alto, se levantando.
- Tanto posso como já fiz. Pegue as suas coisas e saia dessa empresa. - Eu falei.
Ela respirou fundo. Se sentou novamente e amenizou o tom de voz.
- Yoongi, vamos conversar. Eu não posso ser demitida.
- Eu já te demiti. Saia daqui imediatamente. - Firmei a voz.
- Tudo bem, eu saio. - Ela disse, pegando suas coisas e saindo da sala.
Finalmente estava livre. Um peso enorme saiu das minhas costas. Eu tinha acabado de salvar meu relacionamento.
Ainda não acredito que o Nathan mandou alguém da própria família pra tentar acabar comigo.
E mais do que isso, subornou o gerente de funcionários da empresa. Isso era crime.
Todo esse estresse havia me dado dor de cabeça. Eu precisava ir ao médico, dores de cabeça frequentes não são nada legais.
Agora que eu não tinha mais assistente, eu mesmo fui até a mesinha de analgésicos. Peguei um comprimido azul, e depois ingeri um copo de água.
Depois me lembrei que meus remédios de dor de cabeça são brancos. Mas eu nem me importei, só queria que a dor passasse.
Uma hora depois, minha cabeça começou a ficar pesada, e minha vista se embaçou um pouco.
Eu já não via mais nada, a última coisa que eu consegui enxergar foi um vulto de cabelos loiros entrando na minha sala.
...
Algum tempo depois, não sei quanto, eu acordei. Minha cabeça ainda pesava, mas agora eu enxergava. Achei que tivesse acontecido alguma coisa, mas tudo parecia no seu devido lugar, eu apenas sentia dores nos ombros.
Olhei pro relógio e me assustei. Já eram 20h45, era pra eu estar em casa há quase uma hora e meia.
Peguei minhas coisas e fui em direção ao estacionamento.
Chequei meu celular, duas ligações perdidas de Sam. Retornei a última chamada e ela atendeu.
- Yoongi, onde você está? Estava preocupada! - Ela disse, claramente irritada.
- Eu... Eu acabei me atrasando, desculpa. Teve... Reunião de última hora. - Inventei algo. A verdade era que nem eu sabia o que tinha acontecido. - Mas fique tranquila, estou indo pra casa.
- Tudo bem, vou estar te esperando. Um beijo amor, eu te amo.
- Eu também te amo. - E desliguei.
A empresa estava bem vazia, exceto pelos funcionários de limpeza e os professores noturnos.
Fui até o estacionamento e entrei no carro. Fui correndo pra casa, estava louco pra comer e dormir.
Quando eu cheguei no prédio, o porteiro ficou me olhando com uma cara esquisita. Parecia surpreso com algo, mas nem liguei.
- Sam, estou em casa! - Falei assim que abri a porta.
- Estou no quarto. - Ela disse em resposta.
Retirei meu casaco e meus sapatos. Depois fui até o quarto, ela estava de camisola, deitada na cama, e lendo seu livro, "Paixão e Sentimento".
- Me desculpa a demora, meu amor. - Fui até ela e beijei sua testa, me sentando ao seu lado.
- Tá tudo bem, pelo menos você está aqui. - Ela disse olhando em meus olhos,desviando seu olhar pro meu pescoço e fechando a cara. - Yoongi... O que é isso?
- Isso o quê? - Perguntei confuso.
- Essas... Marcas. No seu pescoço. - Ela apontou pro local, trêmula.
- Que marcas? - Passei a mão no meu pescoço. - Do que está falando, meu bem?
Ela me encarou, com lágrimas nos olhos. Peguei um pequeno espelho no criado mudo e então as vi.
Marcas roxas e fortes, também havia marcas de dentes e de... Batom vermelho.
- Eu não acredito nisso, Yoongi. - Ela deixou as lágrimas descerem por suas bochechas.
- Sam, eu não sei como essas marcas vieram parar aqui! - Tentei me defender.
- Ah, não sabe? - Ela me olhou com certa raiva. Ela nunca havia olhado pra mim assim. - Pergunta pra vadia que as deixou, com certeza ela deve saber!
Ela se levantou da cama e foi até o banheiro, eu a seguindo em seus pés.
- Sam, eu tô falando a verdade, acredita em mim! Por favor, eu tô falando a verdade!
- Então foi por isso que você se atrasou? - Ela me encarou pelo espelho do banheiro. - Você estava com outra?
- Não amor, eu juro pra você, eu não estava com ninguém. - Eu tentei a abraçar por trás, mas ela se afastou.
- Não pense que eu sou idiota! - Ela chorava alto, mas mantinha a voz firme pra falar. - Como teve coragem de fazer isso comigo Yoongi? Eu sempre fiz tudo por você, e olha o que você faz comigo!!
- Mas Sam, eu não fiz nada! - Eu disse, já com vontade de chorar também. - Vamos conversar com calma...
Ela se afastou e voltou pro quarto, trancando a porta. Deixei minha lágrimas descerem também, o que eu havia feito?
Voltei ao banheiro e examinei as marcas. Por isso meus ombros estavam doloridos. Mas eu não tinha tempo pra pensar nisso, eu precisava tentar me explicar a Sam.
- Sam, abre a porta, por favor. - Bati na porta do quarto, já chorando - Vamos conversar.
Silêncio. Ela não disse uma só palavra. Estava ficando com medo do que ela poderia estar fazendo.
Pro meu alívio, e pra minha tristeza, ela abriu a porta. Estava vestida com roupas normais, e trazia uma bolsa de viagem nos ombros.
- Vamos dar um tempo. - Ela disse apenas.
Oioioioioioioioioi
Adivinha quem tá chorando também?
Eu mesma \o/
Gente, alguns de vocês devem estar querendo me matar depois do que eu fiz
Mas acreditem, tudo tem um porém
Agora segura a barra da saia que lá vem enxurrada de lágrima
E vão ser as minhas, com certeza
Ps: O GOT7 vai fazer 4 anos de debut amanhã, eu só queria dizer que tô muito feliz
Beijo Beijo
Titia ama vocês ;-)
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Como Lidar com Meu Passado [CLMY PARTE 2]
FanfictionApós alguns anos que eu conheço a Sam, as coisas estão indo muito bem. Acabamos a faculdade, estamos trabalhando e dividindo um apartamento, estamos muito felizes, apenas nos importamos no presente, e na presença um do outro. Acontece que o passado...